Chegamos ao último Ouvi No Filme de 2016! E hoje decidi selecionar as cincos trilhas sonoras que mais me chamaram atenção durante esse ano. Além de recomendar alguns filmes podem ser assistidos neste final de ano.
Sem muitas enrolações, vamos as indicações:
Deadpool: Ok, peço desculpas. Essa lista vai ter bastante referência de filmes inspirados em histórias em quadrinhos. Começo por Deadpool, provavelmente um dos longas mais falado esse ano. A sua trilha sonora foi composta pelo DJ e produtor Junkie XL e traz diversas influências dos anos 80, como sintetizadores. Essa também é a época preferida do anti-herói da Marvel.
Isso pode ser visto nas faixas adicionais com artistas como o grupo de hip-hop feminino Salt-N-Pepa. Certamente, Deadpool deve estar muito triste com a morte de George Michael. O personagem é um grande fã de Wham! e os créditos finais tem como fundo Careless Whisper.
Esquadrão Suicida: A reunião dos principais vilões do Batman nas telas de cinemas dividiu a opinião de muitas pessoas. Mas por outro lado a seleção de canções que foram utilizados chamou bastante atenção. O longa tem clássicos do Black Sabbath, Rolling Stones, AC/DC, The Animals e Queen. Ao mesmo tempo que deu espaço para artistas ‘novos” como o Twenty One Pilots, Imagine Dragons e Skrillex.
O disco com a trilha sonora original não traz boa parte dos clássicos que aparecem durante o filme. Porém, a versão que o Panic! At the Disco fez para Bohemian Rhapsody do Queen foi utilizado em diversas ações de divulgação de Esquadrão Suicida.
Aquarius: Apesar de todas as polêmicas políticas, o filme estrelado por Sônia Braga merece atenção pela sua trilha sonora. O longa dirigido por Kleber Mendonça tem uma curiosa e rica variedade de música brasileira, principalmente a partir dos anos 70.
Altemar Dutra, Taiguara, Gilberto Gil, Paulinho da Viola e Roberto Carlos representam muito bem a MPB em um filme que foi bastante elogiado fora do Brasil. Até Ave Sangria, uma popular banda de rock psicodélico de Pernambuco contribui com a trilha sonora.
Luke Cage: Desde que eu comecei a escrever o Ouvi No Filme muitas pessoas deram a sugestão para falar sobre a trilha dessa série da Netflix em parceria com a Marvel. Então resolvi incluí-la nesta lista de final de ano.
Luke Cage é uma grande homenagem a blaxploitation, um movimento cinematográfico que priorizava atores negros nos Estados Unidos no começo dos anos 70. Ao mesmo tempo, ele presta um tributo à música negra americana. Os 13 episódios tem canções do jazz, funk, soul music e principalmente o gangsta rap dos anos 90.
A participação do cantor Charles Bradley e do rapper Method Man são alguns destaques na minha opinião. Inclusive, o integrante do grupo de hip-hop Wu-Tang Clan gravou Bulletproof Love, uma faixa exclusiva para a série.
Westworld: Para encerrar vou falar de outra série. Considerada a sucessora de Game Of Thrones, Westworld está sendo bem elogiada pela sua trama. Porém, quem ama música se surpreendeu com a trilha sonora composta por Ramin Djawadi. Além de canções primorosas, existem versões com instrumentos clássicos para músicas do Radiohead, Rolling Stones, Soundgarden e The Cure. Elas ganharam uma cara de canções de faroeste no estilo Ennio Morricone.
Então fecho o ano indicando essa excelente série e também a trilha sonora de Westworld.