Após um ano tumultuado, Ozzy Osbourne está de volta com o álbum Ordinary Man. Recrutando um grande time para participar, o Príncipe das Trevas mostra a força através de tempos sombrios.
Desde o ano passado os fãs andam preocupados com a saúde de Ozzy. Porém, em entrevista dada recentemente, o músico disse que processo do novo álbum foi uma salvação.
Eu pude dar um tempo na No More Tours e me concentrar no disco. Apesar da saúde ruim, o álbum me ajudou a não perder a cabeça.
Sobre Ordinary Man
Ordinary Man dá a impressão de ser uma volta às origens. O disco já é aberto por Straight To Hell, com um coro seguido de um riff pesado acompanhado de um “All Right Now!”
Além disso, Zakk Wylde está fora do álbum, assim como sua sonoridade Black Label Society – graças a Deus. É o primeiro álbum, em muito tempo, em que o som do Ozzy é o som do Ozzy, entende?
Com isso, foram recrutados Duff McKagan, Slash e Chad Smith para gravar o álbum. Ah, sem esquecer das participações especiais de Tom Morello, Elton John, Post Malone e Charlie Puth.
Sendo assim, é uma nova fase da velha fase de Ozzy, que há muito ficou esquecida. E que foi recebida com grande expectativa após os clipes de Straight To Hell e Under The Graveyard.
Straight To Hell e Under The Graveyard
O clipe é uma obra que se baseia – e muito – na cena final do filme Coringa. Ozzy está com um manto negro, sentado em um banco, de bengala, enquanto ao seu redor está ocorrendo um pandemônio. Com direito a fogos e pessoas desafiando a polícia que tenta contê-los.
E Ozzy ainda canta que “vai fazer você gritar, vai fazer você se cagar!”.
Under The Graveyard pode ser um dos clipes mas reveladores de sua carreira, além de ter uma sonoridade não-tradicional de Ozzy. O videoclipe mostra o momento em que ele havia saído do Black Sabbath, em 1979, e se afundou nas drogas, até ser resgatado por Sharon. Sempre ela tirando ele das furadas e o colocando na linha, não é?
Faixa a Faixa
Deixando de lado as faixas já citadas, All My Life segue a mesma linha das músicas do álbum Diary Of Madman, de 1981. A faixa seguinte, Goodbye, tem um início semelhante a Iron Man, até ser acelerada ao ponto de também se assemelhar a Never Say Die, do álbum de mesmo nome do Sabbath, de 1980.
A música mais tocante é Ordinary Man. Leve e sentimental, ainda traz a participação de Elton John, além da superbanda.
Emotiva e até melancólica, deixou muitos fãs de orelha em pé, pelo tom de despedida da música. “Don’t forget me as the colors fade, when the lights go down, it’s just an empty stage” (não me esqueça enquanto as cores desbotam. Quando as luzes se apagam, é apenas um palco vazio).
Eat Me e Today is The End foram feitas no mesmo caldeirão sonoro. Não fortes quanto Straight To Hell ou Ordinary Man, chega a marcar com o refrão. Scary Little Green Men e Holy For Tonight também são um dos casos.
It’s Raid é uma mistura sonora com a participação de Post Malone, se tornando o segundo trabalho entre os dois. Pelo riff você já encontra o dedo de Slash, dando até a impressão que o Axl Rose vai brotar berrando.
Para Ozzy, não importa se o álbum irá ter alguma repercussão ou se venderá muito. O importante é que ele está fazendo o que gosta. E, convenhamos, apesar da idade e da saúde fragilizada, chega a ser empolgante ver que Ozzy ainda está de pé.
E que continue assim. Seja do inferno, céu ou Terra.