Entre o estilo minimalista do início de carreira à maturidade musical, Lana Del Rey acerta em cheio com seu novo lançamento. Norman Fucking Rockwell está entre nós e já é um fenômeno.
O clima nostálgico que já faz parte de sua identidade converge com o frescor de uma artista pop criativa. O álbum aposta em melodias frescas, que se entrelaçam à voz sempre doce de Lana.
Entre os toques do piano, fala sobre mudanças, crescimento, solidão, inspiração. Traz as sensações à flor da pele, uma emoção que prevalece entre todas as faixas. Ao mesmo tempo, trata de forma satirizada determinados pontos da cultura americana, como em The Next Best American Record.
Outra canção de posicionamento mais firme é The Greatest. A psicodelia romantizada da faixa combina com o pessimismo sobre a situação política dos EUA, além de citar Bowie para falar dos descasos climáticos.
Com o tom desbocado, regado a palavrões nos títulos, Lana quebra o retrato da garota doce para assumir a postura da mulher coletiva. Espelha diferentes retratos femininos a cada canção. Mesmo sem o tom ativista que era esperado em seus versos, ela toca nos temas importantes (claro, de forma bem melancólica).
Norman Fucking Rockwell está disponível em todas as plataformas digitais.
Projeto seguinte
Mal estreou e já está lançando mais? Pois é! Lana Del Rey está num ritmo criativo intenso. Prova disso é a confirmação do sucessor de Norman Fucking Rockwell.
Em entrevista para The Times, a cantora afirmou já ter escrito algumas partes e revelou o título do próximo disco.
“Chama-se White Hot Forever. Eu sinto que provavelmente será um lançamento surpresa em 12 ou 13 meses. Estou muito agitada agora. Não quero descansar”.