Trazendo bandas ao Brasil como Satanic Surfers, Lagwagon, Mute, Comeback Kid, Scott Reynolds e, claro, Descendents; a produtora Solid Music Entertainment conseguiu ganhar os corações do público do punk rock/hardcore. E ainda tem muita coisa por vir para agradar os fãs desses estilos.
Prestes a anunciar a próxima edição 2017 do We Are One Tour, tivemos a oportunidade de conversar com Gustavo Simarro, CEO da Solid Music. Ele contou um pouco sobre o início da produtora e os projetos que foram e estão sendo desenvolvidos por eles.
A Solid Music Entertainment ganhou destaque no cenário punk rock/hardcore por trazer excelentes bandas desses gêneros para o Brasil nos últimos anos. Como surgiu a ideia de montar a produtora direcionada para esses estilos musicais? Quando tudo realmente começou?
Muito obrigado pelo espaço antes de mais nada! O fato da Solid ser mais punk rock/hardcore é por conta de serem estilos que a gente ama e escuta. Tudo começou há muito tempo, em 2010, com dois dos meus melhores amigos. Porém, a Solid começou a fazer tour e focar nisso de forma séria e profissional em 2014, quando se tornou algo entre irmãos/família. Eu e o Lucas (meu irmão) hoje administramos a Solid com o nosso time.
Produzindo eventos como o We Are One Tour ou trazendo bandas grandes como o Descendents, como você analisa o cenário de shows no Brasil e na América do Sul? Como você acredita que a Solid Music colabora com a expansão de shows internacionais no Brasil?
Eu acho que ainda é muito pouco. Acredito que é possível ter mais shows, mais turnês, mais produtoras e mais concorrência. Porém hardcore e punk rock não passam na Rede Globo, Record ou SBT, então fica difícil fazer com que a molecada nova tenha acesso e consuma isso. O que por um lado não há quem pense que não é algo ruim! Diferente da Europa aonde você vai a festivais de punk rock e tem uma galerinha de 12 e 14 anos assistindo e curtindo shows.
Eu acho que a gente faz o mínimo. Quem realmente colabora com a cena é quem vai aos shows. São eles que fazem o corre para dar o suporte que nos (Solid Music) precisamos para continuar nisso. A gente faz a parte mais fácil, que é trabalhosa, mas o divisor de águas é a galera. O pessoal que tira os R$ 60, R$ 100 do salário mensal para ir ao show e somar. Esses sim são os que colaboram. Sem essa galera não existe show ou Solid Music.
Acompanho a Solid Music nas redes sociais e percebo que a produtora costuma trazer bandas não tão conhecidas do grande público. Por exemplo, nas últimas semanas os alemães do Wolf Down excursionaram pela América do Sul. Até visitaram Santos e curtiram nossa praia. Bom, como é trazer esses artistas para cá e realizar um giro grande passando por outros países?
É animal! Ninguém chega em tour grande sem ter “se ferrado” com tours pequenas. O essencial disso tudo para mim é não esquecer o amor e a raiz disso. E a Solid não está nisso pela grana e bandas como Wolf Down também não!
Essa tour para mim foi fantástica e para banda também. Fizeram um show no Rio com o meu amigo Luciano, e em SP a gente fez no Rock Together e foi o que a gente esperava. Eles são uma banda que defende bandeiras importantíssimas como veganismo, animal liberation e etc. Um show mega energético, com muito suor, e hardcore!
https://youtu.be/MWmYjqUX9KM
Algo interessante que a Solid Music fez no ano passado foi trazer um show do Scott Reynolds de um jeito especial. Senão me engano foi uma apresentação apenas para 150 pessoas em um espaço menor. Vocês pretendem fazer mais shows com esse aspecto mais exclusivo e intimista?
Sim, deve rolar mais dois shows assim esse ano ainda. O show do Scott foi bem legal, foi algo mais intimista, galera curtiu muito. Ele é um grande amigo nosso.
Outro evento importante da produtora no ano passado foi a vinda do Descendents para a América do Sul. Era para ser uma data única em São Paulo, acabou se transformando em duas por conta da demanda, sendo uma delas sold out. Vocês esperavam essa comoção ao trazer a banda para o Brasil?
Nao! (Risos). Definitivamente não esperávamos uma venda tão rápida. Os primeiros três dias dessa venda de ingresso para o Descendents jamais serão esquecidos (Risos).
A Solid Music já anunciou a segunda edição do We Are One Tour. No ano passado tivemos Lagwagon, Belvedere e Mute. O que podemos esperar da edição 2017? Você já pode adiantar algo para o público?
A edição deste ano vem com cinco bandas internacionais e ingressos mais baratos que o ano passado. Porto Alegre entra para rota e San Jose (Costa Rica) também. Além da opção de combo na compra de ingressos, em que você escolhe comprar a camiseta da tour com o ingresso, a camiseta sai quase que de graça!
Na edição de São Paulo estamos tentando fazer um festival com uma pista de skate dentro do local. E colocar mais três bandas nacionais, totalizando oito bandas!
Além do We Are One Tour, nos próximos meses teremos a tour do Silverstein com o The Word Alive. Quais são os próximos planos? Vocês planejaram um número de turnês para trazer para o Brasil em 2017?
Anunciaremos a tour de julho em breve. Agosto e setembro já estamos fechados com três bandas. Não existe um número certo, mas podemos dizer que 2017 vai ser um ano de muito trabalho. E isso é o mais importante.
Obrigado, Gustavo, pela entrevista. Para finalizar, vou fazer uma pergunta mais pessoal. Existe alguma banda que você sonha em produzir o show no Brasil? Por quê?
Iron Maiden, pois é a minha favorita! Muito obrigado pelo espaço, nos vemos no WEAREONE.
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