Breakdown #32: Black Veil Brides lança ‘My Vow’, segundo single do próximo álbum

Breakdown #32: Black Veil Brides lança ‘My Vow’, segundo single do próximo álbum

Banda Black Veil Brides

A espera foi longa, mas após quatro anos, os fãs da Black Veil Brides finalmente receberam uma boa notícia: o quinto disco de estúdio da banda será lançado no começo de 2018. O nome escolhido para o novo trabalho é Vale e o lançamento já tem data marcada: 12 de janeiro. Mas enquanto o Réveillon não chega, a banda já divulgou os dois primeiros singles do álbum para nos mostrar o que está a caminho. O último deles, My Vow, foi disponibilizado nas plataformas de streaming na última quinta-feira (28).

Formada por Andy Biersack (vocal), Jinxx (guitarra), Jake Pitts  (guitarra), Ashley Purdy (baixo) e Christian Coma (bateria), a Black Veil Brides é uma das poucas dissidentes do metalcore que se mantém forte na cena, dividindo espaço em grandes festivais e participando de turnês com grandes nomes do estilo, como Of Mice & Men e Asking Alexandria.

O ponto de divergência entre a BVB e o restante das bandas é puramente sonoro. Quando a banda começou a carreira oficialmente, em 2010, com o disco We Stitch These Wounds, o seu som era muito mais ligado ao metalcore e ao emo já praticado por grupos como Underoath e The Used e ganhou uma legião de fãs com o single Knives And Pens. Hoje, a banda não impõe nenhum rótulo ao próprio som, mas tanto seu estilo quanto suas músicas pertencem ao mundo do hard e glam rock.

My Vow, segundo single do próximo disco é uma prova da evolução e expansão musical da banda ao longo dos últimos sete anos de carreira. Veja abaixo:

Em entrevista ao podcast da revista americana Rock Sound, divulgada pela Alternative Press, Biersack explicou que o próximo disco só será lançado em 2018 porque a banda quer que ele seja impecável. “A razão para esse atraso foi que – pra começo de conversa – nós levamos 15 meses para fazer este álbum, nós queríamos que tudo ficasse o mais perfeito possível”.

Dono de uma voz imponente, que dá uma característica única à Black Veil Brides, o vocalista ainda afirmou que não podia prometer que o novo trabalho será o melhor da trajetória da banda, ao contrário do que a maioria dos grupos costuma fazer em entrevistas. “Não vou dizer para vocês que esse será nosso álbum mais pesado, mais melódico ou a melhor coisa que já fizemos na vida! Mas será um ótimo disco de que estamos bastante orgulhosos e eu acredito que os fãs irão gostar dele, foi uma longa espera”. Neste meio tempo, Biersack também tem trabalhado em seu segundo disco solo.

O novo álbum foi produzido por John Feldmann, vocalista da banda de punk rock Goldfinger, também responsável pelo disco Wretched & Divine: The Story Of The Wild Ones.

Em dezembro do ano passado (sim, há quase um ano!), a Black Veil Brides divulgou o primeiro single do disco, The Outsider.

Discografia

Levando em consideração todo o estilo da banda, guitarras pesadas e a voz de Andy Biersack, a Black Veil Brides nunca passou despercebida. Em 2010, ano de lançamento do seu álbum de estreia We Stitch These Wounds, os músicos chamaram a atenção de empresários e músicos da cena por seu estilo único, que misturava os remanescentes do emo com maquiagens, roupas rasgadas e uma cultura bastante DIY (do it yourself, faça você mesmo) até na produção dos próprios clipes. Tamanho foi o frenesi em torno dos caras que eles se sentiram cada vez mais à vontade para mostrar sua verdadeira identidade.

Logo no ano seguinte, 2011, a BVB já emplacava outro lançamento: Set The World On Fire. Nele, a banda liberou seu lado mais hard e glam rock. Sim, não é difícil perceber influências de estilos de grandes bandas como Motley Crue e Kiss. Muito preto, couro, rebites, botas, correntes, maquiagens e, claro, guitarras bastante características do gênero, mas ainda assim, com uma centelha de metalcore ali. A grande música deste disco foi The Legacy. 

A fama, combinada com uma base de fãs cada vez maior, ajudou a Black Veil Brides a lançar seu terceiro disco de estúdio em sequência. Em 2012, foi a vez de  Wretched & Divine: The Story Of The Wild Ones. Nele, a banda manteve o peso, mas com refrões bastante pegajosos, guitarras rápidas e uma pegada mais comercial. Segundo a própria BVB, este foi o disco de maior sucesso até o momento. Destaque para músicas como I’m Bulletproof, New Years Day, Shadows Die Devil’s Choir. Há muitas referências ao som de bandas de hard rock.

Já em 2014, foi a vez de Black Veil Brides. Um quarto disco muito bom, em que a banda consolidou o seu som com o melhor dos dois mundos: muito hard rock e uma pegada metalcore em algumas faixas. Assim mesmo, sem muito equilíbrio. Há músicas muito boas, como Drag Me To The Grave, Goodbye Agony, Heart Of Fire Faithless. Neste álbum, temos menos caras pintadas e influência do som do Metallica.