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Royal Blood: A versatilidade nos graves

Destaque nas Lolla Parties do festival Lollapalooza e na abertura para o Pearl Jam em seu show único no Maracanã, a Royal Blood está com agenda cheia pelo Brasil nesse primeiro semestre. O duo britânico formado em 2013 mistura o tom do hard rock com uma pegada alternativa que conquista nos primeiros acordes. Além de decolar nas paradas britânicas e norte-americanas, a Royal Blood também se tornou queridinha dos festivais, passando pelo Reading, Download, Glastonbury e Coachella.

Contando com Mike Kerr no baixo e vocal e Ben Thatcher na bateria, a Royal Blood trabalha com o peso dos graves em ritmos impossíveis de ignorar. A qualidade e o preenchimento do som é tão impressionante que você esquece que são apenas dois caras tocando. Firme, coesa e cheia de sintonia, a música deles prova que menos é sempre mais… Além de ser uma prova viva de como é possível sair da zona de conforto e trabalhar o baixo com versatilidade.

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O álbum homônimo de estreia, lançado em 2014, foi tanto um sucesso comercial quanto uma obra aclamada pela crítica. Canções como Little Monster e Figure it Out  se popularizaram facilmente, assim como o hit Out of the Black, que abusa do grave e sustenta um ritmo marcante. Com Come On Over, a pegada é mais indecente e desafiadora, combinando perfeitamente com a proposta da letra, que aborda fuga e solidão. Destaque para Blood Hands e Careless, com dinamismo único e um papo de desilusão que não tem como desgostar. Ao vivo, o duo torna-se uma experiência ainda melhor, alinhando energia e química musical.

https://www.youtube.com/watch?v=BTDQpO9D94s

O produtor britânico Tom Dalgety, conhecido pelo seu trabalho com bandas como The Pixies, Simple Minds e Ghost, fortaleceu a essência da dupla e colaborou efetivamente com o sucesso do álbum, que foi indicado a vários prêmios.

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How Did We Get So Dark? (2017) é mais suave, mas mantém a linha de composição proposta no disco de estreia da banda. Sentindo uma leve mistura entre Queens of the Stone Age, Foo Fighters, Jack White, Muse e The Killers, canções como Lights Out, Look Like You Know e Where Are You Now? agitam os ouvidos e garantem a atratividade pelo conjunto completo.

O mistério é um fator importante para Mike Kerr, que evita falar sobre seu processo criativo nas composições para a Royal Blood. Em entrevista para a Bass Player Magazine, em 2017, Kerr descreve a escolha pelo baixo como uma questão de originalidade. “[…] Todo mundo toca guitarra, então o que há de novo nisso? Há muito menos para descobrir na guitarra, menos para explorar. Eu não achava que existissem tantos baixistas com um som bacana, então por que não tentar?”. O baixista admite também nunca ter pensado em tocar guitarra, mas acredita que queria ser um “guitarrista no baixo”, pois seu objetivo principal sempre foi usar e abusar de novidades nas linhas do baixo.

Aliado à Fender, Kerr passou de um Precision antigo emprestado de um amigo para um Gretsch Junior Jet e um  Starcaster, até chegar ao Fender Jaguars customizado que toca atualmente. Entre firulas diferenciadas que mesclam um pouco de Funk (uma ponta da influência de baixistas como Flea, do Red Hot Chili Peppers, no desenvolvimento de Kerr como baixista), efeitos misteriosos que não gosta de divulgar e experimentos com tons variados, o frontman afirma que necessitamos de mais criatividade na indústria musical. Escolhendo o peso em detrimento à complexidade, o único segredo que revela em sua entrevista é a necessidade de um som simples e sujo para conferir o tom adequado às suas canções.

Também conhecidos pelo trabalho com covers, a banda demonstra sua versatilidade ao embalar sucessos como Roxanne, do Police, Happy de Pharrell Williams, Ace of Spades, do Motorhead, entre muitos outros. Com um som excêntrico e pesado, a Royal Blood merece sua total atenção, mostrando-se uma forte influência para os baixistas da nova geração. A seguir, um dos meus covers favoritos pela dupla:

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Onde você pode ter ouvido:

  • Algumas canções da Royal Blood marcaram presença no mundo dos games. Figure It Out, por exemplo, fez parte da trilha sonora de Pro Evolution Soccer 2016. Little Monster e Come On Over estão entre as músicas do Guitar Hero Live, de 2015. Já o hit Out Of The Black aparece no EA Sports UFC, de 2014;
  • O duo também conquistou seu espaço no mundo das séries. Where Are You Now? aparece na trilha sonora de Vinyl, produzida pela HBO. Out Of The Black aparece na série Diários de um Vampiro;
  • Blood Hands esteve na trilha de Insurgente, a continuação da trilogia Divergente, de 2015;
  • Figure It Out fez parte da campanha de divulgação da Samsung, no lançamento do Galaxy Gear S2 e Galaxy Note.

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