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Aos 17 anos, blueseiro Pedro Bara lança o seu primeiro disco

CARLOTA CAFIERO

Para quem assistiu ao cult-movie A Encruzilhada (Crossroads, 1986), não tem como não associar a imagem do jovem guitarrista de blues Pedro Bara, de Praia Grande, à do personagem Eugene Marlone (vivido por Ralph Macchio). No filme o jovem músico decide encontrar e gravar a última composição do lendário bluesman Robert Johnson, que teria feito pacto com o diabo para tocar bem e se tornar famoso.

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Bara lembra o personagem de Marlone pela precocidade, virtuosismo no instrumento e, claro, pelas referências: em entrevista para A Tribuna, citou escutar Ottis Reding, Muddy Waters e Robert Johnson, entre outros.

Aos 17 anos, o guitarrista lança seu primeiro álbum, o independente Heading to the Moon (Indo para a Lua), em show nesta sexta-feira, às 21 horas, no Teatro Guarany, em Santos. Ele tocará junto com Rael Lucio no baixo (que tocou com Mano Brown e Igor Prado), Humberto Zigler na bateria, Denilson Martins no saxofone e Michel Santos nos teclados.

O registro traz 11 músicas autorais, todas cantadas por ele, em inglês, e feitas em parceria com o produtor novaiorquino Carlos Sander, que também já trabalhou com o baterista do The Who, Zak Starkey (filho do Beatle Ringo Starr).

Gravado no Space Blues Estúdio, em São Paulo, o CD teve produção do ganhador do Grammy Latino 2017 Alexandre Fontenetti.

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Nascido em São Paulo e radicado em Praia Grande desde a infância, Bara começou a tocar guitarra no final de 2011, quando tinha apenas 10 anos de idade (há vídeo no YouTube).

Atualmente, o músico toca duas marcas de guitarra: uma Gibson SG Ltd. Edition vermelha, que ele apelidou de Scarlett; e uma Reissue Epiphone Sheraton Union Jack.

“Eu sempre escutei de tudo, mas principalmente a coleção de discos de rock do meu pai. Quando ouvi Jimmy Page (guitarrista do Led Zeppelin), pensei: ‘tenho que fazer isso’. Hoje não me imagino fazendo outra coisa”, conta Bara, que é o único músico na família: “Sou a ovelha negra”, diverte-se.

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Apesar de sua música ser mais enraizada no blues, o guitarrista assume ter forte influência da soul music, R&B e do rock. “Mas eu ouço de tudo, jazz, xote, samba, choro, moda de viola. Em casa, eu toco o que der na telha”, conta ele.

Explosões hormonais
Aos 17 anos de idade, é normal, especialmente entre os garotos, desafinar ao falar ou cantar. Bara tem enfrentado esse drama e revela: “No começo das gravações, tive acompanhamento com fonoaudióloga. Foi tenso. Eu não alcançava notas que estava acostumado e desafinava”.

Até sexta-feira, o álbum estará disponível nas plataformas digitais, no seu site e em CD e vinil. No show, o CD custará R$ 22,00.

Serviço: o Teatro Guarany fica na Praça dos Andradas, 100, Centro. Ingressos a R$ 20,00, na hora, na bilheteria do teatro. Informações: 3219-3828.

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