FAITH NO MORE, POEMA AZUL SEM CÉU ALGUM
Porque aprendemos a ouvir mesmo velhos
O rock não transcendental
Sem dias transcendentais
Sem caminhos espaciais
No fluxo espero sobre-me alguém que não me custe
Alguém que junto se ilumine
Sem símbolos
Nem címbalos
Nem mesmo sinos
Só o toque do baixo
Do sax
Sem padres e suas abstrações
Ou pastores com suas centelhas
Livre com a melodia duma guitarra lenta
E os pés leves
Com teu beijo entre as mesas
O hálito de teu cigarro tosco
Sem céus e mares bravios
Só a verdade dum bar com cadeiras pra rua
Cadeiras pra rua e olhares de toda gente
Vibrando na esquina amarela de janelas meigas
Celebrar com um sorriso no escuro
Um suspiro de prazer anônimo
Uma prece pelo tempo envolvente
Rosto limpo alma nua
Sem armadilha de aço
Porque a beleza pode ser terrível
No campo dos famintos
Abre os olhos
E tudo não parece mais um pesadelo
Ao brinde Brian
Ao brinde Tom
Ao vento que vem trazendo nos a lua
Para revelar o segredo
Que tem um balcão
Sem polimento
Nem acabamento
Até onde a vista alcança…
(poema livre original)
flavioamoreira@uol.com.br