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Dead Fish rouba a cena na festa de 15 anos da Rock Show, em Santos

BIA VIANA E MARCEL CALDEIRA

A noite do hardcore promovida nesta sexta-feira (20) na Capital Disco, em Santos, reuniu fãs de diferentes gerações em uma homenagem ao estilo. O evento celebrou os 15 anos da produtora Rock Show, contando com bandas como Bayside Kings, Dead Fish e CPM 22 no lineup principal, além de Surr, The Carrys e Terminal Norte na abertura.

Iniciando as atividades, a santista Surr trouxe um som pesado num estilo parecido com o new metal. Com cunho político e social, as músicas e o ótimo posicionamento de palco de Yuri (vocalista) envolveram o pouco público que estava presente. Com solos envolventes, a banda mostrou, mesmo em pouco tempo de apresentação, o seu grande potencial. Com uma maior plateia e um tempo mais digno, Surr com certeza não decepcionaria.

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Pouco antes das 22h, a The Carrys subiu aos palcos para levantar o astral dos fãs. Com covers de Nx Zero, Raimundos, Forfun e Detonautas, a banda esbanjou bom humor e fez uma apresentação simples e bem tocada, tudo em menos de 20 minutos.

Com o número maior de pessoas na plateia, a Sinera mostrou no palco todo o seu peso. Graças ao vocal rasgado, cover do Linkin Park e muito energia, o grupo incitou um pouco de mosh.

Mas o mosh só viria mesmo junto com uma das maiores bandas da história de Santos. Subindo aos palcos pouco antes da 0h, a Bayside Kings trouxe consigo seu hardcore pesado em inglês. Da primeira música até a última (a clássica Still Strong), o grupo iniciou, também, os famosos stages dives mesmo com os seguranças não deixando ninguém passar. A apresentação foi clássica do quinteto santista, muito 2tep (dança feita no hardcore), circle pit (correr em volta de círculos) e muitos pulos dos fãs para cantar ao lado de Milton Aguiar, vocalista da Bayside.

A penúltima banda a se apresentar foi a capixaba Dead Fish. Considerada por muitos como a maior banda de hardcore do País, ela honrou ainda mais seu título na noite de sexta-feira. Praticamente dando o palco aos fãs, que se jogaram intensamente em muitos stages dives, a banda comandada por Rodrigo Lima trouxe em seu setlist alguns do seus maiores sucessos.

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A energia passada pela banda e pelo forte mosh rolando na pista deixaram de boquiaberto todos os outros que estavam a ali apenas para assistir o CPM 22. Em meio a gritos de Fora Temer e Lula Livre, a Dead Fish fez a melhor exibição da noite, show que fez jus à sua fama.

Por último, o CPM 22 subiu ao palco frente à casa cheia, ainda energizada pela apresentação do Dead Fish. A banda iniciou o set com Combustível, em um palco de muitas cores e forte peso. Não faltaram clássicos, com Tarde de Outubro, Dias Atrás, Irreversível e Regina Let’s Go animando o coro pela multidão.

Além das tradicionais, CPM também tocou Flores, do Titãs. Entre as músicas do disco novo, não houve entusiasmo por parte do grande público, mas os fãs puderam sair satisfeitos com o equilíbrio entre conteúdo recente e o mais popular.

Honrar Teu Nome foi uma das mais aplaudidas, sendo uma composição especial que Badauí criou em homenagem ao seu pai, falecido meses antes do último álbum ser lançado. O Mundo Dá Voltas foi outro destaque, com forte jogo de luzes. Entre as demais canções do disco novo, houve uma queda na animação que só retornou com cover de Mantenha o Respeito, do Planet Hemp e a sequência do bis, finalizada com Um Minuto Para o Fim do Mundo.

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Em geral, o set não surpreendeu e a interação com o público teve seus altos e baixos, contando com “broncas” aos fãs que subiram ao palco, mas o evento atendeu seu propósito e resgatou as lembranças daqueles que tiveram o CPM 22 em sua playlist de adolescência.

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