O tempo voa! Em breve, o último álbum da banda australiana de metalcore, Ire, apagará as velinhas do seu segundo aniversário. Mas o Parkway Drive não perde tempo. Em entrevista ao canal Morecore.tv, o vocalista Winston McCall afirmou que o novo trabalho está cerca de 70% concluído.
E, apesar das expectativas para que a banda mantenha sua fórmula do sucesso – o mesmo obtido com os últimos discos Atlas e Deep Blue -, a banda já deixou avisado que o próximo som será um pouco diferente do que os fãs estão acostumados. Eles voltarão mais agressivos e refinados do que nunca.
“Nós fomos ainda mais fundo com novas ideias, mas as coisas que nós sempre amamos sobre a banda, só as refinamos e as tornamos mais agressivas, com mais impacto e mais afirmativas. Então nós não estamos deixando as coisas para trás, mas definitivamente nós não ficaremos no mesmo lugar”
-Winston McCall, vocalista
Então, enquanto nós aguardamos pelo disco que ainda não tem previsão de lançamento, já que eles ainda precisam voltar ao estúdio para finalizá-lo, que tal relembrar algumas músicas importantes dos trabalhos anteriores?
Surgida em 2003 e batizada com o nome da rua onde ficava o estúdio onde ensaiavam e tocavam em Byron Bay, o Parkway Drive não é uma banda de metalcore comum. Ao contrário do que é considerado normal neste sub gênero, a banda não contrasta os gritos do vocalista com alguma voz mais limpa.
E, ao lado de outras bandas como While She Sleeps e The Amity Affliction, foi uma das que conseguiu quebrar o eixo Estados Unidos – Inglaterra e conquistar fãs ao redor do mundo.
Killing With a Smile (2006)
Este foi o primeiro álbum de estúdio da banda. Dois anos antes, o lançamento do EP Close Your Eyes lhes rendeu a oportunidade e o reconhecimento para tocar ao lado de bandas como Adestria, Hatebreed e Alexisonfire pelo país. Naquela época, eles não achavam que um EP fosse levá-los tão longe.
As músicas que eu mais gosto do álbum são Anasasis (Xenophontis), Romance is Dead, A Cold Day In Hell e It’s Hard To Speak Without a Tongue. Esta última, especialmente, soa exatamente como os álbuns seguintes da banda.
Horizons (2009)
Mais acelerado e pesado em algumas músicas do que o Killing With a Smile, foi um álbum muito bem recebido pelo público e a crítica. Entre as músicas mais importantes do álbum, estão Horizons, Dead Man’s Chest e Boneyards.
A Deluxe Edition deste álbum trazia dez faixas ao vivo, com músicas do atual disco e do último também.
Blue (2010)
Este é um álbum muito importante do Parkway Drive. Foram as primeiras músicas que ouvi da banda e também muitas das que mais gosto. Ainda durante a gravação, o vocalista havia afirmado que o Deep Blue seria o álbum mais pesado e cru da história da banda. Mas mais do que isso, para mim este álbum mostrou músicas mais melódicas da banda e breakdowns inesquecíveis.
Para conhecer o álbum, vale a pena escutar Leviathan I, Wreckage, Sleepwalker, Deadweight e Home is For The Heartless – minha favorita.
Atlas (2012)
Mais um álbum do Parkway Drive com breakdowns inesquecíveis. No Atlas, é como se eles tivessem refinado as músicas do Deep Blue. São 12 músicas incríveis. Sleight Of Hand, The Slow Surrender, Wild Eyes, Atlas e Dark Days são as minhas favoritas. Vale a pena conferir.
Inclusive, Dark Days tem um clipe sensacional. Lembro que na época que foi lançado, eu e alguns amigos confirmamos o que havíamos chamado de “Breakdown Nuclear”. O breakdown dessa música é pesado e lento, e a letra fala sobre a destruição da terra e a nossa extinção. Não à toa, durante o breakdown aparece a imagem da explosão de uma bomba nuclear.
Ire (2015)
Em 2015, o Parkway Drive estava no seu auge. Com o Deep Blue e o Atlas, alcançou o público de diferentes partes do mundo, fez uma dezena de turnês e ainda participou da Warped Tour do ano anterior.
O Ire é um álbum mais maduro e com uma sonoridade um pouco diferente do que estávamos acostumados. Mas é incrível, sem dúvida! Lembra que disse que eles eram uma banda de metalcore que fugia dos vocais limpos? Em Writings On The Wall, por exemplo, Winston McCall provou que é capaz de transformar sua voz sem perder a cara da banda.
Se você quer conhecer esse álbum, não pode deixar de ouvir Vice Grip, Bottom Feeder, Destroyer, Dying To Believe, além da própria Writings On The Wall.