Com metais e riffs de ska, Caos Lúdico lança Já Não Dá Mais

Após a animada Fresta, em que a Caos Lúdico cantou sobre reencontros e celebrações na pegada de The Mighty Mighty Bosstones, o sexteto brasiliense de ska apresenta o single Já Não Dá Mais. Apesar de musicalmente dar continuidade à energia leve e dançante do lançamento anterior, a nova canção entra no debate de sociedade em plena consciência de lutar e gritar por dias melhores. Repleta de metais e riffs genuinamente do ska, Já Não Dá Mais é uma reflexão pertinente ao Brasil atual, em meio a um profundo debate político, a poucos dias de definir o comando do Executivo federal dos importantes próximos quatro anos. E a Caos Lúdico, que mergulha no assunto com propriedade de integrantes que moram em Brasília e estão antenados com os movimentos políticos dali, traz o tema nesta música para incentivar a união, o respeito, a perseverança e o amor. Já Não Dá Mais é, ainda, um agitado ska contra a irracionalidade e desonestidade do mundo ao redor – e do microcosmo político de Brasília. O single busca espelhar os últimos anos, um diálogo com a população sobre o que se quer daqui pra frente e o que deve ser esquecido quanto antes. Este lançamento ainda marca a volta do membro original Ramon Santana ao trompete, que retoma os trabalhos na Caos Lúdico ao lado de João Ramos (voz/guitarra), Rafael Marreta (baixo), Guilherme Wanke (bateria), Felipe Andrade (saxofone) e Luciano Batista (trombone). Recentemente, a banda fez show de abertura para o Paralamas Do Sucesso no Capital MotoWeek, em Brasília, transmitido pela TV Globo com um especial do festival (disponível no GloboPlay).

Sex Beatles se reúnem para primeira gravação em 27 anos; ouça os sons!

Grupo que deixou uma marca ainda notória no cenário underground do Rio de Janeiro e ganhou destaque nacional em uma carreira meteórica, os Sex Beatles estão de volta para lançar duas faixas inéditas. Após 27 anos de hiato, o quinteto formado por Cris Braun, Ivan Mariz, Alvin L, Vicente Tardin e Marcelo Martins realizou seu aguardado reencontro ao gravar Dance Comigo e Oui Je Regrette Tout – esta última recebendo um clipe bem humorado ao estilo da banda. O lançamento do compacto não marca um retorno às atividades, mas tem motivo mais que especial: a chegada dos dois discos dos Sex Beatles – Automobilia (1994) e Mondo Passionale (1995) – celebrados até hoje, às plataformas de música. A reunião foi facilitada pelo aperfeiçoamento das gravações remotas, já que cada ex-membro reside em estados diferentes e gravou suas partes em home studios. O “lado A” do single duplo é Oui Je Regrette Tout, composta em um francês aprendido no colegial e cantada com sotaque, sob o ponto de vista de um estrangeiro se livrando de uma situação a três. A estética remete ao “yé-yé” francês dos anos 60, punk rock, power pop e ao estilo dos próprios Sex Beatles, que revertem – e pervertem – o clássico de Edith Piaf, Non je ne regrette rien. No lado B, Dance Comigo é uma canção sob o ponto de vista de alguém que é ignorado pelo objeto do seu desejo, até que vira sua única opção. O clima é de glam rock moderno. As novas canções retomam a sonoridade dos Sex Beatles incorporando a bagagem dos músicos após décadas de estrada, mas sem perder de vista as origens do projeto. Formado em 1990 no Rio de Janeiro por Alvin L (guitarra, ex-Rapazes de Vida Fácil), Vicente Tardin (baixo, ex-Ethiopia e Coquetel Molotov), Marcelo Martins (bateria), Cris Braun (voz) e, nos primeiros shows, Dado Villa Lobos (Legião Urbana, então em um hiato da sua banda principal) com a intenção ser ser apenas uma banda de festas, o Sex Beatles logo atraiu a atenção da mídia local, pelo som pesado das guitarras associado à batida tribal do glam rock inglês dos anos 70. Fazendo shows em lugares inusitados como galerias de arte e festas de celebridades, logo surgiram convites de gravadoras. Dado Villa Lobos foi então substituído por Ivan Mariz (guitarra) e a banda passou a fazer shows no circuito mainstream carioca, em lugares como o Circo Voador. Os Sex Beatles escolheram gravar pelo selo RockIt!, do amigo Dado, com distribuição da EMI. Em 1994, foi lançado o debut Automobilia, com produção de Villa Lobos e sucesso de crítica imediato, levando inclusive à indicação de prêmios na MTV. Depois de um ano e meio de turnê, a banda gravou o segundo álbum, Mondo Passionale, produzido novamente por Dado e dessa vez co-produzido por Carlos Savalla (co-produtor dos Paralamas do Sucesso) para a RockIt!, em associação com a Virgin Records. Com a recepção morna a esse novo trabalho, após a divulgação e realização dos shows, os Sex Beatles escolheram encerrar as atividades. Cris Braun iniciou sua carreira solo e segue em atividade, tendo lançado em 2021 o elogiado disco Quase Erótica. Alvin L focou na sua carreira de compositor (Capital Inicial, Marina Lima, Milton Nascimento, Ana Carolina) e Ivan Mariz se voltou para a banda de blues Beale Street. Em 2011, os Sex Beatles foram tema do documentário Memorabilia, exibido na TV por assinatura e com presença no circuito de festivais. Agora, o grupo celebra toda essa história com o lançamento digital de seus antigos trabalhos e canções inéditas que mostram a potência, a versatilidade e a irreverência de seus músicos. Os primeiros discos dos Sex Beatles e o novo compacto já estão disponíveis para streaming.

Invisibilidade na cidade é tema de single do The Bombers; ouça O Fantasma

The Bombers lançou, nesta terça-feira (13), O Fantasma, single que antecede o quinto álbum da banda, previsto para outubro deste ano. Nesta nova etapa, o grupo busca suas influências musicais em nomes que vão desde Rancid e Social Distortion, até Paralamas do Sucesso, Titãs e o rock nacional dos anos 1970. O Fantasma representa a nova fase da banda paulista e nos cede uma amostra do que virá no disco Alma em Desmanche, que conta com temáticas um pouco mais amargas e sonoridade pesada, em contraste com um refrão mais pop. “A faixa traz uma musicalidade mais fluída e menos comprometida com o que se espera ouvir de nós”, revela o vocalista Matheus Krempel. O novo single, composto por Krempel em parceria com Lucas Lerina, versa sobre a invisibilidade que acomete os dias atuais. “A letra trata da angústia de se sentir solitário e abandonado em uma sociedade egocentrista e hipócrita. Sejam nas redes sociais, onde as pessoas colecionam milhares de seguidores como se fossem amigos ou mesmo na maior cidade de todo o continente americano, que é São Paulo. É sobre a frieza do dia a dia, bem distante dos likes distribuídos nas redes sociais”, explica o vocalista, que também diz tentar refletir na letra, como extrair algo positivo dessa condição de anonimato. A faixa ganhou um videoclipe feito por um coletivo de amigos, com imagens captadas no local que inspirou a letra, a estação de metrô Marechal Deodoro em São Paulo. “Não se trata de uma tradução da letra para o ambiente visual, no entanto, a ideia foi a de colocar como protagonista aquele que passa despercebido. As atrizes representam nessa história, a tensão e a escolha de olhar o outro ou não. O se olhar no espelho para enxergar o problema do outro”, conta Krempel. O The Bombers foi formado em 1995 e atualmente é composto por Matheus Krempel (voz e guitarra), Gustavo Trivela (guitarra), Raul Signorini (baixo) e Estefan Ferreira (bateria).

Capital Inicial libera nova versão de “O Passageiro” com participação de Pitty

Chegou na última sexta-feira (12) às plataformas digitais a nova versão de O Passageiro, clássica canção do Capital Inicial, que agora conta também com vocais de Pitty. Dinho e a cantora baiana dividem os holofotes nessa releitura que faz parte do novo projeto da banda. Pitty é convidada de honra para a celebração de 40 anos do grupo, veterana da cena do rock brasileiro, ela trouxe seu conhecido e adorado estilo para a faixa. Gravada ao vivo na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, a apresentação conta com produção musical de Dudu Marote, direção artística de Batman Zavareze e projeto de iluminação de Cesio Lima. Dinho e Pitty trazem uma dose de adrenalina para O Passageiro. A química entre os artistas adicionou um estilo descolado, que vem naturalmente para a dupla, e que fez a canção brilhar ainda mais como um dueto. A escolha não poderia ser mais certeira, a rockeira baiana traz em sua voz a profundidade que expande os significados da música e deixa mais que justificada a existência dessa nova versão. Lisonjeada com o convite para participar do projeto, Pitty compartilha o que sentiu. “Quando eu era guria em Salvador, era muito fascinante conseguir ouvir alguma banda de rock nas rádios, então me marcou muito escutar Capital na época, junto com Titãs, Paralamas e outros grupos da geração. Foi um momento do rock nacional extremamente formador para quem queria ter banda, para quem gostava do gênero, e ainda mais para uma menina fora do polo sudestino, aonde o sonho estava mais distante. Eu pedi para cantar O Passageiro, eles me perguntaram o que eu queria cantar, e fui logo nessa porque deve ter sido uma das primeiras que escutei do Capital. É uma versão de Iggy Pop, um artista que absolutamente amo, e temos isso em comum. O motivo principal da escolha é a de ser uma canção que marcou minha história, e ser um grande clássico.” Sempre feliz em colaborar com outros artistas, especialmente de gerações diferentes, Dinho comenta sobre o toque especial que Pitty adicionou à canção. “Cantar com a Pitty foi um dos momentos mágicos desse DVD. Eu sou um grande fã e admirador dela. Gosto do trabalho dela, da voz, atitude, do conjunto da obra, da banda, de tudo que ela faz, acho sensacional. E foi assim desde a primeira vez que eu ouvi a Pitty. Já tive o privilégio de dividir o palco com ela, mas foram poucas vezes e eu queria muito que ela participasse desse DVD. Eu estava com os dedos cruzados, torcendo para que ela topasse. Que sorte ter isso no nosso currículo, me orgulho muito daquela noite. E agora, no 4.0, voltamos a tocar O Passageiro com o arranjo original que fizemos em 91, é mais rock and roll, mais fiel ao Iggy Pop”.

Espaço das Américas muda de nome após 20 anos; confira agenda

A partir de agora, o Espaço das Américas, em São Paulo, passa a se chamar Espaço Unimed. Celebrando 20 anos de existência, a tradicional casa de espetáculo paulistana assume pela primeira vez novo nome, em uma ação de naming rights. O atual Espaço Unimed foi inaugurado em 2002 pelo Grupo São Paulo Eventos, que possui mais de 50 anos de atuação no ramo de entretenimento, incluindo casas icônicas em São Paulo, como Olympia, Toco, Contramão, Overnight, entre outras, e hoje é responsável por Espaço das Américas, Expo Barra Funda e Villa Country. Inspirados em Athos Bulcão, novos conceitos visuais reúnem grafismos e cores que reforçam a ideia de uma casa plural, aberta a todos e a qualquer expressão artística e cultural, inclusiva, sem distinção ou qualquer tipo de preconceito. Um espaço de alegria, acolhedor e intenso, em que a celebração à vida está sempre presente. Localizado na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, de fácil acesso, próximo à estação Barra Funda do metrô, o Espaço Unimed é uma casa de espetáculos e eventos de configuração flexível e capacidade para comportar até 8 mil pessoas em uma área útil de 3.450m². Entre os nomes que já passaram por seu palco, Bruce Springsteen, Roberto Carlos, Ed Sheeran, Ivete Sangalo, Los Hermanos, Faith no More, Morrissey, Noel Gallagher, Os Paralamas do Sucesso, Robert Plant, Slash, Tears for Fears, Tiësto, Titãs, entre muitos outros. Confira os próximos shows do Espaço Unimed (antigo Espaço das Américas) Diego e Victor Hugo – 12 de maio Juliette Freire – 13 de maio Péricles | Tour Céu Lilás – 14 de maio McFly – 17 e 18 de maio One Night of Tina – 19 de maio The Kooks – 20 de maio Criolo | Turnê Sobre Viver – 21 de maio Marc Martel – 22 de maio Jão – 27 de maio (esgotado), 14 de agosto (esgotado) e 20 de agosto Louis Tomlinson – 28 de maio (esgotado) e 29 de maio Joss Stone – 1 de junho Ranaissance e Curved Air – 2 de junho Whindersson Nunes – 3 e 16 de junho Djavan | Vesúvio – 4 e 5 de junho Anavitória – 9 de junho Roupa Nova – 10 e 11 de junho Chitãozinho & Xororó – 12 de junho Armandinho & Maneva – 15 de junho Futparódias – 19 de junho Khalid – 23 de junho Caetano Veloso – 25 e 26 de junho Mania – The Abba Tribute – 30 de junho Jota Quest – 2 de julho RAP4Life – 3 de julho Fábio Jr – 15 de julho A-Ha – 18 e 19 de julho Marisa Monte | Portas – 21, 22, 23 e 29 de julho Manu Gavassi – 7 de agosto Zeca Pagodinho – 13 de agosto Rosalía – 22 de agosto Reggae Live Station – 28 de agosto Ana Carolina – 6 de setembro Avril Lavigne – 7 de setembro Maneskin – 9 de setembro Jorge Benjor – 10 de setembro Helloween e HammerFall – 8 e 9 de outubro Nightwish – 14 de outubro Hanson – 15 de outubro Skank | Turnê de despedida – 21 e 22 de outubro Liam Gallagher – 15 de novembro

Rock Your Babies lança hinos de clubes de futebol para bebês; ouça!

Depois de passar pelo repertório roqueiro de Legião, Paralamas e Biquini, até Pitty, Skank e Charlie Brown Jr, a série Rock Your Babies parte para fazer um golaço. Pais e mães fanáticos pelos seus clubes de futebol agora poderão embalar seus filhotes ao som dos hinos de seus clubes amados, perpetuando assim a tradição de torcida em família. Todos os hinos sairão no mesmo estilo já consagrado pela Rock Your Babies: melodias suaves e instrumentos com sons lúdicos, porém relaxantes. Um clássico a ser disputado no berço da sua casa e com o sono derrotado em poucos minutos de jogo, garantem. O amor por um time de futebol é inexplicável, talvez comparável ao de um pai, ou de uma mãe, por seus pequenos recém-chegados. Com os hinos dos times de futebol, o Rock Your Babies quer unir estes dois amores num momento único. A ideia partiu de Carol Pozzani, sócia da RYB8, empresa responsável pelo projeto e que conta ainda com seu marido Julio Quattrucci Jr. e o cantor do Biquini Cavadão Bruno Gouveia. No ano passado, durante a final do Brasileirão entre Palmeiras e Flamengo, sugeriu a ideia após ouvir pela enésima vez o hino do Palmeiras (campeão daquele ano) ser tocado por vizinhos e amigos. Bruno Gouveia, flamenguista, agradeceu de coração: “perdemos o campeonato, mas a ideia de Carol foi um gol de placa, um alento e tanto para mim”. Doze times fizeram parte nesta primeira seleção: do Rio de Janeiro, Flamengo, Botafogo, Fluminense e Vasco; de São Paulo, Palmeiras, Santos, Corinthians e São Paulo; de Minas Gerais, Cruzeiro e Atlético Mineiro; e finalmente do Rio Grande do Sul, Grêmio e Internacional. Rock Your Babies no futebol O trabalho gráfico realizado pela Crama Design foi vital para casar com o projeto. “Minha primeira camisa do meu time, foi comprada numa loja mas sem o escudo, que acabou sendo bordado pela minha avó mais tarde. E esta ideia permeia toda nossa identidade visual neste projeto”, diz Bruno Gouveia. É natural que torcedores de outros times não inclusos nesta primeira lista fiquem um pouco enciumados num primeiro momento, mas a Rock Your Babies acredita que o sucesso deste projeto fatalmente a levará a fazer mais uma leva de hinos de clubes de todo país. E desde já, eles lançam a pergunta: qual time tem os pais mais fanáticos? Certamente, as execuções falarão por si. Aguardemos para saber que time é campeão de corujice! Nas plataformas digitais, você consegue escutar os 13 hinos. Mas no Blog n’ Roll você consegue ouvir a versão mais bonita abaixo.

Não Há Mais Volta lança som com pegada ska punk; ouça Não Há Mágoas

Um dos nomes mais interessantes do street punk nacional na atualidade, o Não Há Mais Volta está de volta. Mantendo um ritmo bom de lançamentos em 2021, a banda divulgou o segundo single do próximo álbum, Atrás de Emoção. Anteriormente, os paulistanos liberaram a faixa Guerra e Paz. A escolhida da vez é Não Há Mágoas. Não Há Mágoas apresenta uma nova sonoridade ainda não explorada pelo Não Há Mais Volta, o ska punk. Influenciados por bandas como The Mighty Mighty Bosstones, Rancid e Paralamas do Sucesso, esta é a primeira canção do grupo que retrata sobre desilusão amorosa. O compositor do Não Há Mais Voltas, Ricardo Galano, comentou um pouco sobre a composição. “Nunca foi uma pretensão nossa fazer um ska punk, mas a música surgiu dessa forma, a letra veio de um jeito natural por conta de alguns acontecimentos em minha vida pessoal”. A canção ainda conta com a participação de Kiko Bonato (Buena Onda Reggae Club e Black Mantra) no hammond. Em resumo, Atrás de Emoção é o segundo disco da carreira do Não Há Mais Volta. Anteriormente, o grupo lançou o álbum homônimo em 2015. Aliás, o registro contava com canções marcantes como Falsas Promessas, Velha Rua, Político Bom… e Nossas Memórias.

Rock Your Babies: Charlie Brown Jr e Capital Inicial ganham versões de ninar

Charlie Brown Jr e Capital Inicial são os novos homenageados da série Rock Your Babies, que apresenta músicas instrumentais do rock brasileiro para embalar o seu bebê. Bruno Gouveia, vocalista do Biquini Cavadão, junto com o empresário Julio Quattrucci Junior respondem pelo trabalho voltado para crianças desde 2013. Com discos dedicados à Legião Urbana, Titãs, Paralamas, Skank, Barão Vermelho, Jota Quest, Rita Lee, Biquini Cavadão e Engenheiros do Hawaii, além de três coletâneas com dezenas de músicas de artistas do Rock Nacional, a série Rock Your Babies tem conquistado pais e feito novos fãs mirins por todo o país. Para os novos trabalhos, Bruno Gouveia esteve em contato direto com Alexandre Abrão, filho de Chorão, bem como Dinho Ouro Preto, cantor do Capital. “Eu sempre gosto de envolver os homenageados, ouço suas ideias e sugestões. Ambos nos deram total liberdade para a escolha de repertório e curtiram as capas idealizadas para o projeto, seguindo a identidade visual já criada,” conta o vocalista. A capa do Charlie Brown Jr. faz alusão ao skate, que Chorão sempre gostou; a do Capital fez uma brincadeira com o Congresso Nacional, inteiramente construído com os blocos do Pequeno Engenheiro, brinquedo tradicional da década de 1960. O disco do Charlie Brown Jr. traz versões lúdicas para Lugar ao Sol, Zóio de Lula, Proibida pra Mim, Meu Novo Mundo, entre outros. O do Capital Inicial apresenta versões instrumentais para Música Urbana, Independência, Natasha e até Não Me Olhe Assim, do mais recente disco Sonora. “Para o Capital, focamos mais no excelente trabalho autoral deles. Algumas regravações feitas pelo grupo são antológicas, mas nos atemos aos mais de 35 anos de sucessos compostos por Dinho e seus parceiros”, explica Bruno. Mais lançamentos da Rock Your Babies, mas em 2021 E a coleção deverá aumentar ainda mais para 2021: “Queremos incluir mais artistas nas coletâneas volume 4 e 5, bem como outros discos dedicados a uma banda apenas. Também daremos continuidade aos vídeos de nosso canal, feitos com loops para entreter os pequenos”. Já são mais de 150 músicas arranjadas para este formato ‘caixinha de música’. E o projeto também ganhou força pelo seu conteúdo que transmite calma. As músicas evocam uma memória afetiva e tem sido usada até em salas de espera de alguns consultórios, não apenas os de pediatria, diga-se de passagem.

Entrevista | Carlos Coelho (Biquíni) – “Minha influência veio da música inglesa”

São 35 anos como guitarrista do Biquini Cavadão. Durante todo esse tempo, Carlos Coelho sempre mostrou muita disposição no palco, talento na hora de compor e melodias marcantes. Mesmo que não tenha planos de seguir uma carreira solo, ele mostrou que o nível se mantém lá em cima quando está sozinho. We’ll Roll On, divulgada em maio, é uma boa amostra. Para os fãs do Biquini Cavadão, a canção soará bem familiar. Ela ganhou uma versão em português na voz de Bruno Gouveia, Vou Deixar Tudo Pra Trás, gravada no álbum ao vivo Me Leve Sem Destino (2014). Mas o vocal de Coelho somado de uma composição em inglês trouxeram influências mais claras de rock inglês para o trabalho do guitarrista. “Carrego para o trabalho solo e a vida toda o rock inglês que escutava quando era moleque. Beatles, The Police, Led Zeppelin e Queen, acho o Brian May fantástico. Mas a influência muda, outras bandas apareceram. O The Strokes é uma das melhores bandas que apareceu nos últimos 20 anos. Você não fica preso nas referências do início da carreira. Oasis é outra grande influência, Arctic Monkeys também. O Strokes é americano, mas minha influência basicamente veio da música inglesa”. Parceria internacional Em We’ll Roll On, Coelho tem a companhia de Simon Spire, que o conheceu em Nova York, em 2010. “Estava de férias e vi ele tocando numa loja. Conversei com ele, sempre fui apaixonado pela música inglesa. E eu queria compor de um jeito que não ficasse atrelado à letra, mas a sonoridade. A língua portuguesa é muito mais complexa, algumas palavras não encaixam bem. Na língua inglesa é mais fácil, as palavras são menores. Queria ter essa experiência. No ano seguinte voltei para NY e compomos em duas horas. Ficou faltando um verso, ele completou e me mandou. Direto na melodia, ela arrebata pela melodia. A letra você precisa decorar, pegar desde o começo. É mais fácil aprender a melodia”. Planos com o Biquini Cavadão Falando sobre os planos futuros, Coelho revela que não pretende dedicar o seu foco total na carreira solo. “Não tenho grandes planos. O Biquini tem muita coisa rolando, até pretendo gravar outras faixas, mas não tenho um planejamento. Com a pandemia fiquei sem nada detalhado”. A banda, por sinal, tem planos bem interessantes para os fãs. Além de seguir com a divulgação da versão deluxe do tributo a Herbert Vianna, vocalista do Paralamas do Sucesso, músicas novas também estão no radar. “O Herbert é o maior embaixador do rock nacional. Ele fez incríveis pontes com a MPB, música baiana, reggae, africana. Ele é um cara muito importante para o rock, fabuloso. Tivemos que interromper a turnê no meio, tínhamos a ideia de ficarmos dois anos com ela”. Além das composições inéditas, o grupo também pretendia gravar um acústico em 2020, mas o plano foi adiado. “É algo grande, não é válido para esse momento”. Pandemia Sem poder viajar como antes, Coelho enxerga o lado positivo de ficar mais tempo em casa, já que consegue aproveitar a companhia do filho. “Viajo um terço do ano, uns 120 dias por ano, é como se nos últimos 30 anos tivesse viajado dez anos. Aproveito para ficar muito com ele. Tem seis anos, está sendo alfabetizado, a gente brinca, desenha, vê vídeos no YouTube. Coloco vídeos de furacão, vulcão, filme de bichos, ondas, gosto de mostrar variedades para ele. Lava de vulcão, como funciona, gosto de abrir a cabeça dele. Colocar ele para dormir é a melhor parte do dia”.