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Érika Martins conta história das mulheres no rock nacional

Como parte da programação do Na Praia do Rock, Érika Martins, ex-vocalista da Penélope e atual Autoramas, fará uma aula-espetáculo. O evento é composto por um bate-papo sobre a história das mulheres no cenário do rock nacional.

No bate-papo, que acontece neste sábado (20), às 17h, no Sesc Santos, Érika trará reflexões sobre a forte presença feminina no rock nacional. E assim, desmistificando ideias de que o rock não tem espaço para mulheres.

“Isso foi uma coisa que sempre tive que responder nos 20 anos da minha carreira e sempre me incomodou. Quando as pessoas começaram a me perguntar sobre isso no início, me assustou muito! Como assim?! Sempre vi uma cena imensa de mulheres fazendo rock”, conta Érika.

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A ideia de que as mulheres estão distantes das raízes do rock nacional, mesmo que comum, é errônea. E a cantora apresenta ótimos argumentos quanto a isso.

“Esse conceito de que é uma novidade mulher fazer rock foi plantado por um pensamento machista, e na verdade, isso nunca existiu. O primeiro rock gravado no Brasil foi feito por uma mulher, Nora Ney”, conta Érika. “O primeiro popstar no Brasil foi mulher também Celly Campello. As mulheres sempre foram pioneiras no rock do Brasil e a cena continua existindo”.

O projeto vem como uma forma de esclarecer sobre o assunto, além de promover o debate. Portanto, a visita a Santos tem um valor social e cultural muito grande para a cantora.

“Queremos levar esse tipo de informação pro maior número possível de pessoas, até reparar essa injustiça de muitos anos que diz que as mulheres eram coadjuvantes ou novidades no rock”. A ideia é levar esse bate-papo para todos os lugares”, diz Érika.

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Lembranças das mulheres do rock

Muitas das referências citadas por Érika como protagonistas da história foram também suas próprias influências musicais. As mulheres da Jovem Guarda, por exemplo, impactaram em sua vida pessoal e profissional.

“Ficava encantada escutando aquelas vozes, aqueles agudos todos… Minha irmã mais velha escutava e eu ouvia junto. Eu até brincava que minha voz era mais grave e acabei desenvolvendo esses agudos porque ficava escutando aquelas cantora todas, tentando repetir o que elas faziam”, relembra.

Rita Lee, Sempre Livre, Now e Kid Abelha também foram influências da irmã mais velha. Crescendo com esses modelos, Érika sempre teve consciência de que o rock era um espaço aberto para todos, independente do gênero. “Na prática, as mulheres são atuantes o tempo inteiro e fazem parte de todas as cenas, desde 1955 até hoje”.

“Em todos os gêneros, a música é basicamente formada por cantoras”Érika Martins

Considerando a participação feminina na música, Érika acredita que neste segmento há muita justiça e igualdade. “A forma como a mulher é tratada na música é um exemplo para outras profissões”.

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Sua confiança no desenvolvimento da cena vai tanto pela liberdade de trabalhar como a proximidade salarial. O importante, acima de tudo, é seguir tocando e marcando presença no rock. “A gente tem que fortalecer cada vez mais”, afirma.

Serviço

O bate-papo com Érika Martins acontece no Sesc Santos neste sábado, dia 20, às 17h. O evento tem entrada gratuita, mas os ingressos devem ser retirados com pelo menos uma hora de antecedência.

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