Semana passada, mais precisamente no dia 20 de julho, cerca de dois meses depois da morte de Chris Cornell, Chester Bennington foi encontrado sem vida em sua casa em Palos Verde, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Longe de também querer ficar falando sobre sua morte e seus motivos quis dedicar a Entre Cabos e Amplis pra falar das técnicas de voz de um dos maiores vocalistas que minha geração teve a oportunidade de ouvir e aprender. O Linkin Park mudou a forma de criar música e um dos grandes motivos era seu próprio vocalista.
Professores de canto e muitos músicos acreditam que Chester não utilizava uma técnica saudável para desenvolver suas variadas dinâmicas vocálicas nas composições e principalmente nos shows da banda.
Eles defendem que Chester realmente não usava alguma técnica, mas sim gritava em seus ‘guturais’ e ‘drives’. Coisas que ele foi deixando de lado conforme a banda foi amadurecendo, tanto que os discos mais recentes mostram uma diferença gigante de voz entre Hybrid Theory e One More Light, este último lançado recentemente.
Mesmo sem usar a ‘tal técnica’ de voz, Chester tinha uma incrível extensão de voz. O vídeo abaixo, por exemplo, mostra uma breve análise de alguns tons que ele curtia trabalhar nas canções da banda. Dá uma sacada:
Forma certa
Defendo bastante que música é algo muito pessoal, mas não é por isso que não exista técnicas. Ou seja, se você pretende fazer (ou faz) um som parecido com o que o Chester desenvolvia com o Linkin Park, o lance é usar o drive:
“Ele é parecido com o gutural, mas você acaba usando as falsas pregas vocais que vibram em conjunto com a voz mista (semana que vem eu explico sobre a voz mista aqui no blog, okay?), desenvolvendo aquele som agressivo”.
Tem um vídeo bem bacana da galera do Cifra Club falando sobre o uso saudável dos drives aqui embaixo pra você entender melhor:
Como Chester não usava técnica, seu uso de ‘drives’ era de uma forma não saudável prejudicando muito os pós-shows da banda: ficava rouco e perdia a voz. Mas é claro que isso não quer dizer que a voz do cara era ruim.
Ao contrário disso, o vocalista do Linkin Park conseguia gerar o clima perfeito que uma ‘boa matemática musical’ faz quando bem executada: gerar o sentimento certo, no tom certo, em cada canção executada pela banda.
Alguns especialistas dizem também que Chester tinha uma técnica bacana e tinha entre 2 e 3 vozes dentro da sua própria voz:
Infelizmente não teremos mais esse cara compondo grandes sucessos mundiais, mas desejamos que as coisas boas que ele deixou sejam lembradas por muitos e muitos anos.
E se eu falei alguma abobrinha aqui é só deixar o seu comentário com críticas e sugestões. É sempre bacana a sua participação para o crescimento saudável do Blog n’ Roll e também para minha própria experiência como músico amador.