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Santos Jazz Festival #04 – Xenia França é o destaque de sábado

Baiana, negra, mulher, cantora e compositora. Xenia França traça sua carreira com garra e graça enquanto conquista seu lugar na música como uma das grandes revelações atuais. 

Neste sábado (27), penúltimo dia do 8º Santos Jazz Festival, a cantora se apresenta às 20 horas, nos Arcos do Valongo. Outra atração de destaque da noite será Sandra de Sá & Elas, show que acontece às 23h30, também nos Arcos.

“A minha expectativa é tocar para pessoas que nunca me viram. Estou bem ansiosa por isso pois é sempre uma surpresa tocar na rua, em festivais assim”, declara Xenia, muito feliz em estar voltando para Santos.

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A cantora se apresentou no ano passado por aqui, no Festival do Valongo. Esse ano o repertório será calcado em seu disco mais recente, Xênia, de 2017, mas com novos arranjos. Segundo ela “será uma noite bem especial”.

Ex-modelo, Xenia chama atenção por onde passa. Mas não é só por sua beleza. A simpatia e talento refletem em sua personalidade e trabalho.

Com 27 anos, a artista já concorreu a Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa e Melhor canção em Língua Portuguesa, com a música Para que me Chamas? no Grammy Latino 2018. Foi indicada também ao Women Music Award, no ano passado.

“Como artista, todos querem atingir lugares, falar com o maior número de pessoas possíveis, mas eu realmente não projetei todas as coisa que tem acontecido. De fato é um processo natural mas eu não esperava chegar a esse patamar e isso me deixa muito feliz”Xenia França

A carreira de Xenia sempre contou com grandes parcerias. Antes de deslanchar como solo, ela trabalhou com o rapper Emicida, no EP Sua Mina Ouve Meu Rep Tamém e no álbum Emicídio, ambos de 2010.

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Experiência na Aláfia

Passou grande parte de sua carreira no grupo Aláfia, na qual gravou três discos, sendo a única mulher da banda na época. “Foi uma escola muito importante, o primeiro lugar onde gravei um álbum. Vivi imersões dentro do estúdio e aprendi sobre produção musical”. 

Tudo o que aprendeu, usou em seu disco solo, coproduzindo o trabalho. Em seu álbum Xênia explora suas raízes baianas, de uma mulher que vem de uma cultura forte, vivendo em uma cidade tão cosmopolita quanto São Paulo.

“Vindo morar aqui tive a oportunidade de me ver um pouco de fora, como se eu não fosse eu. Olhar para a minha cultura e valorizar ainda mais. Os meus costumes são muito fortes, o sotaque, a comida, a música…Tudo é muito forte então com o olhar de fora eu consegui valorizar mais e mesclar com essas coisas que eu vejo aqui. A atividade, o movimento, essa cidade não para, não dorme. E o resultado é o meu disco”.

Conquistas de Xenia França

A mistura das culturas deu tão certo que Xenia não para de crescer. Sua música Para que me Chamas? faz parte da trilha sonora da personagem de Taís Araújo na série Aruanas, da Globo.

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Recentemente participou do projeto Colors, no youtube, sendo a primeira brasileira convidada. Posteriormente, em setembro, ela dividirá a cena no Rock in Rio com Seal, no palco Sunset, no dia 27. Fora isso, está em turnê com seu disco Xênia até dezembro.

“Eu sou muito dedicada, não sou de atropelar e sei aproveitar muito bem os momentos. Sonhei muito com esse disco e vendo todo o barulho que ele vem fazendo quero aproveitar. Quando a gente sonha com alguma coisa não pode ficar pulando de galho em galho, precisa aproveitar e viver tudo”Xenia França

Mesmo aproveitando o agora, acredita que em 2020 iniciará novos projetos. Mas por enquanto se concentra em seu primeiro trabalho. Está até lançando vinil no Japão e na Europa. Afinal, Xenia gosta de reinventar.

“Sou uma mulher negra e uso os recursos linguísticos da minha ancestralidade pra fazer o meu som de uma maneira bem contemporânea. É urbano, internacional, tudo isso misturado, é o meu jeito de fazer música nesse momento”Xenia França

Discurso forte nas letras

Ademais, suas canções chamam atenção também pelo discurso de empoderamento. “Acho que esse é um projeto que demarca uma nova fase, um novo discurso. O protagonismo não só das mulheres, mas na comunidade negra em geral, que está assumindo um papel maior. Isso traz uma perspectiva mais próxima da realidade. E a presença da mulher na música propõe que a gente fale mais abertamente sobre as coisas”.

Sua luta a favor dos negros e das mulheres, junto com sua identidade, fazem de seu som um projeto tão único quanto a figura de Xenia França.

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“Nem todos estão afim de comer arroz com feijão. Tem que ter esse pensamento de experimentar novas coisas, de sair da caixa, ampliar a visão. Eu como artista me proponho sempre a isso”
Xenia França

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