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O Rappa volta a Santos nesta sexta-feira; Confira entrevista com o guitarrista Xandão

CARLOTA CAFIERO

“Pra quem tem fé/A vida nunca tem fim”, canta O Rappa, na música Anjos (Pra Quem Tem Fé), do álbum mais recente, Nunca Tem Fim…, de 2013. Pois no que depender da vontade da banda em seguir em frente, O Rappa terá vida longa.

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O grupo volta a Santos, na sexta-feira, a partir das 22 horas (abertura dos portões), para mais uma apresentação da turnê que leva o nome do disco, dentro da terceira Festa Show Caiçara, na Associação Atlética dos Portuários – depois de um show matador no mesmo local, em julho do ano passado.

A abertura ficará por conta das bandas Trela e Conexão Baixada. O cenário do show será o mesmo do ano passado: com contêineres utilizados como telas para projeção. A realização é da Zero 13 Produtora e do Moby Dick.

Em entrevista para A Tribuna, um dos membros e fundadores da banda, o guitarrista Alexandre Menezes (o Xandão), falou sobre os planos a curto e longo prazos: “Com certeza, vai ser a última vez que vamos passar em Santos com essa turnê. Ainda este ano, vamos gravar um DVD ao vivo, em Recife, com algumas músicas inéditas, mas só voltaremos a fazer turnê de novo em meados do ano que vem, em junho, com outro álbum”.

O guitarrista, que mora em Curitiba, revela que a banda já está em estúdio gravando o novo CD, no Rio de Janeiro – onde ele tem passado as semanas: “A primeira música deve sair depois do Carnaval”.

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Convivendo desde 1993 com o vocalista Marcelo Falcão e o tecladista Marcelo Lobato; e desde 1996 com o baixista Lauro Farias, Xandão comenta que as turbulências de relacionamento entre os integrantes ficaram no passado.

“Estamos há 22 anos juntos, e quem passa todo esse tempo em cima do palco como músico sabe o quão prazeroso e complicado é”, analisa.

Ele explica que o segredo do sucesso é encontrar uma fórmula de respeito e convívio. “Saber conviver é uma arte e essa é a parte mais difícil para uma banda. Acho que casamento é mais fácil, e olha que estou no terceiro”, compara.

Por causa do desgaste entre os integrantes, entre o penúltimo (7 Vezes) e o álbum mais recente, O Rappa ficou sete anos longe dos estúdios.

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“A gente sempre foi emendando turnê com disco. Não parávamos nem um pouco para respirar, ficar com a família, viajar. Uma rotina de trabalho constante que desgastou muito as relações”, lembra Xandão.

Além de se darem intervalos maiores de descanso, os músicos mudaram a maneira de compor novas músicas. Desde o disco Nunca Tem Fim… Xandão conta que cada músico tem um estúdio em casa e tempo para produzir separadamente.

“Após nossa parada de dois anos, descobrimos uma coisa em cada um de nós que foi muito legal, que é a composição individual. Estamos escolhendo material de todo mundo para gravar. Antes, fazíamos as músicas todos juntos, no estúdio”, lembra.

Agora, cada integrante da banda chega ao estúdio com seu material individual. “É muito bacana. Tenho escutado coisas fantásticas do Lauro. Ele tem que gravar um disco solo imediatamente”, elogia o guitarrista, que tem seu selo próprio, Caroço, e produz bandas paranaenses.

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Talentos individuais
O guitarrista aproveita para lembrar histórias e características de cada músico, que fazem da sonoridade da O Rappa uma coisa única e difícil de classificar (é rock, rap, reggae, MPB).

“Somos quatro pessoas vindas de formações musicais diferentes. Eu de uma linhagem jazzística e instrumental. O Falcão, de compor com voz e violão. O Lauro, de uma família de músicos, com ênfase no reggae; e o Lobato, da música africana. Aliás, ele tem histórias maravilhosas. Vendeu uma Caravan para fazer aula de iorubá. O primeiro disco da banda dele é todo cantado em iorubá”, conta Xandão.

Todos eram músicos da noite, menos Falcão. “Ele foi pescado num anúncio que colocamos no jornal O Globo (RJ), pois procurávamos um vocalista. Vieram várias pessoas fazer o teste e Falcão foi o último a chegar, todo esbaforido. Isso foi em 1992”.

Documentário e livro
Baseado nas histórias vividas com O Rappa, Xandão revela vontade de fazer um documentário, um livro e até uma exposição sobre a banda. “O Rappa tem história para contar, e o Lobato é colecionador de objetos que só um fã acharia graça. Ele guarda tudo da banda”.

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Serviço – Rua Joaquim Távora, 424, Santos. Ingressos: de R$ 80,00 (lote 1, pista, inteira) a R$ 700,00 (lote 1, camarote, inteira), no site www.guicheweb.com.br. Censura: 18 anos (com apresentação do
RG original). Informações: 3327-9352.

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