Pela primeira vez no Brasil, o The Amity Affliction desembarcou com a missão de entregar um show inesquecível para os fãs. E cumpriu! A apresentação que tomou conta do Clash Club no último domingo (14), em São Paulo, teve presença marcante dos fãs e uma energia incrível, digna de um público que esperava há tantos anos pelo espetáculo.
O show fez parte da turnê latinoamericana da banda de metalcore para divulgar seu álbum mais recente, This Could Be Heartbreak (Roadrunner Records), lançado no ano passado. Mas antes de chegar ao Brasil, o quarteto fez três grandes concertos nas cidades de Cidade do México, Guadalajara e Monterrey. O The Amity Affliction ainda passará pela Argentina e Chile antes de voltar à Austrália, sua terra natal.
A espera pela banda parecia interminável, mas a ansiedade logo foi invadida pela banda paulistana Black Days. Formada em 2015 por ex-membros de bandas conceituadas de rock e hardcore, como Gloria, Savant Inc, Life To Live e Every Man Is An Island, fez um show muito animado.
Com seis álbuns incríveis no currículo, deve ter sido uma tarefa difícil limitar o setlist apenas às músicas do último trabalho. Assim, o The Amity Affliction montou uma lista pra poucos colocarem defeito, com músicas do álbum mais recente, claro, além do Let The Ocean Take Me e Chasing Ghosts.
A abertura do show foi pontual e a escolha de I Bring The Weather With Me para começar o apresentação foi certeira. A resposta do público foi imediata e não foram necessários mais do que alguns segundos para a pista pegar fogo e começarem os circle pits. Tudo isso para a alegria da banda, que foi impecável ao vivo, tanto no instrumental quanto nas vozes de Joel Birch e Ahren Stringer.
Ahren é responsável pelo vocal limpo e melódico do The Amity Affliction e, além disso, é baixista da banda. Sua performance ao vivo realmente surpreendeu. Durante a uma hora cronometrada de apresentação, ele não perdeu o fôlego nem uma vez e muito menos desafinou. Quando comparados a shows mais antigos da banda, o baixista melhorou muito suas habilidade vocais e hoje é o grande responsável por puxar os fortes refrões da banda.
O mesmo valeu para o Joel, que manteve o público sobre seu comando com um grito poderoso e fiel aos álbuns de estúdio. Ele até organizou uma wall of death no centro da pista!
Faltou alguma música? Sempre falta! Pessoalmente, senti falta de O.M.G.I.M.Y, Tearing Me Apart e Born To Die, sim, ele mesmo, o cover da música da Lana Del Rey. Pode confiar, tem tudo a ver com a banda! Me arrisco até a dizer que o cover é melhor do que o original.
Muitos ainda lamentaram a ausência de Chasing Ghosts, Give It All, Greens Avenue e Youngbloods no setlist. Como eu disse antes, deve ter sido difícil escolher o setlist perfeito. O sentimento que fica é que uma hora de palco é insuficiente para as principais músicas da banda. Encerramos o show gritando: This could be, I think this could heartbreak!
Setlist:
I Bring The Weather With Me
Open Letter
Lost and Fading
Never Alone
The Weigh Down
All Fucked Up
Death’s Hand
Some Friends
Shine On
Fight My Regret
Pittsburgh
Don’t Lean On Me
This Could Be Heartbreak