Age of Unreason, novo disco do Bad Religion, chegou nesta sexta-feira (3) nas plataformas de streaming. O 17º trabalho dos veteranos do punk rock apresenta 14 faixas com letras bem afiadas sobre o panorama político e entre outros assuntos bem atuais.
Basta um pouco de conhecimento sobre o que está acontecendo nos Estados Unidos e em outros países para compreender boa parte das canções. Mais uma vez, Greg Graffin e Brett Gurewitz – e alguns momentos, Brian Baker – traduzem bem a névoa estranha que paira sobre o mundo.
O álbum apresenta diversas referências que fazem parte do nosso cotidiano. Por exemplo, a paranoia que nos consome diariamente (Do The Paranoid Style). Ou as ações sem sentido do governo de Donald Trump com crianças imigrantes (End of History). A propósito, o presidente americano recebe diversas alfinetadas em diversas faixas, como em Candidate.
Mais do mesmo
Apesar de trazer ótimas letras, Age of Unreason pode soar mais do mesmo em relação ao instrumental. Ao longo do álbum, diversas melodias lembram outras canções do próprio Bad Religion. E em comparação ao True North (2013), o último disco do grupo até então, esse material parece bem menos enérgico.
A razão para isso pode ser mudança na formação, pois esse é o primeiro trabalho do guitarrista Mike Dimkich e do baterista Jamie Miller com a banda. Isto é, eles tiveram a difícil missão de assumir os postos que foram de Greg Hetson e Brooks Wackerman respectivamente. Mesmo que estejam há alguns anos na banda, compor um novo material é um processo bem diferente.
Em resumo, a missão do Bad Religion em Age of Unreason era realmente fazer os fãs pensarem e refletirem com as letras. Sem dúvida, esse é o principal atrativo do álbum. Portanto, se você quer aproveitar bem esse lançamento, visite o Genius e pegue um dicionário de inglês enquanto escuta o disco.