A espera foi longa, mas após quatro anos, os fãs da Black Veil Brides finalmente receberam uma boa notícia: o quinto disco de estúdio da banda será lançado no começo de 2018. O nome escolhido para o novo trabalho é Vale e o lançamento já tem data marcada: 12 de janeiro. Mas enquanto o Réveillon não chega, a banda já divulgou os dois primeiros singles do álbum para nos mostrar o que está a caminho. O último deles, My Vow, foi disponibilizado nas plataformas de streaming na última quinta-feira (28).
Formada por Andy Biersack (vocal), Jinxx (guitarra), Jake Pitts (guitarra), Ashley Purdy (baixo) e Christian Coma (bateria), a Black Veil Brides é uma das poucas dissidentes do metalcore que se mantém forte na cena, dividindo espaço em grandes festivais e participando de turnês com grandes nomes do estilo, como Of Mice & Men e Asking Alexandria.
O ponto de divergência entre a BVB e o restante das bandas é puramente sonoro. Quando a banda começou a carreira oficialmente, em 2010, com o disco We Stitch These Wounds, o seu som era muito mais ligado ao metalcore e ao emo já praticado por grupos como Underoath e The Used e ganhou uma legião de fãs com o single Knives And Pens. Hoje, a banda não impõe nenhum rótulo ao próprio som, mas tanto seu estilo quanto suas músicas pertencem ao mundo do hard e glam rock.
My Vow, segundo single do próximo disco é uma prova da evolução e expansão musical da banda ao longo dos últimos sete anos de carreira. Veja abaixo:
Em entrevista ao podcast da revista americana Rock Sound, divulgada pela Alternative Press, Biersack explicou que o próximo disco só será lançado em 2018 porque a banda quer que ele seja impecável. “A razão para esse atraso foi que – pra começo de conversa – nós levamos 15 meses para fazer este álbum, nós queríamos que tudo ficasse o mais perfeito possível”.
Dono de uma voz imponente, que dá uma característica única à Black Veil Brides, o vocalista ainda afirmou que não podia prometer que o novo trabalho será o melhor da trajetória da banda, ao contrário do que a maioria dos grupos costuma fazer em entrevistas. “Não vou dizer para vocês que esse será nosso álbum mais pesado, mais melódico ou a melhor coisa que já fizemos na vida! Mas será um ótimo disco de que estamos bastante orgulhosos e eu acredito que os fãs irão gostar dele, foi uma longa espera”. Neste meio tempo, Biersack também tem trabalhado em seu segundo disco solo.
O novo álbum foi produzido por John Feldmann, vocalista da banda de punk rock Goldfinger, também responsável pelo disco Wretched & Divine: The Story Of The Wild Ones.
Em dezembro do ano passado (sim, há quase um ano!), a Black Veil Brides divulgou o primeiro single do disco, The Outsider.
Discografia
Levando em consideração todo o estilo da banda, guitarras pesadas e a voz de Andy Biersack, a Black Veil Brides nunca passou despercebida. Em 2010, ano de lançamento do seu álbum de estreia We Stitch These Wounds, os músicos chamaram a atenção de empresários e músicos da cena por seu estilo único, que misturava os remanescentes do emo com maquiagens, roupas rasgadas e uma cultura bastante DIY (do it yourself, faça você mesmo) até na produção dos próprios clipes. Tamanho foi o frenesi em torno dos caras que eles se sentiram cada vez mais à vontade para mostrar sua verdadeira identidade.
Logo no ano seguinte, 2011, a BVB já emplacava outro lançamento: Set The World On Fire. Nele, a banda liberou seu lado mais hard e glam rock. Sim, não é difícil perceber influências de estilos de grandes bandas como Motley Crue e Kiss. Muito preto, couro, rebites, botas, correntes, maquiagens e, claro, guitarras bastante características do gênero, mas ainda assim, com uma centelha de metalcore ali. A grande música deste disco foi The Legacy.
A fama, combinada com uma base de fãs cada vez maior, ajudou a Black Veil Brides a lançar seu terceiro disco de estúdio em sequência. Em 2012, foi a vez de Wretched & Divine: The Story Of The Wild Ones. Nele, a banda manteve o peso, mas com refrões bastante pegajosos, guitarras rápidas e uma pegada mais comercial. Segundo a própria BVB, este foi o disco de maior sucesso até o momento. Destaque para músicas como I’m Bulletproof, New Years Day, Shadows Die e Devil’s Choir. Há muitas referências ao som de bandas de hard rock.
Já em 2014, foi a vez de Black Veil Brides. Um quarto disco muito bom, em que a banda consolidou o seu som com o melhor dos dois mundos: muito hard rock e uma pegada metalcore em algumas faixas. Assim mesmo, sem muito equilíbrio. Há músicas muito boas, como Drag Me To The Grave, Goodbye Agony, Heart Of Fire e Faithless. Neste álbum, temos menos caras pintadas e influência do som do Metallica.