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Cerveja do Sepultura celebra a carreira da banda com influências do Brasil

O mês chega ao fim e está no ar mais uma edição do “Cervejas do Rock”. Mais uma vez, Luciano Oliveira do blog Lamparinada faz a resenha de uma rock bear que está no mercado. Nesse mês, a “breja” escolhida foi a Sepultura Weizen.

Essa sessão é uma parceria do Blog n’Roll com o Lamparinada e a 7ª Avenida – Empório de Cervejas. Com vocês, os comentários de Oliveira.

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Duas nações construídas com suor e sonhos, várias batalhas a serem travadas com duas armas: nossa música, nossa cerveja. Lutando e resistindo. Venha, participe da revolução! Idealizada e produzida em comemoração aos 25 anos da banda, a Sepultura Weizen (Bamberg), é uma cerveja amarela dourada e turva. Sua espuma é pouco persistente, mas enche o bigode trazendo o suave aroma de banana característico do estilo, que facilmente chega ao nariz. Na boca, o trigo é bem intenso com um leve dulçor e você pode sentir um gosto de pão também. Uma boa cerveja de trigo. Nação Sepultura, Nação Bambergeriana, a resistência não será parada!

  • Cerveja: Sepultura Weizen (Bamberg)
  • Estilo: German Weizen
  • Álcool: 5 %
  • Sugestão de harmonização: comida japonesa, saladas de folhas verdes, frutos do mar, pizzas leves.
  • Onde comprar: 7ª Avenida

SOBRE O SEPULTURA

Completando 30 anos de história em 2014, o Sepultura é uma das bandas brasileiras de maior sucesso internacional. Formada pelos irmãos Max e Iggor Cavalera em 1984 na cidade de Belo Horizonte (MG), o grupo é considerado um dos maiores nomes do Heavy Metal mundial. Todo esse respeito foi conquistado por meio da ótima mistura de diversas influências: do Black Metal/Trash Metal ao Hardcore, aliado com a música tribal africana e indígena.

Assim com boa parte das grupos dos anos 80, o Sepultura começou como uma diversão para quatro amigos de escola. Em 1983, Max e Iggor convidaram os colegas Jairo Guedez e Paulo Xisto para montar uma banda de Rock. O nome foi inspirado na música Dancing on Your Grave (Dançando na sua Sepultura) do Motorhead.

Depois tocar em um festival na capital mineira, o quarteto despertou a atenção da gravadora independente Cogumelo Records. Em parceria com o selo, a banda lançou seus dois primeiros trabalhos: Bestial Devastation (Split LP dividido com o Overdose, 1985) e Morbid Visions (1986). As turnês de divulgações dos discos pelo o Brasil começam a chamar a atenção para eles.

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Ainda pelo selo mineiro, o Sepultura lança seu segundo disco: Schizophrenia (1987). Ele marca estreia do guitarrista Andreas Kisser, que ocupou o lugar deixado por Jairo. Antes o músico já havia participado de algumas apresentações da banda, facilitando sua entrada. Com mais influências de Trash Metal, o álbum vendeu aproximadamente 10 mil cópias nas semanas do seu lançamento. Ele obteve sucesso também no exterior, tendo um ótimo número de vendas nos Estados Unidos e na Europa.

Tal fato chamou a atenção da gravadora holandesa Roadrunner, que fechou um contrato com o Sepultura por sete anos. De casa nova, eles lançam seu terceiro full lenght: Beneath the Remains (1989). Com uma maior visibilidade, o disco vende muito bem e o quarteto embarca na sua primeira turnê internacional com shows na Europa, Estados Unidos e México.

Sendo comparada com o Slayer, durante o giro internacional, teve oportunidade de conhecer alguns dos seus ídolos como o Motorhead e o Metallica.

Em 1991, após se apresentar no Rock In Rio II, o quarteto lança o disco Arise. Até hoje, o trabalho é considerado pelos fãs o melhor da carreira do grupo. Nele, começa aparecer novas influências no seu leque musical. O disco traz elementos de música industrial e Hard Core. Bem sucedido em vendas, ele chegou a ficar em 119º lugar nas paradas da Billboard.

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Além de levar a turnê de divulgação para Europa, a banda se apresentou no Japão, Austrália e até mesmo na Indonésia. Ainda em 1991, a banda grava o show Under Siege, o registro foi feito em Barcelona, Espanha. Algumas músicas dessa apresentação saíram no EP Third World Posse (1992).

Se renovando e trazendo para o Heavy Metal outras influências, o álbum Chaos A.D. (1993) mostra traços de músicas tribais aliados ao seu peso tradicional. Ele apresenta faixas bem importantes da carreira do grupo como Refuse/Resist e Territory. Essa última canção ganhou clipe, gravado em Israel durante a turnê no país, e foi eleito o vídeo do ano pela MTV Brasil.

Três anos depois, o Sepultura lança seu álbum mais experimental e o mais famoso de sua carreira. Em Roots (1996), a banda mergulha de cabeça na música brasileira acrescentando influências indígenas as canções. O Heavy Metal se mistura com instrumentos de percussão tribais e até mesmo berimbau.

A melhor “tradução” desse conceito é a música Ratamahatta com a participação do músico baiano Carlinhos Brown. Outros exemplos são as faixas JascoItsári que foram gravadas com uma tribo de índios Xavantes no Mato Grosso. Porém, o destaque do disco é o hit Roots Bloody Roots, que até hoje faz parte do repertório da banda.

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No auge do sucesso de Roots, o Sepultura tem sua primeira grande mudança. No final de 1996, o vocalista Max Cavalera deixa a banda. Os outros três integrantes (Andreas, Iggor e Paulo) discordam da postura da empresária Gloria Cavalera (esposa de Max) ao divulgar a imagem do grupo. Eles alegaram que o líder da banda sempre aparecia em destaque, deixando-os de fora.

Sentindo-se injustiçado e traído pelos companheiros, Max decide se separar do Sepultura e pouco tempo depois cria o Soulfly.

Os dois anos seguintes foram de incertezas para o Sepultura. A banda tenta seguir como trio com Andreas como vocalista, mas o guitarrista não se sente a vontade da posição. Então, eles decidem buscar um novo vocalista. Após uma longa seleção, os músicos escolhem o norte-americano Derrick Green.

Apesar de sua nacionalidade, Green se adaptou a banda e fez sua estreia no álbum Against (1998). Se em Roots o Sepultura foi atrás das referências da música indígena, no novo trabalho eles buscaram influências orientais. Desde a capa com máscaras inspiradas em mitos japoneses até a faixa Kamaitachi tem influências da terra do sol nascente.

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Em 2001, o Sepultura chega ao seu oitavo lançamento, Nation. O trabalho traz mais influências de Hardcore e conta inclusive com a participação de Jello Biafra, ex-vocalista do Dead Kennedys, na música Politricks. Assim como seu sucessor, Roorback (2003), ambos tiveram pouca visibilidade na mídia fora do meio do Metal. Mesmo com clipes sendo veiculados na MTV Brasil, canções poucos inspiradas não atraem novos fãs.

Para comemorar os 20 anos de carreira, em 2005 é lançado Live In São Paulo. O disco duplo ao vivo traz os principais singles da banda até aquele momento e duas covers: uma versão mais pesada para Black Steel in the Hour of Chaos do Public Enemy e Bullet In Blue Sky do U2 (que foi lançada originalmente em Roorback).

Depois de explorar outros estilos musicais, o Sepultura começou a buscar inspiração na literatura. Segundo o guitarrista Andres Kisser, escrever canções por escrever não fazia mais sentido.

O primeiro álbum conceitual foi Dante XXI (2006), no qual a banda decidiu criar a trilha sonora para o livro A Divina Comédia, clássico do poeta renascentista italiano Dante Alighieri. Para diferenciar as várias etapas da jornada do protagonista, a banda acrescentou instrumentos eruditos em algumas faixas do trabalho que contou com a participação de André Moraes.

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O disco é último trabalho com a participação do baterista Iggor Cavalera. Coincidentemente, dois anos depois o músico fez as pazes com o seu irmão Max e fundou o Cavalera Conspiracy. Ele também se dedica ao projeto de música Mixhell.

Para o lugar de Iggor, o Sepultura convida o mineiro Jean Dolabella que faz sua estreia durante a turnê de divulgação de Dante XXI.

Seguindo o conceito de “trilha sonora para leitura”, em 2009 é lançado A-Lex. O décimo primeiro álbum do quarteto foi inspirado em A Laranja Mecânica do inglês Anthony Burgess. Sendo bem elogiado pela mídia especializada, o trabalho consegue ótimo número em vendas. Sendo 5 mil cópias no Brasil e 1.600 nos Estados Unidos.

O sucesso leva o grupo a fazer uma apresentação no Grammy Latino daquele ano, onde apresentam o single We’ve Lost You.

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Trabalhando com Roy Z, um dos principais produtores da cena Heavy Metal, o Sepultura lança Kairos em 2011. A banda abandona os álbuns conceituais e investe em um som mais crú que os anteriores. O álbum tem a participação do grupo francês Les Tambours du Bronx na faixa Structure Violence (Azzes), trazendo de volta a influência de sons tribais para sua musicalidade.

A parceria entre as duas bandas pode ser vista ao vivo durante as edições 2011 e 2013 do Rock In Rio.

Ainda durante a turnê de Kairos, Jean Dolabella decide deixar a banda para se dedicar sua carreira solo. O Sepultura convida para o posto o baterista Eloy Casagrande. Com 21 anos, o músico fazia parte da banda Glória e da banda de apoio do vocalista de metal André Matos.

Em 2013, o Sepultura lança The Mediator Between Head and Hands Must Be The Heart, o décimo terceiro na carreira. A estreia de Casagrande trouxe mais peso ao grupo voltando se aproximar ao Death Metal. Outro fator para essa mudança sonora está na produção de Ross Robinson, que trabalhou com a banda em Roots.

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O nomo do álbum foi inspirado em uma frase do filme Metropolis (1928) e segundo Kisser traduz o que a banda tenta apresentar nas canções do álbum. Além do pesado clipe de The Vatican, um dos singles do disco é uma versão metal para Da Lama Ao Caos do Manguebeat Chico Science e Nação Zumbi.

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