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Pop Punk Academy - Lupa Charleaux

Pop Punk Academy #13 – Review: Green Day – Revolution Radio

Revolution Radio, novo álbum do Green Day, vazou na Internet e dificilmente não teve um fã que ainda não ouviu. O 12º disco do trio mostra uma nova fase em que se despedem do punk rock/pop punk. De modo generalizado, eles passaram a ser uma banda de power pop, ou basicamente rock.

Os singles Bang Bang e Revolution Radio são os únicos traços com um passado que conhecemos do Green Day. São músicas agitadas, radiofônicas e prontas para serem tocadas ao vivo. Enquanto, Bouncing Off The Wall e Too Dumb to Die são faixas que melhor equilibram a mistura do punk rock e power pop. Ambas poderiam estar em um álbum do projeto paralelo Foxboro Hot Tubs.

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Em entrevistas, o líder Billie Joe Armstrong comentou que o álbum seria mais pesado. E ao contrário do que os fãs pensavam, esse peso veio em forma de letras e não de riffs. Assim como em 21st Century Breakdown (2009), elas são bastante obscuras e refletem a visão do musico sobre a sociedade em geral. Bem diferente do clima de festa de boa parte da trilogia ¡Uno! ¡Dos! ¡Tré! (2012).

Somewhere Now, uma quase homenagem ao The Who, termina com a seguinte frase: “Aleluia, encontrei minha alma/ embaixo das almofadas do sofá/ Parabéns, eu me encontrei”. Say Goodbye e Troubled Times seguem com essa perspectiva um tanto negativa sobre o mundo atual.

Still Breathing, terceiro single de Revolution Radio, traz um Billie Joe após o rehab de 2012 e refletindo a importância da vida. Outra faixa pessoal é Outlaws, considerada uma continuação de Christie Road do disco Kerplunk (1992), relembrando quando o grupo eram apenas garotos punks. Animada, Youngblood é mais uma canção de amor dedicada a Adrienne Armstrong, esposa do vocalista.

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Assim como o próprio álbum, Forever Now é a faixa que começa de forma genial, com uma letra em primeira pessoa de Billie Joe. Mas com quase 7 minutos de duração, ela se perde em mais uma tentativa de encaixar duas ou três músicas em uma. Entretanto, ela “amarra” várias pontas deixadas nas letras do disco. Dessa maneira, a balada acústica Ordinary World aparece mais como uma faixa bônus do álbum.

Parece que o Green Day ainda está sofrendo com a problemática que surgiu na trilogia ¡Uno! ¡Dos! ¡Tré!. Não há problemas em seguir uma nova direção musical, mas parece que o trio ainda não encontrou o norte. Revolution Radio é um disco “OK”: não surpreende e nem decepciona. Mas está longe de ter um impacto tão grande na carreira do trio como American Idiot (2004) teve.

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1 Comment

1 Comment

  1. Johny

    2 de outubro de 2016 at 15:14

    Todos querem comparar o sucesso do álbum “American idiot”. Mas eles não são os mesmo daquela época.
    E pra quem é fã, só a questão deles estarem com álbum novo já é de muita alegria!

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