De Dolly Parton a Avril Lavigne, Jade Bird tira inspiração das formas mais inusitadas. A cantora, compositora e musicista britânica é considerada uma artista de inteligência musical única e vocais robustos, já vista como uma das promessas do indie e folk britânico.
Nascida e criada em Londres, Jade iniciou sua vida musical aos oito anos, quando começou suas aulas de piano. Com 12, já escrevia e dava seus primeiros acordes na guitarra. Suas composições vêm naturalmente, como um verdadeiro dom, e são embaladas pela suavidade de sua voz.
Jade nunca teve tanto interesse em mergulhar na música clássica, mas estuda música e aplica diferentes gostos em suas composições. Ela busca inspiração em canções mais antigas, observando outros ângulos para criar. Atualmente, está focada no rock dos anos 1990, considerando entre suas principais influências bandas como Sonic Youth, Bikini Kill e Hole.
A independência de casa foi importante para dar o próximo passo em sua carreira. Desde os 14 anos, Jade excursionava pelos bares e eventos de Londres, buscando pela oportunidade certa. Chegou a apresentar até três shows por semana, fazendo questão de levar sua música ao maior número de lugares. Saiu em turnê aos 17 pelos Estados Unidos, onde apresentou-se junto a Brent Cobb, First Aid Kit e London Grammar.
Seu trabalho autoral começou a tomar forma com o lançamento do EP Something American (2017), que conta com cinco canções. Sucesso instantâneo no Reino Unido, o trabalho lhe rendeu ótimas críticas e chamou a atenção do público.
Com uma levada acústica e vocais despretensiosos, a canção homônima tem um charme único. Good Woman e Grinnin’ in Your Face são apostas com estilo bem country, sendo a última uma excelente prova da potência vocal de Jade. Harmoniosas, Cathedral e What Am I Here For reúnem a combinação perfeita de instrumental e vocal.
Pensando em artistas femininas poderosas da atualidade, a voz de Jade pode lembrar de Cecilia Krull, intérprete de My Life Is Going On, música de abertura da conhecida La Casa de Papel. Também chega perto de Bishop Briggs, outra artista britânica de forte sucesso comercial.
Mesmo envolvida em um mix de referências, Jade investe todas as suas forças na originalidade. Traz os temas mais íntimos em suas canções, mostrando sua perspectiva das coisas. Assuntos como divórcio, traição e desilusão são recorrentes em suas composições. Foi com o princípio da autenticidade que lançou os primeiros singles de seu álbum de estreia, Jade Bird, que tem lançamento marcado para abril deste ano.
Os singles Uh Huh, Lottery, Love Has All Been Done Before e I Get No Joy se inspiram na música americana. Com mais ritmo e velocidade, a artista se desprende das zonas de conforto do folk rock e aposta em batidas cativantes. O álbum foi 100% escrito e composto por Jade, agregando diferentes ideias da artista em um projeto que levou dois anos para ficar pronto. Ela afirmou em entrevista para a B-Sides TV que sua proposta é mostrar a “perspectiva de uma jovem mulher de 20 e poucos nesse mundo maluco”, trazendo temas reais em versos carregados de emoção.
Na divulgação de seu trabalho, Jade se apresentou em vários programas televisivos, como o Late Show com Stephen Colbert e o Tonight Show com Jimmy Fallon. Venceu dois prêmios de artista revelação, o ANCHOR Prize em 2017 e o Grulke Prize em 2018. Também integrou as premiações da BBC e Radio X de novos artistas. Suas performances são carregadas de energia, revigorando a música acústica e esbanjando simpatia.
Outro lançamento recente da artista foi a canção Furious, que não faz parte do álbum, mas também traz uma ótima dinâmica acústica de voz e violão. Mais melancólica, ela atesta o fôlego de Jade em canções sem forte acompanhamento instrumental.
Já reconhecida por muitos críticos como uma das grandes promessas da música moderna, Jade Bird carrega grandes expectativas em seu primeiro lançamento. Atualmente, ela atravessa a Europa, México e Estados Unidos em uma turnê que inclui shows solo e participações em festivais. Com certeza é uma artista que ainda veremos bastante!