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Richard D. James Álbum, uma celebração ao ambient

É, no mínimo, expressivo o número de artistas de ambient music que se proliferaram nos últimos anos, principalmente dentro do eletrônico mainstream – Radiohead, LCD Soundsystem e Hot Chip são alguns dos nomes que, apesar de não serem adeptos natos do gênero, flertam genuinamente com o etéreo e com os beats virtuais. Para que se chegasse até aqui, no entanto, foram necessárias pequenas revoluções dentro do gênero, ocasionadas por pequenos e corajosos artistas (que logo se tornariam gigantes).

Com o revival assíduo dos sintetizadores ocorrido da última década pra cá, a pluralidade excessiva de sons atmosféricos e ramificados pela ambient music pode soar, até mesmo, desgastante quando analisada de perto. Assim como no auge da década de 1980, quando o Yamaha DX7 tomou conta da sonoridade vigente, esse meio de se produzir música chegou nas mãos de grandes ícones da industria. Beyoncé, Ariana Grande e Lady Gaga são alguns dos nomes que, sumariamente, fizeram uso do artifício nos últimos anos e conversaram com esse tipo de sonoridade – mesmo que ela seja inibida pela megalomania da produção exacerbada.

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Foi com o próprio DX7, no entanto, que o irlandês Richard David James, o Aphex Twin, pintou e bordou com a abrangência sonora que um sintetizador pode oferecer. Sua visão do instrumento, que conversa com os passos dados por Brian Eno nas décadas anteriores, abriu portas para muitos artistas pop e experimentais que viam na sonoridade ambiente um enorme espaço para a criatividade musical. A mistura entre loops, batidas freaky, timbres diversificados e ambientações etéreas fizeram do músico um dos mais originais do gênero.

Uma de suas grandes empreitadas mágicas se deu ainda nos anos 1990, quando inaugurou seu Richard D. James Álbum. Longe de ser um álbum comercial, mas paradoxalmente acessível, o disco – integralmente instrumental – é o magnum opus do artista, e caiu como uma luva no imaginário trip-hop que se fortalecia na Europa.

As quebras de ritmo frequentes nas conduções da maioria das músicas conversam com a forma com que o trabalho se cria: em um caos ordenado. A versatilidade abre caminho para diferentes tipos de abordagem do instrumento, fazendo com que cada faixa seja bem delimitada e independente, tornando o disco pouco homogêneo – que é a ideia clichê determinada para os artistas do gênero.

Lançado em um período sombrio, onde o pop punk dominava o mainstream, o trabalho foi um destaque inesperado. Os loops e as batidas, em  sua inconstância, ajudaram a fortalecer o conceito de IDM (Intelligent Dance Music), ou Braindance, nas baladas ao redor do mundo, e nos anos seguintes se tornariam influência clara para discos como o Kid A, do Radiohead.

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https://www.youtube.com/watch?v=HcsEiZGXBYE

Um excelente final de semana para todos!!!

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