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La Casa de Papel: Netflix e empoderamento
La Casa de Papel: Netflix e empoderamento

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Netflix e a geração do empoderamento: La Casa de Papel

Retomamos o papo de séries! Neste especial, vamos comentar como a Netflix navega pela onda do empoderamento feminino em suas produções mais populares. Vamos conferir algumas das personagens femininas mais fortes de suas produções. Desta vez, o foco é La Casa de Papel. Atenção: esse texto contém MUITOS spoilers!

Na parte 1 desse especial, falamos sobre Stranger Things. Confira aqui!

La Casa de Papel

Mais uma série quebradora de recordes por aqui! A parte 3 de La Casa de Papel foi assistida por mais de 34 milhões de assinantes na semana de lançamento. Teve o maior resultado global de uma série não-americana no serviço de streaming em seus primeiros sete dias de estreia.

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O Brasil foi um dos países que mais maratonou La Casa de Papel. A trama do Professor, que já tem quarta temporada confirmada, continua a impressionar os brasileiros. Parte desse fascínio está em suas personagens femininas super empoderadas.

Questões como maternidade são abordadas constantemente em todas as histórias, mostrando a força feminina da figura materna. Entretanto, expostas a diferentes pontos de vista, cada personagem enfrenta seus próprios desafios para manter sua força. Confira as personagens de La Casa de Papel.

Nairóbi, um mulherão da p***a

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Não tem como pensar em um título melhor. Nairóbi se tornou o pivô da série, com seu protagonismo forte, amplo senso de justiça e uma coragem sem fim. Ela é a personagem que supera os desafios, assume a linha de frente e explora possibilidades nos planos do Professor.

A backstory da personagem envolve muitos mistérios, que são explorados aos poucos para mostrar que ela não é uma fortaleza. Nairóbi passou por poucas e boas, desde a perda do filho até abusos em relacionamentos. Mesmo assim, a personagem mantém o alto astral. Encontrou no plano do Professor uma oportunidade de retomar seu objetivo: voltar a ver seu pequeno.

A relação afetuosa dela com o filho se contrapõe às relações machistas no ambiente do assalto. Liderar homens que não a levam a sério não é fácil. Isso já acontecia com Berlim, mas fica ainda mais nítido na terceira temporada, com Palermo. Nairóbi vive sendo desafiada, sempre tendo que provar seu valor. É uma líder solitária, mas é a matriarca responsável pelo maior rendimento do primeiro roubo.

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As circunstâncias nem sempre são favoráveis, logo, Nairóbi não consegue realizar seu objetivo de voltar para o filho. Seus erros são expostos constantemente, numa tentativa de desestabilizá-la a todo custo. Isso também acontece quando se mostra apaixonada pelo amigo Helsinki, que por sua vez, é apaixonado por Palermo. Porém, a cada pancada, Nairóbi se fortalece. Está sempre se reerguendo, não importa o tamanho da bagunça.

Lisboa, uma competição à altura

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Enquanto o Professor é o gênio capaz de construir o atraco mais engenhoso da Espanha, a inspetora Raquel Murillo é sua desafiante. Na mesma dicotomia do Professor Xavier e Magneto em X-Men, Professor e Raquel são inimigos, mas dependem um do outro para sobreviver. São opostos: ela é mãe, calor, adrenalina, enquanto ele é frio e solitário. Logo apaixonam-se e suas diferenças são encaixadas um ao outro.

Se decepciona com a polícia, ao ser totalmente desacreditada por todos. O ex-marido, abusador, também faz parte da força policial. Logo, ao perceber que tentava agradar uma corporação que nada fazia para defendê-la (e que ainda acolhia seu abusador), abandona a polícia. Raquel “muda de lado”, vencida pelo Professor, e se torna Lisboa.

Ao assumir essa identidade, torna-se uma competidora ainda mais forte e desmonta a estratégia do Professor. Como em um constante jogo de xadrez, os dois continuam sua árdua batalha de egos e táticas. E desta vez, Lisboa não sairia perdedora.

Ela é inteligente e observadora. Mesmo tendo sua principal fraqueza explorada pelo Professor, que se apaixona para obter o controle, ela desmonta a relação. Desarma-o, mas não como a vilã femme fatale – ela é apenas uma competidora à altura. Lisboa se fortalece, mesmo sem a confiança dos demais membros do roubo, ao envolver-se com a peça central do jogo.

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Sua personalidade é ousada, ardilosa e ambiciosa, contrapondo às personagens extremamente leais ao Professor. Seu senso de verdade e justiça pulsa mais alto, capaz de fazê-la entrar em um acordo em troca da prisão do Professor. Como várias personagens famosas no cinema, ela é a nêmesis do Professor, inclinada a estar cada vez mais imersa em seu jogo.

Estocolmo, a sobrevivente

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Como o nome escolhido, Mónica Gaztambide sofre da Síndrome de Estocolmo. Na primeira temporada, recém-descoberta sua gravidez, ela se vê entre um homem abusivo, que se nega a assumir a paternidade de seu filho, e um homem igualmente abusivo, mas que pode ser sua chance de sobreviver.

Sua paixão por Denver é movida pelo desespero. Estocolmo teme por sua vida, e é levada ao insano amor pelo ladrão. Quando é baleada, fica aos cuidados de Denver, que acaba se aproximando cada vez mais. Ao fim do roubo, ao invés de escapar, é movida a continuar com ele. Ainda, suas decisões se pautam pela sobrevivência, e ela decide pela escolha que lhe daria dinheiro e segurança.

Mesmo sendo uma vítima, Estocolmo não tem uma personalidade frágil. Ela faria de tudo por seu filho – como o enfrentamento de seu ex-amante, Arturito, o pai da criança. Em um dos momentos mais fortes da personagem, ela confronta Arturo na terceira temporada.

Estocolmo reconhece que Arturo se aproveitou dela, a secretária bonita e atenciosa, enquanto Denver, mesmo marginal, era carinhoso e protetor. Na mais difícil das escolhas, preferiu criar seu filho da forma mais presente e segura. E isso só Denver podia lhe oferecer.

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A relação com outras personagens sofre represálias, afinal, ela era uma refém do primeiro roubo e sofre de um transtorno psicológico. Mesmo diante do perigo, Estocolmo se mostra uma aliada corajosa, igualmente protetora e que age racionalmente. Todo o terror enfrentado na primeira temporada tornou-se ínfimo diante da necessidade de proteger seu filho. Conforme vai entrando no jogo, também torna-se independente, tomando as rédeas em várias ocasiões – inclusive desafiando Denver, que mesmo apaixonado, sempre a vê como vulnerável.

Tóquio, um ideal de liberdade

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Talvez Tóquio seja a rebelde que todos precisávamos. A protagonista de La Casa de Papel é inconsequente, irresponsável e extremamente temperamental. Por que ela seria, então, um ideal de empoderamento?

Tóquio é a peça mais perigosa do roubo. Quando escolhida pelo Professor, ele fala de sua personalidade extremamente passional. Ela não se move pela razão, não liga para protocolos e está sempre pronta para agir. Esse temperamento forte é tanto sua ruína quanto seu principal atributo.

Ela é a peça chave para unir o grupo. Tóquio tem um laço importante com todos os membros do roubo, e vê no grupo uma família a quem proteger. Mesmo vivendo por um ímpeto de liberdade, ela nunca desiste de lutar por quem ama – mesmo que isso custe sua própria vida. É o que faz por Rio, inúmeras vezes, quando o companheiro acaba se enfiando nas piores bagunças possíveis.

O amor por Rio é fluído, afinal, Tóquio não tem raízes. É bicho solto, e assim sendo, não gosta de rotinas. Aventureira, descolada e ousada, ela sempre aposta alto. Não vive pelas circunstâncias, mas sim pelas suas escolhas.

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Sem a necessidade de estar com alguém para sentir-se segura, ela abandona Rio na terceira temporada para explorar o mundo sozinha. Justamente quando cede à tentação de voltar à rotina, põe em risco a vida de ambos com uma ligação rastreada pela polícia. Ela foi feita para voar, e assim sendo, sente-se segura para sobreviver sozinha, independente, em qualquer situação.

É fã de La Casa de Papel? Quem são suas personagens favoritas? Fique atento à próxima parte do especial para mais personagens empoderadas!

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