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Bad Religion, uma ligação de pai para filho em Londres. E ainda teve UK Subs

Nos últimos dias, Londres estava dividida entre diversas celebrações do Jubileu da Rainha. Mas foi outro evento importantíssimo que atraiu punks e fãs de hardcore ao Forum Kentish Town, no norte da capital inglesa.

De um lado, a lenda do punk inglês UK Subs com seus 44 anos de história. Do outro, a referência do punk americano Bad Religion, que comemora 40 anos (coloquem mais dois na conta devido ao atraso de dois anos da pandemia).

O evento foi uma belíssima imersão ao universo do punk, com a velha guarda misturada com adolescentes. O Forum recebeu um excelente público para prestigiar as duas bandas veteranas.

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Os ingleses fizeram as honras da casa e entraram em ação primeiro. Passearam por toda a carreira da banda, enquanto o carismático vocalista Charlie Harper conversava com o público com a mesma irreverência e proximidade de quem está em uma mesa bebendo um café com amigos. Som alto, empolgante e certeiro deixaram os ânimos altos para a atração principal.

Em resumo, foram 16 faixas do UK Subs, prestigiando os álbuns Another Kind of Blues, Diminished Responsibility, Brand New Age e Endagered Species.

Pausa rápida, mudança de backline e tudo certo para a entrada do Bad Religion. Antes de falar sobre o show, uma coisa realmente emocionante de ver foi o respeito mútuo entre as bandas. Jay, do Bad Religion, disse que era surreal depois de tanto tempo estar excursionado com uma banda que ele é muito fã. Charlie também disse que estar junto dos amigos do Bad Religion era algo mágico.

Bem, os americanos fizeram um show certeiro, agradaram aos fãs mais velhos, causaram um impressão positiva para os que estavam lá pela primeira vez, além de ter emocionado o público. Em síntese, mostrou o motivo de ser uma das bandas mais relevantes do punk rock.

Poderia escrever sobre o setlist, destacar que eles não erram acordes ou que os timbres de guitarra são e estão cada vez melhores. No entanto, o que vai ficar é uma experiência bem pessoal. Explico: em 1996, fui ao meu primeiro show do Bad Religion. Tinha apenas 15 anos, no Brasil. No Forum, no último fim de semana, meu filho, também com 15 anos, viu o primeiro dele, enquanto eu estava indo ao meu vigésimo.

Muita coisa se passou nas nossas vidas, mudamos de país, aprendemos uma nova língua e uma nova cultura, porém nunca deixamos de ouvir a música deles. Uma coisa que passei para ele, mas que com certeza ficará marcado para sempre.

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A música nos proporciona coisas mágicas. Um dia que jamais será esquecido. Obrigado Greg, Jay, Brian, Mike e Jamie! Foi uma noite linda.

Por fim, sobre o set list, estava tudo lá como sempre: uma avalanche sonora de 26 músicas. Clássicos, b-sides, singles, do primeiro ao último álbum. De We’re only Gonna Die até End of History, de Recipe for Hate, passando por Modern Man. Ou seja, um show de Bad Religion como deve ser.

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