Se há um bom tempo você não ouvia novidades dos caras do Sleeping With Sirens, não se preocupe. A banda não acabou, não entrou em hiato, não brigou e ninguém morreu (ufa, ainda bem!). O momento de calmaria tem um motivo: a banda estava há seis meses compondo e gravando músicas para seu novo álbum, ainda sem nome e sem datas de lançamento à vista.
Os músicos revezavam momentos de lazer com o “retiro musical” em uma casa à beira de um lago em New Jersey, Estados Unidos, onde se reuniam para pensar e gravar o novo álbum. A notícia de que o novo trabalho já está concluído veio do próprio vocalista da banda, Kellin Quinn, via Twitter.
https://twitter.com/Kellinquinn/status/864717379934326785
A produção também está em ótimas mãos. David Bendeth, ganhador de prêmios e produtor de outros álbuns incríveis de bandas como Paramore, Of Mice & Men, Asking Alexandria, Killswitch Engage, Breaking Benjamin, entre outros com certeza fez um trabalho incrível com a banda.
Até aí, nada novo sob o sol. Mas as principais novidades, no que diz respeito à sonoridade do SWS e seu amadurecimento musical foram reveladas em uma entrevista à revista americana Alternative Press, este mês. Nela, Quinn afirmou que o novo trabalho será mais dark e mais amadurecido do que os anteriores.
“A falta de autoconfiança é meu problema. Eu lutei contra a depressão por toda minha vida, mas ela ressurgiu de uma maneira enorme. Há um ano, eu tive um ataque de ansiedade no palco. Isso fez eu me resguardar um pouco. Quando eu era mais jovem, não tinha muitas preocupações. A medida em que você vai ficando mais velho e tem uma família, alguns desses medos vem até você. Esse álbum será sobre superar isso e ser mais confiante sobre mim mesmo e música que escrevo”, explicou.
O álbum terá letras mais fortes e sentimentais, além da delicadeza pop da voz de Quinn. O vocalista descreveu com mais profundidade o novo album: “eu acho que é sobre perder a esperança e depois encontrá-la. Ele soa dark, mas há uma esperança em tudo. É algo que eu sempre tento fazer como vocalista. Quando escrevo sobre um assunto triste, quero que tenha uma luz no fim do túnel”.
Se o novo álbum não vai lembrar em nada os primeiros do quinteto de post-hardcore que mora em nossos corações, vou relembrar um pouco da sua discografia até aqui.
With Ears to See and Eyes to Hear (2010)
O álbum de estreia deles não poderia ser mais incrível. Uma voz incrivelmente fina, quase feminina, contrastada com gritos, algumas músicas românticas e ótimas letras. Uma receita de sucesso.
É impossível ouvir If I’m James Dean, You’re Audrey Hepburn sem cantar o famoso refrão “They say that love is forever / Your forever is all that I need / Please stay as long as you need / Can’t promise that things won’t be broken / But I swear that I will never leave / Please stay forever with me”.
Entre as melhores, estão além dessa última, Let Love Bleed Red, You Kill Me (In a Good Way), The Left Side Of Everywhere e With Ears to See and Eyes to Hear.
Let’s Cheers to This (2011)
Embalados no sucesso do primeiro álbum, no ano seguinte lançaram o Let’s Cheers To This. Na minha opinião, é impossível dizer que um é melhor que o outro. Na verdade, foi a continuação de um ótimo trabalho começado em 2009.
Do It Now, Remember Later e Fire foram os primeiros singles do álbum, que já deram aquele gostinho na boca. O que viria a seguir? Músicas com letras divertidas, aceleradas e mesmo assim, fortes. Esse álbum consagrou o Sleeping With Sirens como uma banda incrível, que já começou querida demais entre os fãs.
Para conhecer um pouco mais sobre a banda, eu sugiro ouví-lo do início ao fim. Mas, de qualquer maneira, minhas músicas favoritas são: If You Can’t Hang, Fire, Who Are You Now, All My Heart e Your Nickle Ain’t Worth My Dime.
If You Were a Movie, This Would Be Your Soundtrack (2012)
Se até agora você pensou que é impossível a voz de Kellin Quinn ser mais doce do que nas últimas músicas, me desculpe. Você se enganou. Em 2012, a banda lançou seu primeiro EP acústico com cinco músicas ou scenes, como preferiram chamar.
São elas: James Dean & Audrey Hepburn, Roger Rabbit, Stomach Tied In Knots, Don’t You Ever Forget About Me, With Ears To See and Eyes To Hear.
Feel (2013)
Que fôlego! No ano seguinte ao EP acústico, o SWS já se preparava para lançar mais um álbum. Eis que, em junho de 2013, o Feel foi finalmente divulgado. Low foi o primeiro single e uma das melhores músicas.
Particularmente, eu gostei deste álbum pelos artistas convidados ou feats. Chris Fronzak, do Attila, participa de The Best There Ever Was; o rapper Machine Gun Kelly (MGK) participa de Alone; Matty Mullins, do Memphis May Fire canta em Congratulations ; e Shaylay Bourget, ex-Of Mice & Men, participa de I’ll Take You There.
Madness (2015)
Lançado em meio a uma troca de gravadoras e se intitulando como independente, o Sleeping With Sirens lançou o Madness para surpreender os fãs. Mais pesado, com guitarras mais agressivas, ritmos mais acelerados e alguns gritos, dividiu a fan base entre aqueles que preferem o SWS mais pop e quem prefere a banda mais post-harcore mesmo. Foi uma ótima surpresa!
Não deixe de ouvir Kick Me, Save Me A Spark, The Strays, Go Go Go e Better Off Dead.
