Em um momento super especial da sua carreira, o músico Rubel celebra o sucesso de seu primeiro disco, “Pearl”, se despedindo dele com a turnê “Valeu, Pearl” pelo Brasil enquanto trabalha no seu novo projeto fonográfico. O álbum de 3 anos de idade com 7 faixas autorais foi responsável por uma reviravolta na vida deste artista independente, fazendo com que, mesmo sem gravadoras nem distribuidoras, suas músicas tivessem literalmente milhões de acessos na internet.

Para te contar mais sobre toda essa história e as novidades que Rubel está planejando para o ano que vem, bati um papo com ele e tá tudo aqui neste post. Vem!

 

Rubel - Pearl

 

ISABELA TAYLOR: Eu fui estudar sobre a sua carreira e achei impressionante o tamanho que a sua carreira ganhou já no primeiro disco. O tamanho das plateias, dos shows pelo Brasil… parabéns!

RUBEL: Obrigado! Eu também fico surpreso às vezes.

IT: E o que você acha que explica isso? O gênero que você toca? O fato de você cantar em português?

R: Olha, é uma boa pergunta! Eu penso muito sobre isso quando eu bato na porta das pessoas para fazer elas me ouvirem. Porque que é especial, né? Porque que esse disco chega até as pessoas?  Eu acho que é muito por causa da verdade que eu coloquei nas músicas. Ele (o disco “Pearl”) foi feito num período de muita descoberta na minha vida, de muita transição. Eu tava com mais ou menos 20 anos e precisava muito botar aquelas músicas no mundo, falar daqueles assuntos e aquilo é tão pessoal, tão particular… que, por ser tão íntimo mesmo, quase como se fosse um diário que eu tô expondo pro mundo, eu acho que as pessoas se identificam muito. Por isso também que o disco não fica velho! Ele já tem 3 anos e ele continua ganhando mais força com o tempo, o que é incomum, na verdade. Geralmente os discos bombam e depois de 2 anos as músicas vão perdendo a força, né? Mas com esse disco aconteceu justamente o contrário.

IT: Ou então o artista muda no meio do caminho, amadurece, e aquele disco fica datado porque não representa mais aquela pessoa. Mas talvez o seu trabalho tenha pegado justamente o seu amadurecimento….

R: E tem uma coisa que quanto mais particular é uma história, mais universal é o alcance dela. Eu acho que tem muito disso…

IT: É verdade. E o público se identifica muito. Um exemplo disso é o clipe de “Quando Bate Aquela Saudade”, onde as pessoas cantam a sua música e, de alguma forma, encaixam na vivência delas uma coisa que foi a sua vivência… e dirigido por você, ainda por cima!

R: Isso! Fui eu mesmo quem dirigiu.

IT: E como é que é dirigir o clipe do seu próprio trabalho?

R: É incrível porque é uma das poucas oportunidades que eu tenho de mostrar para as pessoas a visão que eu tenho da minha música. Porque você coloca a música no mundo e cada pessoa interpreta de um jeito, né? Essa música foi muito vista como uma música romântica, “fofinha” e tal… e isso me incomodava bastante porque eu achava que ela era a música mais densa de todas, mais triste até. Porque ela falava da saudade de uma forma mais intensa e eu queria fazer as pessoas enxergarem a música como eu enxergo, sabe? E aí o clipe foi uma ferramenta pra isso e funcionou muito. Ajudou as pessoas a perceberem a música de uma maneira diferente.

IT: Eu achei que deu mais força pra letra.

R: É, porque tira daquela ideia de ser uma música necessariamente romântica, de uma história de amor, e passou para uma coisa mais universal ainda sobre a falta, sobre a saudade. 

 


IT: 
Eu vi também que você dirigiu o clipe da música “O Peso do Meu Coração”, do Quinho. Isso aconteceu por causa do seu clipe?

R: Eu me formei  em cinema. Sempre quis fazer cinema, na verdade. Eu queria juntar cinema com música, fazendo clipe e o do Quinho foi primeiro que dirigi.

IT: Que legal! É bom que você vai se adaptando, ganhando cada vez mais uma linguagem própria.

R: Total! Eu aprendi muito com esse clipe do Quinho. Eu acho que não teria feito o meu se não tivesse feito o dele antes.

IT: Tem isso também. Precisa começar de algum lugar. Um pontapé inicial.

R: Exatamente! Nem que seja pra errar! Você aprende sempre.


IT: 
E me conta, como está sendo se despedir do disco “Pearl”?

R: Tá sendo muito bom! Acho que o ciclo já está se fechando. Acho que finalmente o disco tá ganhando o reconhecimento que ele merece e eu já tô pronto pro novo. Não vejo a hora de começar a gravar, de tocar novas músicas. Eu sinto que tá tudo acontecendo na hora certa!

IT: Mas você já está compondo, trabalhando no disco novo?

R: Já, eu tô trabalhando no disco novo há um ano, mais ou menos, compondo… e a gente já começou a gravar algumas coisas.

IT: E o que o público pode esperar desse novo trabalho? Vai ser algo próximo do “Pearl” ou você está enveredando por outros caminhos, pensando em outras coisas?

R: Eu acho que é um pouco dos dois. A ideia é fazer uma continuação do “Pearl”, não abandonar o caminho que ele tá percorrendo, mas, ao mesmo tempo, fazer um negócio totalmente novo que é misturar o meu som com hip-hop.

IT: Nossa, vai ficar bem interessante porque a sua sonoridade é tão folk, e o hip-hop é tão urbano… vai ser um contraste bem único!

R:
Eu tô apostando muito nisso! Acho que a ideia de contar história continua. O primeiro disco é muito baseado nisso. Agora vou continuar contando histórias mas com uma outra linguagem, trazer uma outra cara, incorporar batidas, chamar convidados que já fazem rap, participações especiais.

IT: E já tem alguma previsão de lançamento?

R:
A ideia é lançar entre março e abril de 2017. Estamos trabalhando pra isso.

 

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IT: Você toca no Ibirapuera nessa semana, não é? Tá empolgado?

R: Isso, dia 5 de novembro. Nossa, tô empolgado demais! Os ingressos esgotaram em 5 horas! E aquele lugar é muito lindo, um dos palcos mais bonitos que eu já vi! Tem um negócio especial lá. A gente vai tocar no Circo Voador também, que também é uma casa que eu sempre quis tocar, um clássico, né? Nessa turnê a gente tá conseguindo alcançar todos os sonhos, todos os lugares que eu sempre quis tocar. Eu pensava: “Quero muito tocar nesse lugar!” e agora a gente tá chegando então é a despedida perfeita para esse disco.

IT: E esse show do Circo também esgotou ou a gente ainda pode correr atrás de ingresso?

R: Ainda falta um pouquinho mas tá indo bem! Aparece lá!

 


E AÍ, VAMOS?

Os ingressos do show do Rubel com abertura do Castello Branco no Circo Voador (RJ) estão disponíveis aqui.
Mora em outra cidade? Então fique ligado nas outras datas da turnê “Valeu, Pearl”.

O que? Ainda nem ouviu o “Pearl”? Então vem pra loja do Rubel para comprar o seu! Você também pode fazer o download no site dele, ou correr pro serviço de streaming que você mais ama, porque ele com certeza está lá… ele está em todos os lugares!