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Ouvi no Filme - Lupa Charleaux

Pantera Negra: Kendrick Lamar faz uma excelente curadoria para o herói da Marvel

Depois de trailers de tirar o fôlego, chegou aos cinemas brasileiros Pantera Negra. Dirigido por Ryan Coogler, o filme apresenta a jornada de T’Challa (Chadwick Boseman) após assumir o manto tradicional do famoso herói negro dos quadrinhos da Marvel. Além disso, ele tem a missão de suceder seu pai diante do trono de Wakanda.

A nação africana esconde do resto do mundo inúmeras riquezas e avançado desenvolvimento tecnológico. E assim, passou a ser considerada El Dourado moderna por pessoas má intencionadas. Proteger o país é apenas um dos desafios do personagem em um longa que leva para o mundo dos heróis diversas questões sociais e raciais.

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Para criar uma trilha sonora original e com raízes negras, o rapper Kendrick Lamar foi convidado para criar os temas de Pantera Negra. Exatamente por isso, ele será o tema do Ouvi No Filme. Mas antes, vamos com o trailer:

Kendrik Lamar teve o papel de principal curador da trilha sonora de Pantera Negra. Coogle foi responsável por convidar o rapper americano, pois os temas representados no seu trabalho se assemelham com a linha artística do filme. E o que era para ser uma pequena contribuição com algumas faixas, se tornou um álbum completo feito e inspirado pelo filme.

Lamar teve a liberdade de convidar diversos artistas do hip hop e do r&b para contribuir com álbum que foi produzido por Sounwave. E no geral, a trilha sonora tem aspectos parecidos com Wakanda. Ambos possuem traços tribais fundidos com a modernidade.

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Black Panther, a faixa de abertura da trilha sonora é apenas uma amostra do conceito do álbum. Beats eletrônicos se misturam com elementos de música africana. E nessa música especialmente, temos Lamar rimando e exaltando os títulos do herói enquanto um sample de piano e batidas tribais são apresentadas ao fundo.

Juntando o rapper americano Vince Stapes e o produtor e artista de hip hop sul africano Yugen Blakrok, Opps consegue fazer uma excelente mistura entre o que é de atual do gênero e unir isso com as raízes africanas. Os beats mais “roots” ganham uma roupagem mais eletrônica. E mesmo citando Gotham City, lar do Batman, a letra deixa bem clara que representa o antagonista Erik Killmonger (Michael B. Jordan).

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Em alguns pontos da trilha sonora, Lamar foge um pouco do hip hop e brinca com outros gêneros. Ele brinca com o r&b mais suingado e dançante em All The Star com a cantora americana SZA. Depois, ele se aproxima do soul em I Am que tem a participação da inglesa Jorja Smith. Mas em ambos os casos, tem elementos que vão além, ou retoma alguma característica original desses estilos.

Mesmo com um loop muito comum no meio do hip-hop, King’s Dead é outra canção que representa bem a trilha feita por Lamar. Ele se junta com os rappers americanos Future e Jay Rock e mais o produtor inglês James Blake. A letra cheia de rimas faz referências aos quadrinhos originais e eventos do filme; e explica um pouco do sentimento de T’Challa diante das situações enfrentadas e seu inimigo Killmonger.  

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Não vou me estender muito comentando, apesar que seria um ótimo faixa a faixa. Mas recomendo ouvir com atenção X com Schoolboy Q, 2 Chains e Saudi; Bloddy Waters com Ab-Soul, Anderson Paak e James Black e Redemption com Zacari e Babes Wodumo. E sem esquecer da incrível Pray for Me com Lamar e The Weeknd.

A trilha sonora de Pantera Negra se encaixa perfeitamente na categoria de hip-hop experimental. Kendrick Lamar foi buscar elementos da cultura africana e conseguiu encaixá-las no meio do “mundo atual”. O disco apresenta muitas faixas interessantes para quem não está muito familiarizado com a cena de hip-hop americana atual. Além de funcionar bem sem depender do próprio filme.

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