The Hellacopters faz show incrível para os fãs em São Paulo

The Hellacopters faz show incrível para os fãs em São Paulo

Uma tarde que será lembrado por muito tempo como o dia em que o amor a música falou mais alto do que o medo.

Em síntese, as atividades iniciaram cedo, por volta de 17h30 quando o Urutu subiu ao palco com o seu punk rock gritado com influências de hard rock setentista. Destaques para a faixa Sob o sol e o excelente guitarrista Felipe Nizuma que sobrou na sua performance.

Depois vieram os Corazones Muertos com o seu punk rock n’ roll certeiro. A banda entregou bastante energia e soube usar muito bem o seu tempo no palco destilando desde autorais como Don’t’ Kill Rock n’ Roll a covers espertas como Bonzo goes to Bitburg e uma da cultuada banda finlandesa Smack.

The Hellacopters

Ademais, o Carioca já estava em ponto de ebulição quando finalmente os Hellacopters invadiram o palco e mandaram logo de cara a clássica Hopeless Case of a Kid in Denial.

Era nítida a expressão de espanto e alegria dos membros da banda que estavam arrepiados com a reação do público. Nick Royale soou perfeito em todos os momentos, seja na performance vocal quanto nos seus solos, divididos com seu parceiro Dregen, que aliás é um show a parte.

Esbanjando carisma, ele comandou o espetáculo como um maestro, respeitando sempre o espaço de frontman do Nick. Me arrisco a dizer que Dregen é o maior Guitar Hero da atualidade.

O repertório foi recheado com todos os hits da banda, além de músicas de todos os álbuns lançados.

Da clássica Carry me Home a The Devil stole the beat from the lord passando por Toys and Flavors, Soulseller e By The Grace of God, 90% do repertório foi entoado por todos os presentes o que várias vezes deu um tom apoteótico as performances. Destaque também para No song Unheard e a sequencia final com I’m in the band e (Gotta get some action) Now!.

A banda fez seguramente o último grande show de rock que iremos presenciar por um bom tempo em São Paulo. Era nítido o sentimento compartilhado entre todos os presentes. Algo como “vamos viver o momento” como se esses fossem os últimos.

Definitivamente o rock n’ roll nunca foi tão rock quanto nessa noite do dia 14 de Março. A banda certa, na hora certa e no lugar certo. Que essa crise pandêmica passe logo para que possamos voltar a ter novas noites como essa.

O Rock nunca esteve tão vivo.