Liam Gallagher retorna com Why Me? Why Not, seu novo trabalho de estúdio, com 14 faixas inéditas para fãs que sentem falta das músicas da década de 1990, recheadas de guitarra, e claro, os vocais de Liam.

Vocês podem escolher o lado em relação à briga dos irmãos Gallagher. Porém, é besteira achar que seu novo trabalho não tem um brilhantismo.

“Estou aqui para dar às pessoas o que elas querem. Se isso é chato, que assim seja”Liam Gallagher

E o público de Liam é a galera “noventista” que se cansou do pop que virou uma eterna baboseira baseada na mesma coisa de sempre. Em 2017, ele já atacava com o As You Were. Existe vida pós-Oasis.

Why Me? Why Not.

Diferente de seu antecessor, Why Me? Why Not traz baladas, faixas mais calmas e uma certa melancolia. Totalmente o oposto de Noel, que ainda se joga num rock dos anos 1980 e até um dedo beirando no space rock.

Vale perceber também o modo que as músicas foram escritas. Uniforme, elas são melodicamente mais fortes do que as experiências de Noel.

E já deixo minhas desculpas. Falar sobre o trabalho de um dos Irmãos Gallagher sem comparar com o outro é inevitável. Julguem como quiser.

A sensação de cada faixa é que a junção do lirismo de Liam com Greg Krustin e Andrew Wyatt – dois que tomam a maioria das composições do álbum – foi um processo criativo extremo.

Com um “Quê” de Beatles, e até Badfinger, em certo momentos, a canção Once foi feita na mesma panela que Jealous Guy de John Lennon.

Mesmo não sendo inovador, por não ter nada de diferente, Why Me? Why Not fornece um material grande para evocar multidões que não irão acender aquele cigarro e olhar o celular quando as músicas do Oasis forem tocadas. Para nós, que acompanhamos e gostamos… Está de bom tamanho.