Após criticar a falta de mulheres nos lineups do Reading e Leeds Festival, o frontman Matt Healy declarou que The 1975 só se apresentará em festivais com equidade de gênero no lineup. Ou seja, festivais que tenham a mesma proporção de artistas masculinos e femininos nos palcos.
A decisão veio quando Healy respondeu à questão imposta pela editora de música do The Guardian, Laura Snapes. A editora sugeriu que a banda deveria “tocar apenas em festivais comprometidos a trabalhar com X% (idealmente, 50%) de mulheres e não-binários”.
Em resposta, Healy disse que está pronto para assinar este ‘contrato’. “Eu já concordei com alguns festivais que podem não seguir esta premissa e eu não decepcionaria fãs que já compraram seus ingressos“.
“Mas de agora em diante, eu irei cumpri-la. E acredito que é desta forma que artistas masculinos podem se tornar verdadeiros aliados”. O frontman concluiu sua decisão afirmando que as pessoas “precisam agir e não falar”.
Dos 91 artistas anunciados no Reading, apenas 20 eram mulheres ou performances que incluíam mulheres. Apenas três dos 18 atos principais eram femininos.
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— Self Esteem (@SELFESTEEM___) February 11, 2020
Laura Snapes afirmou que bandas em alta como The 1975 precisam usar seu poder para demandar equidade. Essa demanda é crescente, pois inclusão e representatividade são essenciais em festivais.
Healy convidou outros homens a tomarem passos similares, porque é importante garantir a representatividade de artistas mulheres, não-binários e transgêneros.
“É tudo sobre ação. Quando se torna uma grande questão sociopolítica e governos se envolvem, às vezes ações e protestos podem ser ignorados. Mas quando vêm à indústria da música, nós podemos mudá-la. Não é um pesadelo geopolítico: é a indústria da música, e é algo que se todos embarcarem juntos, nós podemos consertar”.