Após criticar a falta de mulheres nos lineups do Reading e Leeds Festival, o frontman Matt Healy declarou que The 1975 só se apresentará em festivais com equidade de gênero no lineup. Ou seja, festivais que tenham a mesma proporção de artistas masculinos e femininos nos palcos.
A decisão veio quando Healy respondeu à questão imposta pela editora de música do The Guardian, Laura Snapes. A editora sugeriu que a banda deveria “tocar apenas em festivais comprometidos a trabalhar com X% (idealmente, 50%) de mulheres e não-binários”.
Em resposta, Healy disse que está pronto para assinar este ‘contrato’. “Eu já concordei com alguns festivais que podem não seguir esta premissa e eu não decepcionaria fãs que já compraram seus ingressos“.
“Mas de agora em diante, eu irei cumpri-la. E acredito que é desta forma que artistas masculinos podem se tornar verdadeiros aliados”. O frontman concluiu sua decisão afirmando que as pessoas “precisam agir e não falar”.
Dos 91 artistas anunciados no Reading, apenas 20 eram mulheres ou performances que incluíam mulheres. Apenas três dos 18 atos principais eram femininos.
Laura Snapes afirmou que bandas em alta como The 1975 precisam usar seu poder para demandar equidade. Essa demanda é crescente, pois inclusão e representatividade são essenciais em festivais.
Healy convidou outros homens a tomarem passos similares, porque é importante garantir a representatividade de artistas mulheres, não-binários e transgêneros.
“É tudo sobre ação. Quando se torna uma grande questão sociopolítica e governos se envolvem, às vezes ações e protestos podem ser ignorados. Mas quando vêm à indústria da música, nós podemos mudá-la. Não é um pesadelo geopolítico: é a indústria da música, e é algo que se todos embarcarem juntos, nós podemos consertar”.