CLÁUDIO AZEVEDO
Em seu décimo álbum de estúdio, os belgas do Aborted desafiam os limites técnicos e violentos do metal extremo, criando um som todo particular que resulta numa louca mistura entre death, black e grindcore, além de toques de heavy metal tradicional. De fato, Terrorvision contém alguns dos riffs mais melódicos da carreira do grupo. Porém, tudo ainda é bastante violento. Tem sido assim desde 1995, ano de criação da banda.
Terrorvision pode ser posto lado a lado com nomes fortes da discografia do Aborted, como os massacrantes The Necrotic Manifesto (2014) e The Archaic Abbatoir (2005), sendo o baterista Ken Bedene o destaque, moendo seu instrumento do começo ao fim com viradas certeiras e blastbeats velozes e técnicos.
O vocalista Sven Caluwé, integrante original, mostra que domina como poucos a arte do gutural, em perfeita harmonia com os riffs violentos dos insanos guitarristas Ian Jekelis e Mendel Leij, que trituram suas cordas ao longo do álbum.
Vale também mencionar que o extremismo em Terrorvision é implacável, quem já conhece o trabalho dos belgas está ciente que o grupo é um dos mais pesados do mundo. Somando-se a isso partes invariavelmente técnicas e temos o estilo peculiar dos carniceiros belgas.
Isso posto, sobra demência musical em momentos como Farewell to The Flesh, Visceral Despondency e Altro Inferno, carregadas do mais odioso metal belga. Músicas capazes de triturar tímpanos.
Terrorvision
Ano de Lançamento: 2018
Gravadora: Century Media
Faixas:
1-Lasciate Ogne Speranza
2-Terrorvision
3-Farewell To The Flesh
4-Vespertine Decay
5-Squalor Opera
6-Visceral Despondency
7-Deep Red
8-Exquisite Covinous Drama
9-Altro Inferno
10-A Whore D´Ouvre Macabre
11-The Final Absolution