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Uma ode às mulheres que construíram o rock

Muitas mulheres participaram ativamente da criação do rock n’ roll. No projeto Women in Rock and Roll’s First Wave, histórias das artistas são resgatadas.

Quando vamos falar de história do rock, é comum lembrarem de nomes como Elvis Presley, Chuck Berry e Little Richard. Eles são conhecidos como os grandes inventores do rock. Muitas mulheres, no entanto, também estiveram presentes nesse processo criativo, tanto como compositoras quanto intérpretes.

O projeto Women in Rock and Roll’s First Wave (Mulheres na Primeira Onda do Rock) tem reunido informações para fundamentar essa ideia. O estudo foi elaborado por Leah Branstetter, PhD em musicologia pela Case Western Reserve University de Cleveland, nos EUA. Na pesquisa, ela reúne centenas de mulheres que atuaram ativamente na construção do rock, a fim de provar a importância feminina nesse processo.

Muitas ficaram conhecidas de fato pelo trabalho com figurinos de palco e posições coadjuvantes nas gravadoras. As grandes artistas da época, que não alcançaram a mesma visibilidade dos homens, caíram no esquecimento. Graças à Branstetter, afinal conquistaram seu espaço com biografias únicas.

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“Algumas mulheres exibiam um tipo de comportamento no palco que era esperado de figuras como Jerry Lee Lewis ou Little Richard, mas essa não era a única forma de serem rebeldes”, conta Branstetter. Para a autora, muitas dessas mulheres foram de fato revolucionárias.

O estudo conduziu entrevistas familiares e múltiplas análises. O trabalho resultou numa playlist no Spotify, que reúne músicas de cantoras dos anos 1950 e 1960.

“Garotas não cantam Rock and Roll”

Etta James prova o contrário. A eterna Miss Peaches encontrou um caminho que convergiu blues, R&B, jazz e gospel no mundo rock. Foi uma das grandes responsáveis pelas futuras referências do estilo. Consta na lista dos maiores cantores de todos os tempos pela Rolling Stone.

Outro argumento é Sparkle Moore (na foto acima), que já foi comparada a James Dean e Elvis Presley. Pioneira no rockabilly feminino, Moore incorporou o personagem da época. Igualmente encantadora, subia aos palcos com suas jaquetas de couro e roupas masculinas, impactando a percepção dos figurinos “adequados” para mulheres da época. Seu lançamento mais recente foi um CD de produção caseira com 22 faixas, Spark-A-Billy, lançado em 2010.

Lillie Bryant também conquistou os fãs de rock com seu R&B. Já cantava no lendário Apollo Theater aos 14 anos. Conquistou a fama no showbizz na dupla Billy and Lillie, junto ao cantor Billy Ford.

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Faye Adams, que iniciou sua carreira no gospel, também tornou-se uma das principais figuras do R&B. Sua breve carreira contou com enorme sucesso comercial. Dona de uma voz inconfundível, Atomic Adams foi uma das maiores performers dos anos 1940 e 1950.

Entre os grupos, The Chantels foi o segundo grupo negro feminino a ganhar reconhecimento nos EUA, precedidas pelas The Bobbettes. As garotas contaram com amplo sucesso comercial. Posteriormente, passaram a integrar o Vocal Group Hall of Fame.

Grupos e artistas como The Platters, Brenda Lee, Laura Lee Perkins, Ruth Brown, Janis Martin, entre outras também estão na lista. A enorme variedade de artistas femininas coloca em cheque a teoria de que o rock and roll não foi feito por mulheres.

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