Hip hop embala a trilha sonora das corridas da franquia Velozes e Furiosos

Hip hop embala a trilha sonora das corridas da franquia Velozes e Furiosos

Tudo começou como um longa sobre a cultura das corridas de rua e atualmente é uma das maiores franquias de filmes de ação do cinema. Os roteiros Velozes e Furiosos podem ter mudado de estrada ao longo desses 16 anos, mas todas as produções possuem uma trilha sonora bem interessante.

Por isso, o Ouvi no Filme decidiu fazer uma varredura nas trilhas sonoras dos oito filmes da série. Não vou falar de todas, mas selecionar algumas das faixas mais interessantes que apareceram nos álbuns.

A seguir, o trailer do primeiro filme desta saga:

Inspirado por um artigo Racer X do jornalista Ken Li para a revista americana Vibe, Velozes e Furiosos estreou nos cinemas em 2001. Dirigido por Rob Cohen, ele se propôs a apresentar o submundo das corridas de rua e ainda incluir um drama policial na história.

O diretor também conseguiu trazer para a trilha sonora algumas músicas que os competidores de rua gostam de ouvir. E esse foi o único longa da série a ter dois álbuns. Um deles foi dedicado apenas aos artistas de hip hop, com a participação de nomes como Caddilllac Tah, Ashanti, R. Kelly e Funkmaster Flex. O segundo disco trouxe bandas de pop rock, nu metal e música eletrônica. Molotov, Saliva, Machine Head e Hoobastank são alguns dos colaboradores.

Além de fazer uma participação em uma das cenas de corrida, o rapper Ja Rule ficou responsável por criar a música tema do filme. Furious ainda conta com o “featuring” de Vita e 01.

Com o sucesso do primeiro filme, a sequência foi apenas questão de tempo. E assim Mais Velozes Mais Furiosos chegou aos cinemas em 2003. Desta vez a trilha sonora é totalmente focada no hip hop e no R&B. E no mesmo ano do seu lançamento, ela conseguiu o certificado de Disco de Ouro e ficou no topo das paradas americanas.

Assim como na estreia, o segundo filme também contou com um rapper no seu elenco que escreveu a música tema. Act a Fool de Ludacris traz um pouco da cultura da ostentação que influenciou muito artistas brasileiros nos últimos anos.

A influência de hip hop continuou bem forte nos filmes Desafio em Tóquio (2006) e Velozes e Furiosos 4 (2009). Ambos contam com a participação de Pharrell Williams na produção ou trabalhando com outros artistas. Porém nada muito surpreendente.

O que é interessante para nós brasileiros é a trilha sonora de Velozes e Furiosos 5: Operação Rio (2011). Apesar de colocar um deserto no Rio de Janeiro e criar um cenário bem estereotipado para a capital fluminense, a escolha das músicas foram bem certeiras.

Marcelo D2, Carlinhos Brown, Edu K, Tejo e Black Alien foram alguns dos artistas brasileiros que cederam músicas para o álbum. Na minha opinião, o maior destaque brasileiro do disco é L. Gelada (3 Da Madrugada) de MV Bill, em que a letra tem uma ótima ligação com a cultura dos amantes de carro.

Além do hip hop, o electro house e o EDM foram estilos que tiveram uma grande presença nas sequências Velozes e Furiosos 6 (2013) e Velozes e Furiosos 7. Muitos artistas bem conhecidos estiveram nos álbuns desses longas. 2 Chains, Wiz Khalifa, deadmau5, Peaches e David Guetta são alguns dos colaboradores.

Desta vez, assim como nos cinemas, as trilhas sonoras também tiveram sua cota de sucesso. Por exemplo, o disco com as canções do sétimo filme ficou primeiro lugar na Billboard 200. No Japão e no Reino Unido, ele conseguiu o certificado de Disco de Ouro por vender mais de 100 mil cópias em cada país.

Velozes e Furiosos 8, o mais recente filme da franquia – e longe de ser o último, estreou no mês passado no mundo inteiro e já arrecadou mais de 1,1 bilhão de dólares. Sua trilha sonora segue a “tradição” dos anteriores e ainda acrescenta o estilo latin pop a essa mistura.

Young Thug, G-Eazy, Migos, Lil Yachty, Pitbull e Camila Cabello são alguns dos artistas que cederam faixas para o disco. Go Off do rapper Liz Uzi Vert em parceria com Quavo e Travis Scott foi escolhida como a música de divulgação do longa metragem e do álbum. E com esse single, eu encerro o Ouvi No Filme. Até a próxima semana.