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Lançamentos – Decrepit Birth, Foster the People e Goldfinger

Decrepit Birth – Axis Mundi (por Cláudio Azevedo)
Impressionante o peso que esses caras conseguiram arrancar dessa gravação. Sempre que se  imagina que não há mais nada a fazer em relação à potência sonora, surge um novo petardo para nos fazer mudar de opinião. Pois Axis Mundi, quarto álbum dos californianos do Decrepit Birth, é um turbilhão de velocidade, peso e distorção. O que não impede as canções de estarem recheadas de mudanças de tempo inusitadas, solos complicados e tudo mais o que manda a cartilha do chamado technical death metal.

Há quem diga que as produções atuais, extremamente polidas, tiraram bastante do charme do metal extremo, pois a brutalidade se tornou algo gratuita. É um argumento válido, afinal a estética dos primórdios do estilo jamais será alcançada novamente, sinal dos tempos. Porém, quando porradas insanas como Hieroglyphic e The Sacred Geometry começam a rugir, não há outra opção a não ser mergulhar na demência sonora desses carniceiros americanos. A musicalidade do grupo lembra um pouco Rivers of Nihil, outra bandaça atual de brutal death.

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E os covers para Desperate Cry (Sepultura), Orion (Metallica) e Infecting The Crypts (Suffocation) ficaram não menos que magníficos. Matt Sotelo (guitarra), Bill Robinson ( voz, ex-Suffocation), Sam Paulicelli (bateria) e Sean Martinez (baixo) formam esse time de artilheiros do death metal.

Goldfinger – The Knife
Nove anos foi o tempo que esperamos por um álbum novo do Goldfinger. E o líder da banda, John Feldmann, não nos decepcionou. Para gravar The Knife, o frontman convocou um novo line up de peso, com Travis Barker (bateria, blink-182), Mike Herrera (baixo, MxPx) e Phil Sneed (guitarra, Story of the Year). São 13 canções que resgatam bem o clima ska punk da banda.

Am I Deaf, que havia sido revelada em 2013, o skazinho Tijuana Sunrise, Get What I Need e See You Around, com Mark Hoppus (blink-182) dividindo os vocais com Feldmann, são os grandes destaques do álbum.

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Tá estranhando a presença de dois terços do blink-182 no álbum? Não estranhe, é natural. Feldmann produziu o elogiado California, último álbum do trio californiano. E a influência do tri composto por Mark, Travis e Skiba aparece com força em duas faixas do álbum do Goldfinger, Put The Knife Away e A Million Miles.

Foster The People – Sacred Hearts Club
Estranho inicialmente, o novo álbum do Foster The People torna-se gradativamente envolvente ao dispor de bons refrões sem fugir tanto do que o grupo já mostrara em trabalhos anteriores. Talvez um fator marcante seja o bom uso de efeitos de voz e afins, já que estes colaboram para o preenchimento melódico como um todo.

Destaque para as faixas Static Space Lovers, Sit Next To Me e Lotus Eater – canções que claramente um passo a frente do álbum no geral.

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