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Ouvi no Filme - Lupa Charleaux

Ouvi No Filme #18 – A dupla Trent Reznor e Atticus Ross nos cinemas

Existem artistas que são especializados em produzir trilhas sonoras, assim como há músicos que descobrem talento para compor canções para filmes. A dupla Trent Reznor e Atticus Ross é um exemplo desses dois tipos de artistas que ao se encontrarem, sempre criam um excelente trabalho.

No Ouvi No Filme desta semana, vou falar desses músicos produtores, admirados por grandes diretores como David Fincher. E analisar um pouco dos materiais produzidos por eles para o cinema, bem elogiados pela crítica e ganhadores de grandes prêmios.

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Vou começar comentando um pouco sobre cada um deles. Trent Reznor já é um nome bastante conhecido dos admiradores do rock. Multi-instrumentista, ele é a cabeça por trás do Nine Inch Nails e How To Destroy Angels. Além de ser colaborador de diversas outras bandas como o Queens Of The Stone Age. Sem dúvida, um dos principais nomes do rock industrial dos anos 90.

E foi durante essa década que Reznor compôs a sua primeira trilha sonora. Ele foi responsável por criar os temas do jogo de tiro em primeira pessoa Quake (1996). Com claras influências do Nine Inch Nails, o material ainda é considerado uma das melhores criações musicais para games.

Antes de iniciar a parceria com Reznor, o produtor britânico Atticus Ross já havia trabalhado nas trilhas sonoras dos filmes Nova York, Eu Te Amo (2009) e O Livro de Eli (2010). E também produziu álbuns e músicas de bandas como o próprio Nine Inch Nails, Korn, Coheed and Cambria e Bad Religion.

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A convite do diretor David Fincher, a dupla se juntou em 2010 para compor a trilha sonora do longa A Rede Social. A princípio todo o material era um esboço de coisas que Reznor estava criando para o Nine Inch Nails e How to Destroy Angels. Mas a mistura de música eletrônica com um toque experimental serviu muito bem como fundo para o filme que conta a história da fundação do Facebook.

Com 19 faixas, entre elas uma releitura de In the Hall of the Mountain King de Edvard Grieg, a trilha sonora foi bem recebida pelo o público e a crítica. Além de estrear em primeiro lugar na Billboard, o álbum recebeu os prêmios de Melhor Trilha Sonora Original no Globo de Ouro e no Oscar de 2011.

David Fincher gostou do que ouviu e convidou Reznor e Ross para compor a trilha sonora do filme Os Homens Que Não Amavam as Mulheres (2011). Desta vez, partindo do ponto zero, a dupla criou um material épico que resultou em um álbum triplo influenciado pelo post-industrial.

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Sem dúvidas, um dos destaques foi a versão de Immigrant Song. O clássico do Led Zeppelin ganhou uma nova interpretação na voz de Karen O, líder do Yeah Yeah Yeahs. Essa canção traduz bem o conceito geral da trilha sonora.

Em 2014, novamente Fincher pediu para a dupla trabalhar com ele em um novo filme. Em Garota Exemplar, Reznor e Ross desenvolveram um material bastante soturno que combinou perfeitamente com a atmosfera do filme estrelado por Ben Affleck.

Apesar de ainda ter elementos experimentais, Reznor decidiu pela primeira vez ter a colaboração de orquestras na hora de compor as faixas da trilha sonora. Todo o material foi bem aceito pela crítica especializada.

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O último material composto por Reznor e Ross para os cinemas foi a trilha do documentário Seremos História? (Before The Flood, 2016). O álbum conta também com a colaboração da banda escocesa Mogwai e do músico argentino Gustavo Santaolalla. As 18 faixas são uma mistura entre música ambiente e post-rock.

Ao contrário das anteriores, as canções são bem mais leves. Elas combinam bastante com o doc apresentado por Leonardo DiCaprio que apresenta um pouco dos problemas ambientais ao redor do mundo. Destaque para longa faixa A Minute to Breathe.

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No final de 2016, a dupla saiu dos cinemas e deu um grande (ou pequeno) presente para os fãs de Nine Inch Nails.  O EP Not The Actual Events saiu no dia 23 de dezembro de 2016. São apenas cinco faixas, mas mostra mais uma vez a química que Reznor e Ross possuem, mesmo quando não é uma trilha sonora de filme.

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