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Breakdown - Danielle Cameira

Memphis May Fire e o lado “mocinho” do metalcore

Como toda boa história é composta por mocinhos e vilões, no metalcore não teria porque ser diferente. Mas fique tranquilo. A alcunha de vilã, para muitas delas se refere apenas à identidade que elas assumem, sonoridade, aparência e letras. Como colocar no mesmo grupo algumas bandas como: Motionless in White e Pierce The Veil, Suicide Silence e Sleeping in Sirens?

Nesse sentido, o Memphis May Fire, banda de Nashville, Tennessee, formada por Matty Mullins (vocal), Jake Garland (bateria), Kellen McGregor (guitarra) e Cory Elder (baixo), se coloca como um grupo formado por mocinhos que, desde 2006, tem a consciência de que são muito mais do que apenas uma banda. Seu trabalho inspira e tem influência na vida de quem os ouve. A banda lançou o clipe de Wanting More, do seu último álbum This Light I Hold, no último dia 27 (veja abaixo).

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O próprio Memphis May Fire se descreve como “um som de esperança e compaixão entregue por um grupo de homens dedicados a lutar por algo maior do que o mundo ao seu redor. É um chamado para aqueles que insistem em melhorar cada vez mais a si mesmos, as pessoas que amam e as condições que afligem o mundo. Não se trata de políticas divisórias, não é sobre polarizar o debate – é sobre transcendência do amor através do rock pesado”.

Dito isso, é de se imaginar que as letras versem sobre amor, esperança e tragam mensagens de superação – tudo isso sem deixar de lado o som pesado do metalcore. Isso porque muitos de seus integrantes sofreram algum tipo de desafio quando mais jovens, poucos acreditavam que um dia conseguissem se tornar uma banda de sucesso. E esse é o combustível que os move até hoje. O desejo é sempre passar mensagens de empoderamento para que todos consigam superar as dificuldades que a vida impõe.

Outro ponto muito interessante sobre o Memphis May Fire é que, junto de outras bandas como Sleeping With Sirens, Pierce The Veil e A Skylit Drive, o vocalista tem uma voz muito aguda – o que dá um tom todo especial ao MMF. Mas isso não quer dizer que os gritos de Matty Mullins não sejam graves o suficiente – a sua voz é incrível.

Sleepwalking (2009)

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A banda foi formada apenas Kellen McGregor e outros três integrantes que saíram da banda quase simultaneamente nos seus primeiros meses de formação. Antes, lançaram um EP com o nome da banda que recebeu muitos elogios.

Por isso, o MMF não podia parar. Logo chegaram outros membros e, entre eles, Matty Mullins, que deu o gás necessário para o lançamento do primeiro álbum da banda, em 2009. Sleepwalking chegou agressivo, perigoso e com vocais limpos impecáveis.

Ghost In The Mirror, inclusive, foi escolhida para fazer parte da trilha sonora de Jogos Mortais VI. Além dessa, vale a pena escutar Quantity Is Their Quality, North Atlantic vs North Carolina e You’re Lucky It’s Not 1692.

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The Hollow (2011)

Mais pesada e mais gritada do que no último álbum, a banda trouxe um som mais sério neste trabalho. Foi o primeiro lançamento do Memphis May Fire pela gravadora Rise Records, o que proporcionou ainda mais prestígio e alcance perante o público. No total, são dez músicas excelentes, todas iniciadas por “The”.

The Sinner é minha música favorita do álbum, mas outras três músicas ótimas são The Redeemed, The Deceived e The Victim.

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Challenger (2012)

Não preciso ser imparcial, então tenho o orgulho de dizer que este é meu álbum favorito do Memphis May Fire. Músicas bem balanceadas entre os gritos e os vocais limpos, refrões marcantes e mensagens fortes. É um álbum para se cantar do início ao fim.

Legacy é meu hino (risos) e até fiz uma tatuagem para eternizar a música. Prove Me Right, Alive In The Lights e Losing Sight também são incríveis e têm ótimas letras, vale a pena procurar as traduções. Esta última música que mencionei tem participação de Danny Worsnop, vocalista do Asking Alexandria.

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Unconditional (2014)

Dando uma boa sequência ao sucesso que foi o Challenger, o Memphis May Fire também caprichou nas letras e músicas do Unconditional. Em muitas delas, inclusive, é possível notar a orientação cristã de Matty Mullins e alguns integrantes da banda e que rege a carreira solo do vocalista.

Divinity é uma música de tirar o fôlego de linda. Speechless, No Ordinary Love e Beneath The Skin são lindas e merecem ser ouvidas (sério).

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This Light I Hold (2016)

Posso dizer que o último álbum lançado pelo MMF não me surpreendeu de imediato. As primeiras vezes que pude ouvir, acreditava ser só “um pouco mais do mesmo”. Mas precisei ouvir muitas e muitas vezes para sentir que estava errada. É um álbum incrível que só prova o quanto esta banda é capaz de nos entregar músicas com mensagens importantes.

O clipe de Wanting More está fresquinho e saiu do forno há pouco. That’s Just Life, Carry On, Out Of It e The Enemy valem o seu play!

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