Pessoalmente eu detesto final de ano. Todo mundo quer tudo pra ontem, sua vida vira uma bagaceira, pois você não consegue se organizar direito e a sua cabeça vai explodindo. Em contrapartida, é um momento legal, pois você começa a fazer o balanço do que você fez no ano em todos os setores da vida. No campo da música não é diferente, e fico muito feliz de conhecer um monte de banda legal durante o ano. Pena que não dá pra falar de todas, mas vou selecionar algumas aqui e outras abordarei em futuras Rompers.
Blackdust – Blackdust:
O Blackdust é uma banda que toca o mais puro Rock’n’Roll, e por isso consegue cativar um público de uma forma bem abrangente. Desde a galera mais tradicional, até a mais moderna, o Blackdust cai como uma luva, mas sem soar algo canastrão ou apelativo. O Lucas (baterista da banda) entrou em contato comigo no começo do ano e foi passando algumas faixas que eles estavam produzindo, o que foi aumentando minha expectativa, e finalmente no segundo semestre saiu o disco deles. São 8 faixas que podem muito bem fazer parte de trilha sonora de uma festa (de final de ano, porque não?) e vão do mais swingado ao mais pesado Rock.
https://www.facebook.com/blackdustrock
Nada Em Vão – Sempre Em Frente:
O Nada Em Vão (Brasília – DF)é uma banda muito querida pra mim. Eu nunca tive a oportunidade de conhecer os caras pessoalmente, mas são pessoas que eu tenho um extremo carinho. Enfim, boas amizades que a internet nos proporciona. Eu conheci a banda no ano passado quando ela havia lançado seu primeiro EP, e ficou aquele gostinho de quero mais. Passou o tempo e o Pirata me mandou um som novo, e que me atiçou ainda mais pra escutar. Se ilá, tem algo magnético nesses caras, algo que eu não sei descrever. Eles sempre deixam uma palavra de conforto em suas músicas, sem soar piegas ou cliché, o que eu acho fantástico também. O Nada Em Vão lançou seu novo EP nesse segundo semestre, batizado de “Sempre Em Frente”, e que conta com a arte de capa do também amigo Shamil Carlos (Horace Green/Faca Preta).
https://www.facebook.com/nadaemvaopunk
Gods & Punks – The Sounds Of The Earth:
Lisergia é o que define esse trampo dos cariocas do Gods & Punks. Puta bandássa, arte de capa mais foda ainda. Conheci por acaso, nem lembro como, mas obviamente me senti atraído pela capa do disco. Se a capa é boa, o recheio é melhor ainda. Stonerzão monstro, pra você ter aquela acid trip e ficar viajando durante horas. Não que eu esteja te incentivando a usar drogas, muito pelo contrário, faça PROERD e seja um guerreiro do bem, mas escute esse EP e entenda perfeitamente o que eu quero te dizer.
https://www.youtube.com/watch?v=CxbENW_wvZ8&ab_channel=Gods%26Punks
https://www.facebook.com/godsandpunks
Travelling Wave – Simoom:
Mais uma banda que conheci por total e feliz acidente internetístico. A Travelling Wave (foto) já tem uns anos de bagagem e alguns lançamentos em seu nome, e esse ano prepararam o EP “Simoom”. Eu gosto de bandas que desafiam o meu ouvido e me tiram da zona de conforto, e a Travelling Wave faz isso muito bem. O som da banda é um pouco difícil de descrever, mas não disperso. Se o Portishead saísse pra beber com o Trent Reznor e encontrassem a PJ Harvey no caminho e resolvessem montar uma banda, provavelmente essa banda se chamariam Travelling Wave. Sem comparações, claro, afinal personalidade é o que não falta pra essa banda. Recentemente o quarteto de Piracicaba lançou o clipe de “Lotus”, que está no EP.
https://www.facebook.com/twave2014
Muff Burn Grace – Urbano:
Eu já falei deles aqui na Romper Stomper milhares de vezes, e vou falar quantas vezes forem necessárias, pois aí está uma banda que é FODA PRA CARALHO. Me desculpem pela boca suja Brasil, mas sou totalmente suspeito para falar da Muff Burn Grace. Conheço o André (vocalista/guitarrista) antes de existir a banda e antes de existir o Music Wall, temos uma história de vida um pouco parecida e vi o cara evoluir como músico com o passar dos anos, e ver ele tocando numa banda desse nível é algo que me deixa muito feliz. Enfim, nem vou esticar muito o chiclete, deu pra ver que eu sou totalmente imparcial para falar deles, então escuta aí e tire suas próprias conclusões.
https://www.facebook.com/MBGpage
Mudhill – Expectations:
Eu esperei muito tempo por esse disco, e pessoalmente, é uma ironia muito feliz o disco se chamar ter esse nome, pelo menos para mim. O Mudhill é o tipo de banda que eu sinto falta, uma banda que mesmo tendo integrantes veteranos, não tem medo de fazer diferente. O disco é um prato cheio pra quem é fã de Hardcore, Indie, Garage Rock, Grunge e uma verdadeira aula técnica e instrumental. O disco é um primor de produção musical, tudo muito bem reguladinho, no volume certo e muito bem composto. A segunda faixa do disco é uma das músicas que mais me marcaram esse ano, o Zeek tirou muitas palavras da minha boca. E é essa aí ó.
https://www.facebook.com/Mudhillband
Ainda faltou muita coisa, mas ainda juro que aos poucos vou lembrando (minha memória é uma porcaria) e contando aqui pra vocês. Semana que vem é Natal, e como muita gente não gosta de Natal, a Romper Stomper vai separar as melhores trilha “anti-Natal” que podem existir. Aguardem.