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Oscar 2019: Bohemian Rhapsody, Green Book, Pantera Negra e Roma entre os mais premiados

A 91ª edição dos Academy Awards, realizada na madrugada desta segunda-feira (25), reuniu alguns dos melhores filmes do ano entre homenagens equilibradas. A cerimônia contou com novidades e boas surpresas, acendendo novas possibilidades para o futuro da premiação.

A abertura do evento contou com uma apresentação explosiva do Queen, que tocou We Will Rock You e We Are The Champions com Adam Lambert nos vocais. Com a ausência do comediante Kevin Hart, anteriormente escalado como mestre de cerimônias, a Academia optou por deixar o cargo vago. Ao invés de um único apresentador, cada categoria foi apresentada por diferentes atores, levando celebridades como Jason Momoa, Emilia Clarke, Paul Rudd, Sarah Paulson e Michael B. Jordan ao palco do Dolby Theater.

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A responsável pela principal entrega da noite foi Julia Roberts, que concedeu a Green Book: O Guia o prêmio de Melhor Filme. Além desta categoria, o filme também levou como Roteiro e Ator Coadjuvante, coroando Mahershala Ali, vencedor de seu segundo Oscar na categoria, como um dos atores mais valiosos desta geração.

“Fizemos este filme com amor, e respeito. A história toda é sobre amor, é sobre amarmos uns aos outros apesar das diferenças e descobrir a verdade sobre quem somos, somos as mesmas pessoas”, afirmou o diretor Peter Farrelly em seu discurso de agradecimento.

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Bohemian Rhapsody e Roma saíram como os mais premiados. A cinebiografia do Queen, que acompanha a história de Freddie Mercury, faturou boa parte dos prêmios técnicos, incluindo Edição, Mixagem de Som e Edição de Som. O grande trunfo foi na categoria Ator, que consagrou Rami Malek, favorito da temporada. Em seu discurso, Malek agradeceu sua família e também ao Queen, além de comentar um pouco de sua história.

“Sou filho de imigrantes do Egito, de primeira geração. Parte da minha história está sendo escrita agora. E não poderia ser mais grato a todos que acreditaram em mim”.

O triunfo de Roma trouxe paixão e autenticidade ao palco da premiação. O drama do diretor mexicano Alfonso Cuarón, produzido pela Netflix, era um dos favoritos. Levou as estatuetas de Filme Estrangeiro, Diretor e Fotografia. Para Cuarón, que retratou suas memórias de infância no filme, foi importante direcionar o olhar para pessoas que são historicamente deixadas para trás, como a protagonista Cleo, interpretada pela atriz estreante Yalitza Aparicio. Cuarón recebeu a estatueta de Diretor das mãos de Guillermo Del Toro, vencedor da última edição do Oscar e um de seus amigos. Junto a Alejandro González Iñárritu, eles completam a tríade de cineastas mexicanos em maior relevância nos últimos anos.

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A Netflix também levou para casa a estatueta de Melhor Documentário em Curta-Metragem com Absorvendo o Tabu, filme que fala sobre menstruação e autonomia feminina na Índia. Com temática impactante, o curta reforça a importância de produções femininas no Oscar, uma das demandas levantadas na edição anterior do evento. A conquista destes prêmios pela Netflix dá incentivo a novas formas de se fazer cinema, tornando o streaming cada vez mais independente e quebrando as barreiras do tradicionalismo nas premiações.

O diretor Spike Lee levou seu primeiro Oscar pelo Roteiro Adaptado de Infiltrado na Klan. Entusiasmado, pulou no colo do colega Samuel L. Jackson, que anunciou sua vitória, e vibrou pela importante conquista. Em seu discurso, comentou sobre as eleições americanas e mobilizações sociais.

“É uma escolha moral. Do amor sobre ódio. Vamos fazer a coisa certa”, citou o diretor em referência ao próprio filme.

Pantera Negra surpreendeu e conquistou muitos prêmios, como o Oscar de Figurino, Trilha Sonora Original e Direção de Arte. Em seu discurso, a figurinista Ruth E. Carter afirmou: “Marvel criou o primeiro super-herói negro, mas com o nosso figurino, o transformamos em um rei africano”.

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Outro filme de super-herói premiado na cerimônia foi Homem-Aranha no Aranhaverso, que conquistou a estatueta de Animação. No discurso de agradecimentos, o cineasta Phil Lord ressaltou o valor da animação: “Quando ouvimos que o filho de alguém estava assistindo ao filme e dizendo ‘ele se parece comigo’ ou ‘eles falam espanhol como nós’, nós já vencemos”.

A Favorita, um dos filmes com maior número de indicações, foi o menos premiado. Levou para casa apenas o Oscar de Melhor Atriz, para Olivia Colman. Emocionada e surpresa, Olivia pediu desculpas a Glenn Close – a “verdadeira favorita” na categoria – por ter vencido. Já em Atriz Coadjuvante, Regina King confirmou as apostas, levando por sua brilhante performance em Se a Rua Beale Falasse. Indicada pela primeira vez em sua carreira, Regina agradeceu o caminho traçado por todas as atrizes do passado que tornaram este caminho possível às mulheres.

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Shallow também confirmou as expectativas da noite e foi a grande vencedora de Canção Original. Interpretada por Lady Gaga e Bradley Cooper no filme Nasce Uma Estrela, a música era a mais cotada para o prêmio. A forte química na apresentação da dupla acendeu especulações pela internet. Gaga agradeceu pelo prêmio e comentou sobre as batalhas que enfrentou.

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“Não é sobre ganhar, é sobre não desistir. Se você tem um sonho, lute por ele”. Com esta vitória, Gaga tornou-se a primeira artista a vencer o Oscar, Globo de Ouro, BAFTA e Grammy no mesmo ano.

Vice venceu apenas em Maquiagem e Penteado. De sete nomeações, o longa baseado na história do vice-presidente americano Dick Cheney não teve campanha forte o bastante para conquistar a premiação.

O Primeiro Homem, dirigido pelo premiado Damien Chazelle, passou batido nas indicações: a histórica jornada de Neil Armstrong para tornar-se o primeiro homem a pisar na lua contou com apenas três indicações e só venceu uma, em Efeitos Visuais.

A noite celebrou dois recordes poderosos: contou com o maior número de prêmios para profissionais negros e para mulheres. Foram 22 estatuetas inéditas, como de Ruth E. Carter e Hannah Beachler, que se tornaram as primeiras mulheres negras a vencer nas categorias de Direção de Arte e Figurino, ambas por Pantera Negra.

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Questionada anteriormente pela falta de representatividade, a Academia tem se esforçado em trazer indicações mais diversas desde 2017, quando premiou Moonlight como o Melhor Filme do ano. A cerimônia contou com vitórias poderosas e discursos marcantes sobre imigração e preconceito. Com um brilho muito mais autêntico, esta edição dos Academy Awards encerra a temporada de premiações com saldo positivo e boas perspectivas.

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