O Matanza veio novamente para Santos, após um ano, na quadra da escola de samba X-9. Sim, também estranhei, mas achei a ideia sensacional. Em qual lugar que você descobre que uma banda pauleira vai se apresentar numa quadra de escola de samba? Foi assim na noite do dia 21 de janeiro.
Entrei no local e já dei de cara com aquela cortina preta com a capa do último disco do Matanza, Pior Cenário Possível, aquela galera toda reunida, cantando os clássicos que saíam dos auto falantes já dava um gás para uma noite que seria além do empurra-empurra da famigerada rodinha punk, muita bateção de cabeça, galera pulando junta e cantando os sucessos da banda.
Os portões abriram por volta das 20 horas, e já éramos recebidos por Mr. Crowley, do Ozzy, e pega cerveja, água e corra pra ficar na boca do palco e ouvir as bandas que abririam para o Rufus, O Lenhador e companhia.
O Angry Box subiu ao palco, pouco mais de meia hora após a entrada do público e tocou faixas autorais, além de clássicos do Iggy Pop e Deep Purple. Seguidos pelas bandas Assédio e Analog, o público deu uma levantada à espera do Matanza, que foi recebido aos gritos carinhosos de “filhos da puta”.
Começa a passagem de som e as afinações de guitarras e baixo com geral berrando Matanza. Expectativa só aumentou.
Jonas, baterista do grupo, subiu ao palco e levantou as baquetas. Maurício, o Velho, entrou e fez os chifrinhos com as mãos. Dony subiu e bateu palma para a plateia, berrando em puro êxtase. E Jimmy, o gigante irlandês, surgiu com caretas e berros. Na sequência, veio a primeira explosão da banda bem na tua cara!
O Matanza já começou com o carro-chefe O Chamado do Bar com a galera toda abraçando e gritando em uma só voz “Vem pro Bar ! Vem pro Bar !”. E a rodinha punk começa, eles lá no meião, e eu na frente vendo o Matanza pela primeira vez, de punho erguido, cantando as músicas e balançando esse cucuruto com pouco cabelo. Saudades do cabelão.
Os caras entraram, fizeram seu show, interagiram com o público, receberam o público no final, tiraram fotos e autografaram o que fosse entregue nas mãos deles. Fizeram exatamente o que era esperado para uma noite sensacional!
Set list – Turnê “Pior Cenário Possível”
- Intro
- Chamado do Bar
- Ressaca Sem Fim
- Matadouro 18
- A Arte do Insulto
- Bom É Quando Faz Mal
- A Sua Assinatura
- Meio Psicopata
- Taberneira Traga o Gim
- Tudo Errado
- Clube dos Canalhas
- Todo Ódio de Vingança de Jack Buffalo Head
- Eu Não Gosto de Ninguém
- O Último Bar
- Odiosa Natureza Humana
- Satânico
- Maldito Hippie Sujo
- Remédios Demais
- Mulher Diabo
- Carvão Enxofre e Salitre
- Pé na Porta, e Soco na Cara
- Tempo Ruim
- O que Está Feito, Está Feito
- Rio de Whisky
- Santa Madre Cassino
- Sabendo que Eu Posso Morrer
- Quando Bebe Desse Jeito
- Mesa de Saloon
- Tombstone City
- Ela Roubou Meu Caminhão
- Nós Estamos Todos Bêbados
- Interceptor V6
Fotos por: Marcos Vinícius Garcia Pires de Almeida e André Luis Rozendo de Moraes Fernandes