Que Santos é celeiro para a música e arte em geral isso não é novidade para ninguém. E é nessa cidade que é a ‘galinha dos ovos de ouro’ do cenário artístico que surge a Atlante. O power trio lançou seu primeiro EP, o Novo Horizonte, algumas semanas atrás. As quatro faixas no material podem ser ouvidas no Spotify.
Eu estive com os caras para um breve bate papo pra entender o que eles usaram na gravação do seu primeiro trabalho. Confira um pouco dessa conversa:
Por que usar Telecasters e guitarras acústicas na gravação do Novo Horizonte?
Yago (guitarrista e vocalista): Minha escolha pelas Telecasters veio através de um estudo em cima de influências nossas e percepções que tínhamos no cotidiano nos ensaios de pré-produção. Sempre curtimos esse timbre vintage e as duas Telecasters da Fender (uma American Standard e uma Blacktop) me deram exatamente o que eu tava procurando: um boost legal no médio-agudo que casou muito bem com o Peavey Classic, que foi o ampli que usamos.
A Gretsch que usei, a guitarra acústica, me deu o toque de grave que estava imaginando pelo fato do som reverberar de uma forma bem natural no corpo da guitarra. Usei essa na nossa terceira faixa, a canção Novo Horizonte.
Qual foi a escolha do ampli e como você usou as características dele?
Yago: Para as guitarras utilizamos o Peavey Classic 100. Sem dúvida alguma, quando toquei pela primeira vez com aquele amplificador, sabia que era meu preferido. Ele é claramente inspirado no Fender Bassman 59, e eu consigo tirar exatamente o timbre que eu gosto somado a Telecaster.
A Blacktop possui dois Humbuckers originais Fender, e me dão um belo leque de timbres principalmente utilizando o drive delicioso do amplificador. Fora o belíssimo Reverb que o ampli possui e que já não consigo viver sem!
Você usou algum pedal especial nas guitarras?
Yago: Dentre os pedais que usamos, tenho 2 a se destacar: O primeiro é o Light year, reverb da BFFX. Ele é muito legal! A marca é brasileira e tem tudo pra arrebentar no mercado pela qualidade dos pedais que está desenvolvendo. Ele me traz uma variedade linda de ambiências e cumpre a função muito bem!
(N.E.: Quem quiser conhecer a marca: bffx.com.br)
E o outro dispensa apresentações, o grande Full Drive 2 da Fulltone. Pedal com um drive excelente! Usei ele de 2 formas: para dar uma empurrada no drive do Peavey na música “A missão” e em algumas partes utilizei só o Full Drive com o clean bem cristalino, característica do Classic.
Quais foram os baixos que vocês usaram para a gravação? Algumas músicas tem distorção. Como foram produzidas essas distorções?
Kevin (baixista): Eu usei o G&L lb2000. Baixo criado por Leo Fender e George Fullerton. Eu decidi usar esse baixo pela sua captação ativa com uma variedade incrível de timbres. Ele é muito equilibrado, de som quente e com um ganho ignorante.
A soma do G&L mais o AMPEG SVT-4, que possui os graves mais lindos do mundo junto dos falantes Eminance 10, me trouxe o timbre que buscava para gravar as músicas do EP.
Os canais sujos ficaram por conta do Overdrive da Fire. Na captação, o clássico Shure SM57 e o AKG D112 (geralmente usado em bumbos de bateria) para conseguir extrair o máximo dos graves do AMPEG. O que deu um bom corpo e uma identidade importante no baixo, até por sermos um trio.
Conheça melhor o som da Atlante e o EP Novo Horizonte: