Formada por Lone, Gerson Farjado, Oliver Kivitz e Bira Aguiar, a Contra Bando lança seu primeiro trabalho. Intitulado de Ilegal, o debute ganha destaque, não só pela sua formação, mas pela sonoridade.
Formada em Santos/SP, o grupo passa a postura “013” e tem um nome genial, tirado do pensamento “contra esse bando de coisa que assola o país”.
Com o lançamento, a Contra Bando inicia a Tour Ilegal pelo estado de São Paulo. E, além disso, promete fazer a diferença para os “fãs do rock n’ roll raiz”.
Sobre o álbum
Como uma avalanche sonora insuportavelmente extasiante, o álbum se inicia com Ratomen. Um belo chute no saco de “rockstars” e frequentadores de lojas saudosistas fascinadas pela música da década de 1970 e 1980 que gosta de cravar que o rock está morto. Engano seu que pensa isto.
Um fato sobre o álbum, e acredito que posso dizer por todos que também o ouviram: a linha sonora é reta do início ao fim. Ela começa no rock n’ roll bruto e termina nele. Sem aquelas baladinhas que te fazem cair numa depressão após uma pancada, entende?
Se depender do Contra Bando, o rock está vivo, vibrando e esmigalhando cada pensamento ridículo do gênero.
Claro que dedos nas feridas não poderiam ficar de fora. Em Bundas do Brasil, o grupo deixa a sua opinião sobre o estado político-social. Confira abaixo a faixa:
Veteranos Santistas
Claro que tudo isso é relevante devido a história dos integrantes. Lone (vocalista) integrou a Angel, Gerson Farjado é nome conhecido pelo trabalho com o Vulcano, Oliver Kivitz assume o baixo e esteve presente na ascensão do Aliados. E ainda tem Bira Aguiar na bateria. Quer um currículo mais experiente?
Assim como bandas com a formação clássica vocal-guitarra-baixo-bateria, o Contra Bando segue a mesma cartilha e postura. Lone tem uma voz poderosa, Gerson sabe o que se precisa fazer com uma guitarra, Oliver tem suas influências, porém segue original no baixo e Bira é o metrônomo, como um relógio, fazendo as batidas serem certeiras e pulsantes.
A atitude é algo muito espontânea até o século 20. Hoje, no século 21, vemos algo que é a “cópia, da cópia, da cópia”.
Parafraseando Ezequiel Neves (1935 – 2010), “A Atitude é algo muito espontânea até o século 20. Hoje, no século 21, vemos algo que é a “cópia, da cópia, da cópia”.
Posso estar enganado, talvez tenhamos um longo caminho a ser percorrido, mas… A Atitude está começando a dar as caras. Podemos respirar aliviadamente, pois assim como outras bandas santistas, o Contra Bando também é uma grande faísca pronto para acordar este Frankestein chamado de Rock Santista.