A novela sobre a polêmica demissão do cantor Seann Nicols do Quiet Riot, no começo deste ano, ainda gera novos capítulos. De acordo com Nicols, a relação entre ele e o baterista e líder do grupo californiano, Frankie Banali, pode ser descrita como um “pesadelo”, que só não chegou às vias de fato.
“Eu não sei nem como descrever o comportamento dele, mas não foi nada profissional. Desde o primeiro ensaio, ele foi frio e rude comigo. Nem mesmo olhava nos meus olhos, não apertava minha mão. Ele gritava abusivamente comigo e me insultava por coisas ridículas. Resumindo, foi um período bem desconfortável”, disparou o vocalista pra cima de Banali em entrevista ao site Sleaze Roxx.
Segundo Nicols, a situação já era insustentável antes mesmo dos primeiros ensaios com o Quiet Riot, e só piorou a partir do momento em que decidiu cobrar o baterista sobre a parte financeira dos negócios.
“Imediatamente ele envolveu advogados e tudo tinha que estar de acordo com seus termos. Ele ignorava meus telefonemas. Acho que foi uma tremenda ganância da parte dele, pois ele queria que eu trabalhasse para o Quiet Riot sem receber qualquer forma de compensação. Dito isso, o jeito que Frankie agiu comigo desde o início foi absolutamente horrível. A derrocada toda foi culpa de Frankie devido a sua falta de ética e superego.”
Ex-vocal do Adler’s Appetite, Nicols gravou cerca de 15 faixas para o álbum Road Rage, no final de 2016. Sua estada no Quiet Riot durou apenas cinco shows, até que em março de 2017, ele acabou sendo dispensado por e-mail, quando o primeiro single (The Seeker) inclusive já havia sido lançado nas rádios e internet, mesmo com produção e mixagem a contragosto do cantor.
Na sequência, Banali e a gravadora Frontiers Records decidiram adiar o lançamento do disco e regravá-lo por inteiro com o novo vocalista contratado, James Durbin (ex-American Idol). O 13º trabalho de estúdio do quarteto saiu em agosto e dividiu opiniões (leia a resenha publicada na coluna #HardRoxx).
Evitando tocar no assunto, Frankie Banali já descartou qualquer possibilidade de lançamento especial do material gravado anteriormente com Nicols.
“Não há razão para fazermos isso. O que James (Durbin) trouxe vocalmente levou as músicas do Road Rage para um nível que não estavam antes. Não tem motivo para querermos lançar dois discos para competirem um contra o outro. Mesmo se pudesse fazer mais dinheiro, eu não tenho interesse nisso. Estou interessado tão e somente no álbum oficial”, declarou o batera em recente entrevista ao site My Global Mind.
Em disputa judicial por causa de direitos autorais (a primeira vitória ocorreu em maio) e sentindo-se sabotado por Frankie Banali e pelo produtor musical/ex-guitarrista do Quiet Riot, Neil Citron, o vocalista Seann Nicols resolveu lançar por conta própria sua versão para a canção chamada Road Rage, originalmente escrita por ele junto com o Quiet Riot, porém, incluindo outros músicos e sob nova produção. Confira o resultado!