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Resenha: Rita Lee – Uma Autobiografia

Roqueiro que é roqueiro sempre vai levantar a bandeira e falar que Rita Lee Jones é a Rainha do Rock Brasileiro. Rita carrega esse título desde a década de 1970, época dos lançamentos de seus melhores álbuns e da parceria com a clássica banda Tutti Frutti.

Rita Lee abriu a vida em sua autobiografia, contando desde um estupro com uma chave de fenda quando criança, passando pela vida de Mutante e sua saída, e o auge do sucesso até os dias de hoje.

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Com um bom humor, uma pitada de sarcasmo e culta, a Rainha entrega a seus fãs histórias curiosas e algumas até surpreendentes, com o caso de quando assistiu um show do Yes, totalmente doidona e teve flashes que se resumiam com ela na cadeira, depois atrás da bateria, indo para o camarim da banda, e acordando no dia seguinte nua com várias pessoas e o Yes, após uma orgia. Teve também quando foi resgatada pela Hebe Camargo da sarjeta e foi cuidada por ela, e o caso do roubo da cobra do Alice Cooper. E os encontros com David Bowie, Eric Clapton e os Stones.

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Quando se refere aos “ozmanos” Batista (Arnaldo e Sérgio), Rita coloca sem papas na língua lembranças da intimidade antes da Era-Mutantes sobre a família Baptista:

Os cinco membros da família sofriam de rinite, respiravam pela boca, babavam muito e cuspiam quando falavam. Aos poucos fui me adaptando aos usos e costumentos daquela família, que apesar de não ser muito asseada, me tratavam bem e cada vez mais fui conhecendo as idiossincrasias deles

Quando se refere ao ex-marido Arnaldo, um dos vocalistas e tecladista dos Mutas, como ela chama a banda carinhosamente ou não, ela revela mais intimidades:

Das vezes seguintes em que tentamos transar, também foi broxante. Eu sentia nojinho das babas dele, que por sua vez confessou que comigo era bem menos emocionante do que com uma boneca inflável.

Rita ainda cita no livro as histórias que teve com Elis Regina, Ronaldo Rosedá, Tim Maia, Chacrinha e o seu marido Roberto de Carvalho, e as companhias sempre presentes da década de 1970 e 1980, a maconha.

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Em Rita Lee – Uma Autobiografia a narrativa ocorre, mais ou menos, em ordem cronológica, sendo sempre lembrada por Ghost um personagem criado por ela que vai lembrando de certo momentos da vida dela que ela acaba esquecendo. Personagem sendo utilizado pelo jornalista Guilherme Samora, fã que possui tudo de sua carreira.

Para os fãs de biografias e da cantora, o livro acaba sendo curto, grosso e direto, sem papas na língua, com alguns momentos com as viajadas dela que estamos já acostumados. Impossível não se apaixonar pela Rainha do Rock, que segundo o livro é a mesma pessoa na sua vida pessoal quanto em cima do palco.

Sendo um sopro de vida, desde o lançamento de seu último disco Reza em 2012, quem sabe a ex-Mutante, ex-Tutti Frutti não nos surpreenda em breve com algum material novo. O livro só prova que a sua vida sempre vai continuar em constante mutação.

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