Resenha: Richie Kotzen – Salting Earth

CLÁUDIO AZEVEDO

Nem só de vocalistas espetaculares vive o hard rock. Os amantes das seis cordas possuem inúmeros motivos para virarem seus olhos para o estilo, sendo o americano Richie Kotzen um monstro sagrado do cenário. Quem não se lembra de sua passagem pelo Poison, com o espetacular Native Tongue (1993)? O guitarrista ainda possui uma forte ligação com o nosso Brasil, pois além de já ter feito diversas apresentações por aqui, ele é casado com uma brasileira.

Com uma extensa carreira solo que já contabiliza 21 álbuns, Kotzen chega em 2017 munido com Salting Earth, pronto para satisfazer os amantes da “hardera”, inclusive fãs do Poison. Com exceção de uma breve participação de sua esposa em Make it Easy, fazendo vocais de apoio, todos os instrumentos são tocados por Richie, mostrando sua conhecida habilidade como multi-instrumentista e compositor. Além, é claro, de todas as vozes.

O estilo não mudou muita coisa, continua aquele hard rock com toques de blues, como conferimos em End of Earth, e Thunder, responsáveis pelo lado mais pesado. Já em Grammy, Richie revisita seus dias de Stand (clássico do Poison), o que agradará bastante aos antigos fãs. Vale destacar também o seu belo timbre de voz, que remete a nomes como Sammy Hagar e Dee Snider.

Mas o ápice do álbum fica por conta de Divine Power. Nela, o ouvinte encontrará tudo o que foi dito aqui em uma só canção, com direito a um apoteótico solo de guitarra, repleto de “feelin” blues que só os guitarristas da velha guarda conseguem criar, fazendo brilhar os olhos (e ouvidos) de diversos aspirantes ao instrumento mundo afora. Confira imediatamente!

Nota: