Resenha: Quiet Riot – Road Rage

GUILHERME ZEINUM

Há quem duvidasse, mas o Quiet Riot está de volta! Cercado de dúvida e polêmica, o 13º álbum de estúdio do grupo finalmente viu a luz do dia. Após demitirem o vocalista Seann “Tarsha” Nicols (ex-Adler’s Appetite), insatisfeitos com seu desempenho, o cantor e compositor James Durbin foi recrutado para assumir o posto. Assim, o lançamento de Road Rage foi adiado e o disco foi regravado por inteiro com o novo membro da família. Bem provável que a correria toda com os prazos tenha afetado o processo de produção, principalmente a mixagem, que apresenta alguns erros um tanto grosseiros.

A música de trabalho, Can’t Get Enough, traz um hardão empolgante com guitarras distorcidas. É o cartão de visitas de Durbin, que solta agudos impressionantes, já vistos e admirados desde a época em que brilhava no reality show musical American Idol. Getaway é outro petardo que mostra todo o poderio vocálico do novato junto a um instrumental fantástico. A peculiar Roll this Joint tem uma levada totalmente setentista, um blues rock de altíssima qualidade com belos solos executados pelo experiente guitarrista Alex Grossi.

Outros destaques são a psicodélica Still Wild, a bluesada Make a Way e a balada heavy The Road. Os veteranos Frankie Banali (bateria) e Chuck Wright (baixo) formam a cozinha eficiente de sempre, que é o diferencial do quarteto californiano.

Com o heavy metal sempre presente em seu som desde os primórdios do Quiet Riot com os finados ídolos Randy Rhoads e Kevin DuBrow, Road Rage é visivelmente bem mais puxado para o hard rock americano dos anos 1970 e 1980, aproveitando a versatilidade do novo vocalista, que também segura ao vivo os clássicos da era Metal Health – sem descaracterizá-los – como poucos conseguiriam. A escolha foi acertada, mais entrosado e maduro, Durbin certamente ajudará a manter vivo o legado de uma das bandas mais lendárias do hard/heavy mundial.

Nota: