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Pop Punk Academy - Lupa Charleaux

PPA #113 – Desafio Musical: 11 Discos Marcantes do Pop Punk (pelo menos para mim)

Faz algumas semanas que eu estava vendo a coluna Reverbera do Caique Stiva sobre os 10 discos marcantes do rock alternativo que influenciaram a vida dele. Além de ser uma lista bem interessante, o mais curioso foi ler as histórias sobre como cada álbum chegou aos ouvidos dele. Então, após pedir autorização para ele, resolvi fazer o mesmo aqui no PPA.

Eu me estendi um pouco e fiz uma lista com 11 álbuns de pop punk/punk pop que me marcaram de alguma forma. Não coloquei em ordem de importância ou quando eles entraram na minha vida, por isso estão em ordem de lançamento para ser mais justo. Sem mais enrolações, vamos ao que interessa.

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Green Day – 1039/Smoothed Out Slappy Hours (1991)

Eu já conhecia os discos Dookie (1994) e American Idiot (2004) quando tive a chance e ouvir a coletânea 1039/Smoothed Out Slappy Hours do Green Day pela primeira vez. E foi um choque (positivo) escutar o disco acompanhando as letras, pois todas as músicas faziam sentido para mim quando eu estava no fim da adolescência.

Ele não é o meu disco preferido do trio, pois nem a própria banda vai superar o Nimrod (1997), mas tenho um carinho especial pelas 19 faixas. São canções bem teenagers, mas com ótimos instrumentais que mostravam que eles tinham talento para a coisa. São poucos artistas que lançam trabalhos tão bons logo no começo da carreira. Going to Pasalacqua foi a primeira música que aprendi no baixo, talvez por isso minha favorita.

Ramones – Loco Live (1991)

Se teve uma banda que mais ouvi na vida, provavelmente é o Ramones – empatado com o Green Day. Eu já conhecia algumas músicas da banda, pois tinha uma coletânea deles que ganhei do meu padrinho. Porém, tudo mudou quando comprei o Loco Live.

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Lembro de encontrar o disco em uma antiga loja de discos em Santos, depois ficar umas semanas juntando (e pedindo) dinheiro para comprá-lo. E valeu cada centavo e a caminhada até o Gonzaga para não gastar com ônibus. Enfim, um dos melhores ao vivo que já escutei. Sempre me arrepio com os “1,2,3,4” do CJ Ramone.

Pinhead Gunpowder – Goodbye Ellston Avenue (1997)

Alguns anos depois que conheci o Green Day, eu fui atrás dos bandas paralelas. Então conheci o Pinhead Gunpowder, uma das melhores coisas que o Billie Joe Armstrong fez na vida. E considero melhor que a própria banda principal do músico.

Pinhead Gunpowder consegue ter a agressividade do punk rock do 924 Gilman Street e ao mesmo tempo soar bastante melódico. Apesar de uma visão muito local, as letras de Aaron Cometbus conseguem atingir diversas pessoas. Goodbye Ellston Avenue é o único disco completo da banda, mas vale a pena conhecer todos os trabalhos deles.

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Holly Tree – Running Out Of Sense (1998)

O Holly Tree cruzou meu caminho quase sem querer. Primeiro conheci o Bordelinerz, uma das bandas do baterista Zeh Monstro, e logo me indicaram essa pérola do punk pop nacional. Minha cabeça pirou quando descobri um trio que fazia um som parecido com o Green Day e Rancid, e ainda tinha influência do punk britânico. Tudo que eu gostava lá em 2006.

E na era do MP3, baixei tudo que encontrei pela frente da banda. Mas não conseguia achar todas as faixas do Running Out Of Sense em nenhum lugar do Soulseek. Então, um dia visitando a famosa loja Blaster em Santos, encontrei o CD na seção dos usados. Levei para casa e fiquei ainda mais fã da banda.

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Buzzcocks – Buzzcocks (2003)

Eu nunca vou esquecer a primeira vez que ouvi o disco Buzzcocks. Lembro de ter pego o nome da banda em uma revista sobre o punk rock, ir até uma lan house e acessar a Rádio Terra. Como era o único material disponível, eu dei play. E desde então esse é meu álbum favorito dos britânicos.

Isso deve ter sido entre 2005 e 2006, e o disco tinha uma sonoridade diferente do que eu esperava na época. Era melódico, era rápido, tinha uma energia que até hoje não sei explicar. Eles já eram uns senhores pop punkers e continuavam a fazer canções tão interessantes que chamou atenção de um adolescente pop punker.

The Ergs – Dork Rock Cork Rod (2004)

The Ergs foi uma das bandas que conheci com o Grooveshark, uma plataforma de streaming de música que apareceu anos antes do Spotify/Deezer. Lá eles indicavam alguns artistas de acordo com o que a pessoa ouvia e um dia me sugeriram Dork Rock Cork Rod. E foi um encantamento à primeira vista.

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Em 2012, quando descobri The Ergs, ainda achava que pop punk era bubblegum e as coisas que eram promovidos na MTV. Com Mike Erg e sua trupe descobri que era possível fazer punk pop se desviando dos clichês. Algo melódico, cheio de energia e ainda ser nerd. Foi uma porta de entrada para muitas bandas do underground americano do começo dos anos 2000.

Dissonicos – Espere Por Mim Bandini (2006)

Espere Por Mim Bandini foi o disco que me fez perceber que não há diferenças entre ser um jovem roqueiro e tímido de Santos ou de Brasília. Conheci Dissonicos em uma época da minha vida que eu não me identificava com nenhuma banda nacional que ainda estivesse na estrada.

Mas as letras do Álvaro Dutra faziam muito sentido dentro do meu cotidiano. Parecia um amigo distante que relatava os problemas e os medos de quem está dando os primeiros passos na vida adulta. Sempre será uma das minhas bandas favoritas por isso e esse disco sempre vai aparecer entre os meus favoritos de qualquer lista.

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Teenage Bottlerocket – They Came From The Shadows (2009)

Skate or Die e Bigger Than KISS foram as músicas responsáveis por me fazer amar Teenage Bottlerocket. Lembro de baixar por curiosidade They Came From The Shadows e sair para entregar alguns currículos. Não consegui um emprego aquele dia, mas conheci uma das minhas bandas favoritas no intervalo entre os “não” que levei.

O disco tem tudo que gosto em uma banda de bubblegum: acordes rápidos e bom humor. Sem contar as boas histórias: sejam de terror como em Forbidden Planet, ou de amores passados como em Without You. Apenas escutem esse disco uma vez na vida.

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The Wonder Years – Suburbia I’ve Given You All and Now I’m Nothing (2011)

Conheci The Wonder Years totalmente sem querer. Entrei em um dos sites de download de discos, procurei por banda de pop punk e encontrei o Suburbia I’ve Given You All and Now I’m Nothing. Não foi um álbum que me pegou logo de cara, mas as frases que apareciam soltas nos meus ouvidos um dia me fizeram ouvir as 13 faixas acompanhando a letras.

E foi aí que esse disco entrou para a lista dos meus favoritos. Dan “Soupy” Campbell falando sobre os primeiros passos no começo da vida adulta e os medos me deixou “confortável”. Sem contar que eram canções com melodias que fugiam dos clichês das bandas da época e lembrava a boa fase do emo do início dos anos 2000.

Dinamite Club – Tiro & Queda (2013)

Conheci o Dinamite Club por conta da época em que o PPA era apenas um simples blog. Lembro de baixar o Tiro & Queda passar as músicas para o MP3 para ouvir enquanto ia para o trabalho e fazer um post comentando sobre lançamento. Depois o disco nunca mais saiu do celular e tocava quase que no repeat.

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O álbum foi a carga de PMA que eu precisava naqueles dias complicados. Contra O Mundo era como se fosse alguém falando para mim que já passou pela mesma situação e entendia o que eu sentia. E Mandril era o que eu precisava ouvir para me manter forte e não desistir dos meus objetivos pessoais. Era como ter um amigo para colocar para cima no fim do expediente e depois das aulas da faculdade.

Descendents – Hypercaffium Spazinate (2016)

O ano de 2016 me surpreendeu de muitas formas: boas e ruins. Mas Hypercaffium Spazinate foi uma das excelentes surpresas, pois não esperava um disco do Descendents. E depois não esperava que eles viram ao Brasil com a turnê desse material.

Esse disco me deu gás diante de diversas situações e traduziu MUITOS sentimentos (sim, em caixa alta). Ele me fez rir e chorar com algumas letras. Nunca achei que eles lançariam um disco que eu gostasse tanto quanto Everything Sucks (1996). Esse álbum foi quase como uma terapia para mim por vários meses.

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