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Hora da tradução: Piano Man – Billy Joel

RICARDO AMARAL

Quer você queira ou não, é a hora da tradução. Piano Man, do Billy Joel. Eu sempre achei que era diferente quando se tratava de pop rock e sua história, mas essa história teve fim em 1997. Vera e eu partimos para Atlanta, Georgia, para visitar minha cunhada Rosana e meu cunhado Ricardo. Aliás, o primeiro Ricardo a incomodar meu sogro. Duas filhas e dois Ricardos. Ele não merecia tal sorte.

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Bom, uma noite saímos para um bar, daqueles com um pianista que simplesmente domina a multidão e mexe com cada pequena vida a se alegrar por uma noite. De repente, uma introdução… E ele começa a cantar e, tipo assim, o bar inteiro cantou junto. Sabe, tipo Love of my life do Queen? Mas que canção era aquela. Era totalmente Dylan e Ricardo virou-se e afirmou (na verdade questionou): “Não é Bob Dylan”? Eu prontamente disse que se fosse eu era um ignorante, pois já havia lido um livro, à época, com mais de 600 páginas de canções e poesias de Dylan. Que som era aquele? Prestei atenção na letra e fiquei boquiaberto.

Ricardo, local e melhor entendedor de inglês do que eu, disse que pra todo mundo conhecer a música tinha que ser famosa. Era o fim de Ricardo Amaral. Como eu não podia saber o que ele cantava.

Nos próximos dias, como capricorniano da breca, eu explodi em ansiedade e não sosseguei enquanto não descobri.
Foi um tal de entrar em loja de CD (que saudade 2. A 1 ainda é a loja de discos) e ridiculamente perguntava para os rednecks locais: “You know…. la, la, ladida, lala…… sing as a song…”

Nada. E assim retornei ao Brasil e tive minha dúvida solvida pelo Nicola, meu camarada, que falou: “ P… Amaral. Piano Man, Billy Joel. Peraí que tu já leva o CD”.

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Assim, eu que achava que nada além de Just the way you are e My life entraria na história de minha vida, aí está uma das canções biográficas mais lindas da história da música, tirando ELES, lembrem-se sempre.

Quer vocês queiram ou não, é a hora da tradução. Agora coloquem a música e sigam….
PS. Vejam a coincidência com a descrição do bar…. incrível.

PIANISTA – Billy Joel
São nove horas de um sábado
A multidão de sempre se mistura
Tem um velho homem sentado ao meu lado
Fazendo amor com sua tônica e gim
Ele diz, “Filho, você pode me tocar uma lembrança?
Não tenho bem certeza da letra
Mas ela é triste e doce e eu a sabia inteira
Quando ainda vestia roupas de jovem.”
La la la, de de da
La la, de de da da da

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Cante-nos uma canção, você é o pianista
Cante-nos uma canção esta noite
Bem, nós estamos dispostos a ouvir uma melodia
E você nos fez sentir bem
Agora, John, do bar, ele é meu amigo
Ele me dá bebidas de graça
E ele é rápido com uma piada ou acender seu cigarro
Mas há outro lugar que preferiria estar
Ele diz: “Bill, eu acho que isto aqui está me matando.”
Enquanto o sorriso foge de seu rosto
“Bem, estou certo que poderia ser uma estrela de cinema
Se eu pudesse cair fora desse lugar.”
Oh, la la la, de de da
La la, de de da da da
Então, Paul é um corretor de imóveis inspirado,
Que nunca teve tempo para uma esposa
Ele está conversando com David, que ainda está na marinha
E provavelmente ficará lá a vida inteira
E a garçonete faz sua política
Enquanto homens de negócios vagarosamente se embriagam,
Eles estão dividindo uma bebida que chamam de “solidão”
Mas é melhor do que beber sozinho.
Refrão
É uma multidão muito boa para um sábado
E o gerente me dá um sorriso
Porque ele sabe que é a mim que eles têm vindo ver
Para esquecer da vida por um momento
E o piano, soa como um carnaval
E o microfone cheira à cerveja
E eles sentam no bar e colocam gorjetas em meu jarro
E dizem, “Homem, o que você está fazendo aqui?”
Oh, la la la, de de da
La la, de de da da da

A história dos músicos de bar, classe que me orgulho de ter pertencido, é sempre muito parecida. Carregamos, quase todos (eu pelo menos), um sentimento ambíguo que alterna nossa vida entre êxtase e a frustração.

No palco tudo se transforma em emoção. Cada sorriso, aplauso ou simplesmente aquele solitário que cerra os olhos e tenta cantarolar a letra que um dia fez parte significativa de sua vida, nos transforma em gigantes; feiticeiros; Oz!

Mas a verdade é que esta estrada de tijolos amarelos não leva muitos a reino de Oz. Ao contrário, é repleta de injustiças e humilhações. Mas tenho muita saudade…

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