DAVID RANGEL
Foto: Roberta Garcia
Tive prazer de bater um papinho sobre aparelhagem para a Entre Cabos e Amplis com o guitarrista de uma das bandas mais criativas aqui de Santos, a Zebra Zebra.
A banda, que sempre está inovando e desenvolvendo seu próprio estilo na região, sempre atraiu a minha atenção pela sonoridade, criatividade, singularidade e um monte de “ades” que eu vou deixar pra lá pra ter espaço para gente descobrir o que o Eric anda usando com a banda.
Guitarras:
“Bom, minha guitarra é uma Epiphone Les Paul Standard Ebony com humbuckers de fábrica. Escolhi esse modelo quando comprei porque estava procurando uma definição mais grave para o tipo de som que a Zebra Zebra estava fazendo no momento”.
“Tenho usado em algumas músicas uma guitarra backup da banda, que é uma Tagima Strato. Confesso que tenho flertado com o timbre de modelos Strato e Tele, mas o preenchimento que a Les Paul traz é algo surreal, ainda mais no captador do braço”.
Amplificadores:
“Como o Zebra Zebra tem ficado cada vez mais samba-rock, um Twin Reverb da Fender cai como uma luva no nosso estilo. O brilho alcançado nos timbres dele são bem a cara da gente e traz aquela “temperatura” gostosinha e boa de dançar.
Eu sempre uso só o canal Clean dos amplificadores que toco, prevalecendo o Treble para valorizar as swingadas das nossas músicas. Em músicas mais pesadas, como a nova Regra, Sermão e Temaki, dou uma elevada no Bass para que o timbre fique mais cheião e não pareça uma abelha amplificada.
Som abelhudo incomoda muito as pessoas principalmente porque os ouvidos se irritam mais facilmente com agudos barulhentos – só reparar em como as pessoas odeiam músicas tocadas em celular que, além disso, é falta de bom senso. Mas vamos falar de coisa, vamos falar da Iogurteira… humm, deixa pra lá. Hehehe!”
Pedais:
“Cara, sobre os meus pedais, não tenho muitos segredos: Chromatic Turner da Boss (TU-3), Compressor Sustainer da Boss (CS-3), Overdrive/Distortion da Boss (OS-2), Rat Distortion da Proco e um Phaser da Fender Classic Series.
O Chromatic é um verdadeiro salvador da Pátria. Na hora “H”, dá até para dar aquela afinada enquanto seus parceiros fazem aquele solo maneiro. Já o Compressor, uso muito para o som limpo por nivelar agudos e graves das notas, e dou um tapinha ali no Attack dele e um pouco de Sustain para fechar o lance.
O Overdrive/Distortion uso muito mais como Overdrive para dar um ruído em partes que pedem mais peso que uma parte limpa e menos peso que uma parte pesada. Nossas músicas pedem muito mais Overdrive do que necessariamente distorção pesada.
Já o Rat vem para preencher o espaço de todas as músicas que têm peso em alguma parte (Bonita, E Que Tremam as Pernas, entre outras). Som bem definido com controles simples e diretos. Já o Phaser é o meu mais novo filhote. Veio para suprir uma vontade minha de dar alguns movimentos em músicas novas com som limpo. Ele é bem completo e as possibilidades são incontáveis”.
Palhetas e cabos:
“Sobre palhetas, só digo uma coisa: Dunlop .88mm na veia! Hahahah. São bem duráveis e bem flexíveis para swingadas e partes mais pesadas. Os cabos uso da Santo ngelo”.
A Zebra Zebra está organizando mais um incrível Baile de Carnaval, como é de costume da banda. Estou falando do 6° Grandioso Baile Carnavalesco que contará com o som da própria Zebra Zebra, da convidada Dr Kaveira, além da discotecagem do DJ Paulinho.
O evento acontece no dia 26 de fevereiro, às 21h e conta com um prêmio surpresa para a melhor fantasia. O show será no Studio Rock Café. A entrada custa R$ 20,00. Fantasiados pagam R$ 15,00. Mais informações aqui.