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Com clássicos e músicas novas, Forgotten Boys celebram 20 anos de carreira no CCSP

Quando eu soube do show de 20 anos dos Forgotten Boys, comecei a fazer contas e lembrar uma série de coisas. Lembro de ter conhecido a banda em algum momento de 2004, enquanto assistia a MTV. Em 2006, eu assisti meu primeiro show deles, que também foi meu primeiro show de rock. Então, naturalmente, eles viraram minha banda favorita!

No último domingo (24), eu tive uma grande sessão nostálgica ao assisti-los pela sexta vez no Centro Cultural São Paulo. Sei que isso é pouco perto de muitos fãs que conheci da banda, mas foi uma experiência incrível relembrar muitas e muitas músicas que embalaram minha adolescência.

FOTOS: Fernando Yokota (@fernandoyokota)

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Outro lugar… mesma energia…

Quando entrei na Sala Adoniran Barbosa e vi as cadeiras, logo imaginei que talvez seria obrigatório assistir ao show deles sentado. O que seria bem estranho. Porém, logo que a banda subiu no pequeno palco e começou os primeiros acordes de I Wanna Live Until I Die, o público começou a concentrar em volta do palco. Logo em seguida, já emendaram em Musketeer. E as duas músicas foram suficiente para conquistar os “fãs das antigas”.

Fazia nove anos desde que eu os vi pela última vez – sim, quase metade da existência da banda. Mas logo lembrei da sensação que é ver um show deles. Um rock explosivo e barulhento que dá uns calafrios com a energia intensa. Another Place, a terceira faixa do setlist, é bem isso. Se você ouvir lá no Spotify, não chega nem perto da energia ao vivo.

Tanto o público quanto a banda se divertiam ao longo do show. Fora do palco, o pessoal abria o sorriso a cada faixa. E em cima do palco, os Forgotten Boys deixavam claro que adoram tocar cada música. E às vezes brincavam entre si, e tudo isso colaborava para um clima de festa entre amigos!

20 anos bem recheados de acordes

O repertório com certeza agradou aos fãs de todas as “eras” da banda. Do proto punk de Forgotten Boys (2000), ao hard rock/punk garageiro de Gimme More (2002) e Stand By The D.A.N.C.E. (2005), até a fase mais experimental de Louva-A-Deus (2008) e Taste It (2011). Eles conseguiram pegar diversos clássicos de cada um dos álbuns lançados e conectar tudo forma bem orgânica. Em alguns momentos, até emendando as canções.

Vi muitas pessoas cantando e pulando com os “hinos” Cumm On e R’n’R Band, batendo palmas no ritmo da bateria em Just Done e So So. Bem como entrando no ritmo mais suingado de Draw The Line e cantando as músicas em português como Me Entregar.

Um dos pontos fortes da apresentação foi a atenção às canções dos primeiros trabalhos, como a balada Lady of My Morning, que ficou ainda melhor com teclados ao vivo. Entretanto, a dobradinha Babylon – a pedido de um fã – e Rosana fez muita gente banguear e cantar junto com a banda. Talvez relembrando os bons momentos do passado.

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É muito comum que durante algumas faixas, eles façam uma espécie de jam no meio. E nem reclamo disso, pois realmente eles são excelentes músicos. Dessa vez Get Load, que fechou a primeira parte do show antes do bis, foi uma incrível demonstração de energia instrumental. Muito bem escolhida para encerrar “teoricamente” uma apresentação.

Novas músicas, antigas versões do Forgotten

No meio dos clássicos, os Forgotten Boys apresentaram três faixas inéditas: Pretty One, I Don’t Care e My Word. Com um jeitão de rock setentista britânico, algo próximo de The Who e The Jam, todas se encaixam bem ao setlist da banda. Apesar de não saber as letras ainda, era possível ver a plateia deixando se levar pela sonoridade.

Quase todos os shows que assisti deles, sempre tinham espaço para pelo menos uma versão em homenagem àqueles que os influenciaram em algum momento da carreira. Não dá para dizer que é uma cover, pois eles sempre acrescentam bastante personalidade as canções mesmo que sejam de outros artistas. No CCSP, não foi diferente.

Rock ’n’ Roll Nigger da Patti Smith e Carbona Not Clue dos Ramones, presentes no disco de versões Outside Of Society (2015), entraram para o repertório desta vez. Porém, assim como em algumas das apresentações que assisti, eles encerraram o bis com uma incendiária versão de Search & Destroy do The Stooges, música que deu nome à banda.

Como nos velhos tempos do Forgotten

Acompanhar essa apresentação foi uma tempestade de sentimentos. Cada música de cada fase só me fazia lembrar de passagens da minha vida. Como quando eu trabalhei em uma banca de jornal e passava o dia revezando entre ouvir o Gimme More e Stand By The D.A.N.C.E.. Ou de quando Louva-A-Deus caiu na internet bem no dia do meu aniversário de 19 anos. Realmente, uma banda que fez parte de épocas importantes da minha vida!

E finalizando esse texto, lembrei que uma das minhas primeiras “resenhas de shows” foi exatamente o primeiro show que assisti deles em um antigo blog que depois me inspirou a ser jornalista. Bom, acho que ficou claro como os Forgotten Boys têm uma grande influência na minha vida.

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Confira mais fotos (fantásticas) da apresentação na página do fotografo Fernando Yokota!

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