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Dia da Toalha: a influência do escritor Douglas Adams na música

Em homenagem ao autor Douglas Adams, o dia 25 de maio ficou marcado como o Dia da Toalha. Essa foi uma forma dos fãs prestar um tributo ao criador da incrível série de ficção científica O Guia do Mochileiro das Galáxias.

O escritor e comediante faleceu no dia 11 de maio de 2001, vítima de um ataque cardíaco. E não demorou muito para os seus admiradores procurarem uma forma de sempre lembrar o seu legado. Então, o grupo de fãs h2g2 iniciou as comemorações do Dia da Toalha no dia 25 de maio do mesmo ano.

Antes mesmo de sua morte, a obra de Adams já tinha uma grande influência na cultura pop. Por exemplo, além de escrever uma “trilogia de cinco” livros sobre as aventuras de Arthur Dent, ele foi roteirista do brilhante Monty Python’s Flying Circus. Bem como, escreveu a série de livros Agência de investigações holísticas Dirk Gently.

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Posteriormente, suas obras serviram de influência para muitos artistas e principalmente bandas de rock. A fim de falar um pouco da relação – direta e indireta – entre Douglas Adams e a música, conversei com a May Santos do blog Obrigado Pelos Peixes.

E com base na playlist feita por ela, trouxemos algumas curiosidades sobre o autor, seus trabalhos e as canções que foram influenciadas por sua obra!

Pink Floyd – Brain Damage

Douglas Adams não era apenas um fã do Pink Floyd, ele era um amigo dos integrantes da banda. Por exemplo, ele foi responsável por escolher o nome do álbum The Division Bell (1994) com base na letra da música High Hopes. Mas a história não para por aí!

“Adams e David Gilmour eram amigos próximos no nível de cada uma ter uma guitarra extra em casa para o outro tocar quando fosse visitar,” conta May. “Em 1994, no aniversário de 42 anos de Adams, ele foi convidado para subir no palco com o Pink Floyd e tocar Brain Damage e Eclipse”.

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Eagles – Journey of the Sorcerer

A princípio O Guia Do Mochileiro das Galáxias nasceu como um programa de comédia que misturava ficção científica para a rádio britânica BBC em 1978. Com resultado do sucesso, ele foi adaptado para a televisão em 1981. No entanto, a história de Arthur Dent chegou aos cinemas apenas em 2005.

Mas há um fato mais curioso nesta história.

Journey of the Sorcerer foi usada como abertura para a série de rádio e as adaptações para TV e cinema”, explica May. “Eu passei anos da minha vida ouvindo Eagles e ouvindo essa música. Mas NUNCA tinha ligado um com o outro. E eu amo o banjo dessa música”.

Coldplay – Don’t Panic

Quem leu os livros do Guia do Mochileiro das Galáxias, sabe que “Don’t Panic” (ou Não entre em Pânico, em português) é um dos avisos impressos na capa de todas as edições. Surpreendentemente, os britânicos Coldplay já usaram a obra de Adams como referência em algumas músicas. Entre elas, Don’t Panic do álbum Parachutes (2000)

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Don’t Panic tem uma letra muito interessante. No meu ponto de vista, ela passa uma mensagem do tipo ‘olha, estamos nesse mundo e não tem muito o que fazer, mas sempre vai ter alguém para apoiar’”, diz May. “Diferente do Guia que passava essa mensagem para quando você se perdesse pelo universo”.

Mumford & Sons – 42

O número 42 é outra referência bem conhecida da série de Douglas Adams. Ela se refere a resposta do Pensador Profundo sobre a vida, o universo e tudo mais. Logo, caiu no gosto da cultura pop virando título de diversas músicas como a do Mumford & Sons.

“Dificilmente a gente vê um 42 e não conecta com o Guia. Apesar da banda nunca ter confirmado uma ligação, eu gostei bastante da música a primeira vez que ouvi”, responde May. “Entretanto, eu confesso que o fato de ser uma letra com tantos questionamentos, onde ele pede por um sinal, uma resposta, me faz acreditar que seja referência aos livros”.

Radiohead – Paranoid Android

Sem dúvidas, Marvin é um dos personagens do Guia do Mochileiro das Galáxias mais conhecidos pelo público. Sendo assim, o robô deprimido se encaixou bem no “universo” do Radiohead. Visto que, Paranoid Android é uma das canções mais famosas de Thom Yorke e sua banda.

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“Com certeza, Paranoid Android é uma das músicas mais lembradas pelos mochileiros. Além da música, eles fizeram um videoclipe que representa DEMAIS nosso robô favorito da ficção, QUIÇÁ o personagem favorito do livro”, comenta May.

A Perfect Circle – So Long And Thanks For All The Fish

Até mais, e Obrigado pelos Peixes! é o título do quarto livro da “trilogia de cinco” de Adams. Naturalmente, o título em inglês já foi utilizado em diversas canções e nome álbuns. Contudo, A Perfect Circle conseguiu capturar bem a essência do humor ácido do autor.

“Essa é uma letra cheia de críticas e versos que faz você repensar sobre tudo que você faz e vive. E isso me faz lembrar o estilo de crítico do Douglas Adams”, explica May.

“O videoclipe também não deixa a desejar! Pessoas ‘perfeitas’ que não notam o que está de errado ao seu redor. Sofrimento e felicidade. Desperdício e consumismo. Harmonia e guerra. Tudo lado a lado. Enquanto isso os golfinhos indo embora, como planejado”.

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Gerry & The Pacemakers – You’ll Never Walk Alone

Como dito, o humor ácido de Douglas Adams é sua marca registrada. Basta ler a introdução do Guia do Mochileiro das Galáxias para captar essa característica. Entretanto, isso fica ainda mais acentuado quando ele utiliza músicas para criar uma piada dentro de uma cena.

“Essa música está no livro, na cena em que eles tentam entrar em Magrathea. Porém, infelizmente não foi adaptada na tv e no cinema”, conta May. “O planeta resolve atirar mísseis e todos ficam desesperados. Então, os personagens acham que vão morrer. Enquanto isso, o computador da nave Eddie está cantando You’ll Never Walk Alone”.

Neil Young – Heart of Gold

Grande fã de músicas, Douglas Adams com certeza deve estar orgulhoso de ver como diversas bandas foram influenciadas por sua obra. Contudo, ela também se inspirou em outros artistas para obter referência para seus livros.

“Esse caso já é o contrário das músicas que citei antes: ela foi a influência. Coração de Ouro é o nome da nave roubada por Zaphod Beeblebrox no primeiro livro da ‘trilogia de cinco’”, esclarece May.

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Gostou de saber mais sobre a relação de Douglas Adams, suas obras e a música? Então, escute a playlist feita pelo Obrigado Pelos Peixes com mais outras canções que fazem parte do universo do autor!

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